Compartilhamento e Distribuição do Comum - Projeto de Extensão

De Indisciplinar
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Apresentação e justificativa

Compartilhamento e Distribuição do Comum é um dos projetos do programa IND.LAB - Laboratório Nômade do Comum (http://indlab.net), iniciativa do Grupo de Pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG denominado Indisciplinar (http://indisciplinar.com) que busca desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social por meio de ações diretas com a sociedade. O projeto também se articula com as disciplinas de graduação URB053 - Projeto Paisagístico e UNI009 - Cartografias Críticas. Este projeto se desenvolve atulamente em 3 bases operacionais:

  1. Rede Verde (Natureza Urbana) http://redeverde.indlab.net; A Rede Verde surge na necessidade de se criar uma teia de lutas pela preservação do ambiente natural em nossas cidades. Parques, praças, jardins, áreas de preservação ambiental são fundamentais para a qualidade de vida e garantem uma vida mais saudável e locais coletivos para que os cidadãos possam viver parte das suas vidas também em espaços de convívio que não sejam necessariamente shoppins, instituições privadas, etc. O direito à vida de qualidade nas cidades deve fazer parte da vida cotidiana de todos!
  2. Lutas Territoriais Urbanas http://lutasterritoriais.indlab.net; Em parceria com o Labic da UFES, juntamente com os professores Fábio Malini e Fábio Gouveia, e também em parceria com o Medialab UFRJ,​ juntamente com a Professora Fernanda Bruno e com participação de Pablo De Soto​, pretende-se mapear as lutas territoriais no Brasil e em toda América Latina para criar topologias de rede ao mesmo tempo que georreferenciamos no Crowdmap a sua a dimensão territorial das lutas. Assim vamos ter uma idéia de como as lutas se comunicam, influenciam umas às outras, para, em processo de cartografia copesquisante, podermos agir auxiliando na criação de novas redes de lutas!, e;
  3. #EmBreveAqui. http://embreveaqui.indlab.net. EmBreveAqui busca identificar vazios na RMBH (lotes, terrenos, áreas residuais de infraestrutura urbana, imóveis desocupados, etc.) e ocupá-los com idéias. Esta base operacional se conecta com disciplinas de graduação para receber propostas e idéias que ocupem, não apenas com projetos arquitetônicos e paisagísticos, mas principalmente, com políticas públicas focadas em três áreas de planejamento metropolitano que estão sempre à margem das prioridades de governo e dos interesses de mercado;

1. agricultura urbana; 2. moradia/habitação de interesse social; 3. lazer.

As bases operacionais se dividem por ações práticas de compartilhamento e distribuição de bens comuns do urbano diretamente conectados a temas e interesses de determinados movimentos sociais, associações e instituições parceiras.

O que entendemos por Compartilhamento e Distribuição do Comum?

O compartilhamento de espaços, objetos e práticas cotidianas, entendido como recursos urbanos, tem se mostrado uma alternativa bastante atrativa para a operacionalização do sistema urbano no século XXI que tem como desafio, retroceder na emancipação da natureza para tornar-se viável globalmente. Podemos enumerar uma série de experiências práticas e soluções já implementadas e em funcionamento (MAIA, 2013) que sugerem uma nova prática de planejamento e gestão urbanos unindo tecnologias de informação e comunicação (TICs), urbanismo e arquitetura num objeto híbrido que é comercializado frequentemente com o rótulo:"soluções". Esta nova prática sugere uma tendência para entender a cidade como uma espécie de arquitetura da arquitetura, uma solução a nível de metadesign (VASSÃO, 2010) que agencia indivíduos e coisas: edifícios, infraestrutura pública, sistemas de transporte, informação, conhecimento, cultura, saberes populares, consumo, etc. Esse design a nível meta, conectando indivíduos entre si, indivíduos a coisas e coisas com coisas, numa relação sistêmica e dinâmica própria do ambiente urbano vivo é um design sistêmico. Gordon Pask (PASK, 1969) foi quem precisamente identificou e descreveu este processo ao aproximar a arquitetura da cibernética. A cibernética presupõe autonomia e abertura total nos processos que se retroagem e se retroalimentam sob demanda e necessidades específicas de um determinado instante. Compartilhar é uma ação generosa que abre o recurso e o torna disponível a outro. A distribuição é feita por uma infraestrutura que potencializa o que é compartilhado. A ação generosa de compartilhar é dada por uma cultura cotidiana, a infraestrutura, a distribuição do recurso é uma política - neste caso espeçifico uma tecnopolítica. Esta infraestrutura, para ser livre e democrática precisa ser neutra. O Marco Civil da internet brasileira é um exemplo de tecnopolítica que garante a neutralidade da rede na distribuição da informação. Por outro lado, sem infraestrutura e política de distribuição de recursos, não há otimização ou até mesmo uso do que é ou pode ser compartilhado. Logo distribuição e compartilhamento interagem de modo sistêmico e interdependente.

