Economia solidária

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Elaborada a partir de e para dar conta de conjuntos significativos de experiências econômicas no campo da produção do comércio do financiamento de serviços , dentre outros , compartilha alguns traços constitutivos e essenciais de solidariedade , mutualismo cooperação e auto gestão comunitária , que definem um pensamento diferente de outras de outras racionalidades econômicas" ( RAZETO , 1997 p.17) (/www.fee.tche.br/sitefee/download/jornadas/2/e10-02.pdf)

A Economia Solidária constitui-se em toda forma de organizar a produção de bens e de serviços, a distribuição, o consumo e o crédito, que tenha por base os princípios da autogestão, da cooperação e da solidariedade, visando a gestão democrática, a distribuição eqüitativa das riquezas produzidas coletivamente, o desenvolvimento local e territorial integrado e sustentável, o respeito ao equilíbrio dos ecossistemas, a valorização do ser humano e do trabalho e o estabelecimento de relações igualitárias entre homens e mulheres. (Projeto de Lei que estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição da Política Nacional de Economia Solidária e do Sistema Nacional de Economia Solidária).

Educação em economia solidária

é definida como uma “construção social”, que envolve uma diversidade de sujeitos e ações orientados para a promoção do desenvolvimento sustentável que considera as dimensões econômica, ambiental, cultural, social e política. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.13)

Natureza singular das finanças solidárias pode ser entendida a partir de três aspectos articulados

1. operação: organização econômica autogerida pela comunidade que faz a gestão autônoma das práticas segundo a lógica de finanças de proximidade; 2. objetivo: as práticas de finanças solidárias estão voltadas para o fomento do desenvolvimento local através da ênfase numa outra lógica de relação com o dinheiro para o fortalecimento das economias nos territórios; 3. sustentabilidade; as práticas supõem uma lógica de sustentabilidade diferente do modelo de mercado, combinando a lógica de autofinanciamento com a lógica de uma economia de subvenção. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.23)

Etnodesenvolvimento

O etnodesenvolvimento tem como pressuposto fundamental a garantia dos territórios dos povos e comunidades tradicionais, sua demarcação, titulação e proteção. A garantia de igualdade de direitos com respeito à diversidade: à segurança alimentar e nutricional; à moradia; ao saneamento; à educação; (...); à saúde com valorização e garantia de uso dos conhecimentos e saberes fitoterápicos dos povos tradicionais; ao transporte; à inclusão comunicacional, ao trabalho livre; ao lazer; ao acesso aos recursos naturais e sua preservação (água limpa); ao direito de ir e vir. (...) Etnodesenvolvimento implica necessariamente no protagonismo e na autonomia dos povos e comunidades tradicionais no desenvolvimento de suas pesquisas e suas tecnologias, na elaboração e implantação das políticas públicas. Enfim, na autonomia econômica, cultural e política dos povos e comunidades tradicionais. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.29)

Comercialização solidária

A comercialização solidária é compreendida como uma nova relação comercial, com o estabelecimento de relações éticas e solidárias entre todos os elos da cadeia produtiva, resulta em uma forma de empoderamento dos (das) trabalhadores (as), comerciantes e consumidores (as), que estão em desvantagem ou marginalizados (as) pelo sistema convencional das relações comerciais. A Comercialização Solidária deve ter como elemento central de sua identidade os princípios da autogestão, da transparência, da solidariedade e da participação dos atores e atrizes envolvidos em todas as fases das relações econômicas das cadeias de produção, comercialização e consumo. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.47)

Comércio justo e solidário

é o fluxo comercial diferenciado, baseado no cumprimento de critérios de justiça e solidariedade nas relações coerciais que resulta do protagonismo dos Empreendimentos Econômicos e Solidários (EES) por meio da participação ativa e do reconhecimento da sua autonomia. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.47)

Eixos da Estratégia Nacional de Comercialização Solidária

1. Afirmar os princípios de uma relação de comercialização justa e solidária; 2. Fortalecer a identidade dos produtos e serviços da Economia Solidária em cadeias de comércio justo e solidário; 3. Comunicar e sensibilizar a sociedade para os benefícios da Economia Solidária; 4. Utilizar d poder de compra do Estado para fortalecimento da Economia Solidária; 5. Favorecer da circulação e comercialização formal de produtos da Economia Solidária; 6. Formar e estruturar empreendimentos de Economia Solidária; 7. Garantir acesso aos produtos e serviços da Economia Solidária aproximando produtores e consumidores; 8. Promover a integração econômica entre os empreendimentos da Economia Solidária. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.42-p.46)

Cooperativismo Solidário

subentende a diversidade de práticas econômicas baseadas nos princípios e valores da Economia Solidária, ou seja, da autogestão, do trabalho associativo (não subordinado), da democracia interna e do compromisso com o desenvolvimento local, sustentável e solidário das comunidades onde estes empreendimentos estão sediados. (II Conferência Nacional de Economia Solidária - Conaes, 2010 p.53)