Frentes de copesquisa cartográfica indisciplinares
Índice
Artesanias do Comum
Artesanias do Comum possui ações que trabalham processos artesanais, acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços e pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária. Coordenação: Professora Dra. Natacha Rena e Co-coordenação da Professora Dra. Marcela Silviano Brandão.
Cartografias Izidora
Ocupações Barreiro
Cartografias Emergentes
O projeto procura investigar a neoliberalização da política urbana em curso em Belo Horizonte através da produção de cartografias colaborativas por meio da construção de uma rede de protagonismo comunitário e cidadão utilizando processos participativos de construção de mapas e cartografias através de oficinas e workshops. Estes pretendem revelar espacialmente fenômenos urbanos socialmente segregadores, característica esta muito forte nas cidades contemporâneas e, neste caso, RMBH está totalmente inserido neste processo excludente. As ações são registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade tem como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Este projeto procura, portanto, além de construir conhecimento coletivamente através do método da copesquisa cartográfica, investigar as políticas urbanas neoliberais em processo na cidade a partir de uma avaliação crítica das experiências de aplicação. Coordenação: Professora Dra. Natacha Rena.
Cultura e Território
Cartografias da Cultura
Mapeando o comum
Este projeto visa promover encontros, debates, reflexão, exposição e produção de obras artísticas, tendo como ponto de confluência o embate com o termo Multidão. Teve início no projeto Multitude que foi um acontecimento de arte contemporânea formado por encontros, debates, exposição, performances, apresentações cênicas e produção crítica, tendo como ponto de confluência o embate com o termo multidão. Partimos da observação de que nos últimos anos vêm surgindo uma série de obras e projetos que se relacionam com a ideia de multidão em vários aspectos, de forma mais conceitual ou como reflexo de um contexto específico. O projeto reuniu algumas dessas obras artísticas em torno de um recorte temático, pautado pela discussão do termo nos campos filosóficos, sociológicos e políticos, propondo incorporar práticas multitudinárias para a condução dos eventos, em uma abordagem tanto de forma quanto de conteúdo. Dentro deste projeto, iniciamos um trabalho com outro projeto internacional denominado Mapping the commons ou Mapeando o comum, realizando workshops mapeando o comum nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Ele faz parte de uma série de projetos que compõem as ações do Grupo de Pesquisa INDISCIPLINAR. Integrantes: Natacha Silva Araújo Rena – Coordenador / BERQUÓ, Paula Bruzzi – Integrante.
Lutas Territoriais
Projeto do Indisciplinar em parceria com o Labic Ufes da UFES coordenado pelos professores Fábio Malini e Fábio Gouveia e também em parceria com o Medialab Ufrj coordenado pela Professora Fernanda Bruno e com participação de Pablo De Soto. Vamos mapear as lutas territoriais no Brasil e em toda América Latina para criarmos as topologias de rede ao mesmo tempo que georreferenciamos num crowdmap a sua localização. Então, vamos ter uma ideia de como as lutas se comunicam, curtem umas às outras, para, em processo de cartografia copesquisante, podermos agir auxiliando na criação de redes de lutas.
Atlas das Insurgências Multitudinárias
O Atlas das Insurgências Multitudinárias foi parte do evento Cartografias do Comum, em parceria com o Espaço do Conhecimento da UFMG. No atlas, cartografou-se as insurgências multitudinárias em BH no tempo que vai de 2007 a 2014: a resistência da multidão ao Estado-capital com surgimento de movimentos socioculturais, ocupações, marchas, carnavais, assembléias populares.
Operação Urbana
O Indisciplinar vem desenvolvendo uma ampla investigação sobre o tema e monitorando diversos processos de OUCs, principalmente a que pretende ser realizada em 7% do território municipal e que já teve o nome de Operação Urbana Consorciada Nova BH e agora tem o nome Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos Leste Oeste. Os modos de copesquisar esta operação incluem além do acompanhamento sistemático das ações da Prefeitura, também artigos científicos, encontros periódicos com o Ministério Público, chamadas para Audiências Públicas e representações (denúncias) de improbidade administrativa e afins, assim como alimenta também um blog de observação de todo o processo numa ação tecnopolítica disponibilizando informações importantes para toda a sociedade, incluindo atuação forte nas redes sociais.