Yona Friedman, influenciado pela aproximação da prática profissional com a cibernética, discute o lugar do arquiteto e urbanista e elabora uma proposta inserido-o num processo que ele desenha e entende como democratizante (FRIEDMAN, 1975). Friedman analisa a metodologia predominante e prática de intermediação profissional no que ele chama de relação usuário e hardware. Para Friedman, arquitetura consiste numa série de operações simples que se inicia com o futuro usuário (ou cliente) do produto arquitetônico. Este cliente possui necessidades específicas que precisam ser traduzidas sensivelmente num hardware que supostamente atenderá todas as suas necessidades. O arquiteto e urbanista é uma interface essencial de comunicação enquanto não houver um idioma comum entre usuário, construtor, gestor público, empreiteiro, etc. Na prática, o desenvolvimento de um projeto para atender um cliente pode levar um longo tempo, meses, para que todas as necessidades possam ser compreendidas e incorporadas ao hardware projetado. Mas se há uma demanda grande de clientes, algo como 10.000 (dez mil), como é possível atender em menos de 5.000 anos? Logo, a profissão arrumou uma solução: a generalização da demanda. Ou seja, a redução, ou quase que a eliminação da coleta de informação do cliente no processo de construção do hardware. Arquitetos e urbanistas assumem desde então que é impossível encontrar soluções para cada usuário específico, logo, buscaram encontrar uma solução média para os futuros usuários. Friedman reconhece o empenho de arquitetos, urbanista e cientistas sociais que criaram técnicas para reconhecer e calcular necessidades médias individuais em um determinado lugar e/ou contexto social. Em outras palavras, necessidades específicas para um futuro usuário padrão. É fato que este processo que reduz o diálogo entre o usuário e o hadware causa ruídos na comunicação, que até então era o principal papel do arquiteto e urbanista. Deste modo, a insatisfação do usuário com o hardware é inevitável. Essa insatisfação é compreendida quando percebemos que o cliente médio (padrão) não existe. Logo, ao invés de satifazer um cliente que existe, satifazemos um que não existe. Partindo desta hipótese, Friedman elabora o que ele chama de "processamento da informação: circuitos entre usuário e planejador" (FRIEDMAN, 1975, pg.34). Neste cenário ele insere o arquiteto e urbanista num sistema de comunicação que permite a aproximação usuário-hardware e o que ele vem a considerar como democratização do processo de planejamento. Este sistema tem como premissas:

  1. autonomia do usuário;
  2. co-responsabilização do usuário no processo;
  3. formas de retroação do processo a qualquer momento;
  4. o arquiteto e urbanista deixa de ser o centro na relação usuário-hardware.

Na proposta de Friedman, o futuro usuário encontra um repertório de arranjos (soluções possíveis) que seu modo de vida requer. O repertório, que é necessariamente limitado, deve ser apresentado de modo que ele possa entender. Para cada item do repertório temos um "alerta" que comunica de forma clara e compreensiva ao futuro usuário as vantagens e desvantagens da alternativa escolhida. Este sistema em loop e não em funil, que trabalha com retroação (feedback), num primeiro momento informa ao próprio indivíduo, mas num segundo momento, o loop pode se complexificar e informar a um grupo de indivíduos. Assim o feedback das alternativas escolhidas leva em consideração o todo de usuários e as vantagens e desvantagens são percebidas pelo todo. Friedman destaca que neste processo o intérprete já não se faz mais necessário. Os usuários já tem autonomia o suficiente para dialogar diretamente com o processo construtivo do hardware. O arquiteto e urbanista que a séculos sempre teve este papel foi eliminado do processo. O canal de comunicação passa a ser o próprio repertório, ou mais precisamente, o MAPEAMENTO utilizado no repertório. Este MAPEAMENTO precisa ser compreendido por todos os usuários, assim como o artesão que contrói o edifício. Friedman alerta que o arquiteto urbanista não foi excluído do processo, mas sim, o seu papel tradicional. Seu papel, seu novo lugar neste novo sistema é como construtor do repertório, um cartógrafo de repertórios informacionais.