Capitão Eduardo
Isidoro/Izidora
Nova BH/ACLO
PBH Ativos
Novo Plano Diretor
Zona Cultural
Compartilhamento e Distribuição do Comum
O compartilhamento de espaços urbanos (praças, ruas, parques, rios, nascentes, etc.), objetos (coisas, ferramentas e infraestrutura) e práticas cotidianas, entendido aqui como recursos urbanos, tem se mostrado uma alternativa necessária para instrumentalizar o planejamento urbano contemporâneo. Como consequência, imaginamos que o compartilhamento destes recursos poderia indiretamente promover uma redução do consumo, trazendo resultados positivos num equilíbrio entre demanda e consumo, conquistando sistematicamente um equilíbrio social e econômico. Grandes empresas de tecnologias de conexão como a CISCO, Siemens, IBM, etc. juntamente com a governança pública tem desenvolvido e implementado soluções eficientes e notáveis aplicadas à arquitetura e ao urbanismo. Já podemos enumerar uma série de experiências práticas e soluções já implementadas e em funcionamento em algumas cidades que tem sugerido uma nova prática de planejamento e gestão urbanos. Esta nova prática sugere uma tendência a se pensar a cidade como uma espécie de arquitetura da arquitetura, uma solução a nível de metadesign que agencia indivíduos e coisas: edifícios, infraestrutura pública, sistemas de transporte, informação, conhecimento, cultura, saberes populares, consumo, etc. conectando-os aos indivíduos numa relação sistêmica e dinâmica própria do ambiente urbano vivo. Este agenciamento é a base de uma infraestrutura leve que faz a distribuição dos recursos. Sem infraestrutura e política de distribuição de recursos, não há otimização ou até mesmo uso do que é ou pode ser compartilhado. Ao identificar esta tendência de atuação prática de grandes empresas que convergem seu conhecimento e se dispõe à apresentar “soluções para as cidades” , pretendemos nesta pesquisa nos inserir criticamente e ativamente nesta prática. Do ponto de vista polítco, percebe-se que as iniciativas empresariais, indentificadas, mesmo quando vinculadas ao poder público, visam à reprodução de bens privados e a otimização de recursos em prol do aumento de lucros. Ainda que com motivações ecosustentáveis em pano de fundo, a privatização de bens comuns tal como apontado por Hardt & Negri (2009) é intensificada pelas tecnologias de conexão e revestidas de euforia tecnológica apresentadas como única saída sustentável para o futuro do planeta. Percebe-se claramente que a privatização de bens comuns é potencializada neste processo francamente reconhecido como inovador pela sociedade e assimilado sem uma postura crítica e política cidadã. Portanto, esta pesquisa assume, entende criticamente e se instrumentaliza ativamente do potencial das tecnologias de conexão para discutir numa abordagem prática e cotidiana, técnicas, metodologias e políticas de empoderamento de práticas comunitárias, coletivas e cidadãs que livremente criam o bem comum contrapondo os recorrentes processos de privatização do comum. Coordenação: Professor Dr. Marcelo Maia.
Natureza Urbana
Fica Ficus
Parque Jardim América
Parque das Ocupações
Vazios Urbanos
EmBreveAqui
DocPosDoc
Cartografia das Lutas Territoriais
Compartilhamento e Distribuição do Comum
rede TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais
O INCT-TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais – pretende constituir uma rede de pesquisa de alto impacto científico e social voltada a investigar a aplicação das tecnologias digitais de comunicação aos processos de produção do espaço urbano. Pretende- se produzir conhecimento e explorar tecnologias que promovam a interseção entre as redes digitais e as dinâmicas espaciais urbanas. O TECNOPOLÍTICAS propõe o desenvolvimento colaborativo de tecnologia social aberta e re- aplicável, baseando-se em iniciativas como o movimento open source (software livre) ou peer to peer (entre pares) que promovem o livre compartilhamento de conhecimento a partir de novos modelos de licenciamento de conteúdo. Pretende- se, a partir dessa produção, auxiliar não somente as comunidades e os grupos organizados da sociedade civil, mas também o Estado, na constituição de plataformas colaborativas que dêem suporte a processos de participação mais eficazes. Acredita-se que a fundação do INCT TECNOPOLÍTICAS, que reúne os principais grupos de pesquisa da área no cenário nacional, venha resultar em um avanço sem precedentes na produção de conhecimento – tanto de natureza acadêmica, quanto de tecnologia social – e na formação de pesquisadores que atuam de maneira transdisciplinar, constituindo um centro de excelência na investigação das conexões entre as redes digitais e urbanas.