Grandes empresas de tecnologias de informação e comunicação (TICs) como a CISCO, Siemens, IBM, etc. juntamente com a governança pública tem desenvolvido e implementado soluções que se auto elegem eficientes ou inteligentes. São soluções aplicadas à arquitetura e ao urbanismo que sugerem ambientes inteligentes, condicionados pelas TICs, reativos instantaneamente à uma demanda do ambiente, agenciando recursos e equilibrando o sistema urbano. Em uma breve síntese, o que estas empresas fazem, é abrir uma canal de comunicação onde a informação compartilhada pelos atores envolvidos no processo é distribuída numa interface cibernética que retroalimenta o canal de comunicação criando matrizes de agenciamento bastante complexas. A informação agenciada afeta diretamente o meio ambiente podendo-se se concluir, também, no compartilhamento e distribuição de recursos materiais do ambiente urbano.

O Smart+Connected Personalized Spaces é um exemplo de objeto híbrido, comercializado sob o rótulo "solução" pela CISCO. A flexibilização do espaço e do tempo do trabalho nos últimos anos condicionou escritórios em casa (home office), como conseqüência, surge a demanda por um espaço de suporte para encontros: reuniões, workshops, palestras, etc. A solução da CISCO consiste no agenciamento de espaços de escritórios (arquitetura) que podem ser compartilhados entre diversas empresas e profissionais autônomos. Deste modo, consegue-se uma otimização na localização e disponibilidade de escritórios (urbanismo) resultando numa economia de recursos materiais e energéticos. Estes escritórios compartilhados estão distribuídos em lugares e momentos diversos. Com um aplicativo que pode ser utilizado de um computador ou celular, é possível agendar uma sala, especificando todas as características necessárias: mobiliário, equipamentos, tamanho/número de pessoas, etc. em qualquer bairro, região, cidade ou país. A CISCO ainda fornece uma conexão direta do espaço físico com os servidores da empresa. Desta forma, os projetos que estão sendo desenvolvidos (aplicativos, arquivos, dados, etc.), estarão todos disponíveis para o funcionário na sala agendada, não importando a localização desta sala. Deste modo, a CISCO trabalha uma conexão direta indivíduo/funcionário - material de trabalho - espaço físico, que pode ser ajustado instantaneamente a qualquer lugar, a qualquer momento. Posto as “soluções inteligentes”, arriscamos a sugerir que uma cidade pode ser tanto o cliente quanto o produto destas soluções. Esta hibridização produto+cliente cria uma relação complexa que anula sutilmente o processo de democratização da arquitetura e do urbanismo tal como posto por Friedman (1975), já que tudo tende a ser um produto ou um bem (não comum) do proprietário do sistema agenciador. Do ponto de vista polítco, percebe-se que as iniciativas empresariais, identificadas, mesmo quando vinculadas ao poder público, visam à reprodução de bens privados e a otimização de recursos em prol do aumento de lucros. Ainda que com motivações ecosustentáveis em pano de fundo, a privatização de bens comuns tal como apontado por Hardt & Negri (2009) é intensificada pelas TICs e revestidas de euforia tecnológica apresentadas como única saída sustentável para o futuro do planeta nas “smart cities". Percebe-se claramente que a expropriação do comum é potencializada neste processo francamente reconhecido como inovador que aliena o cidadão. Um exemplo cotidiano do que estamos falando é o Facebook que vende dados e estatísticas de monitoramento constante da vida, dos hábitos, dos costumes, dos lugares visitados e dos desejos de cada um dos seus usuário. Isso é devolvido para os próprios usuários em forma de produtos convenientemente elaborados num processo persuasivo de captura das subjetividades individuais, e elaboração de produtos cada vez mais vitais. Logo os usuários, ao compartilhar suas vidas, tornam-se produtos a serem distribuídos para retroalimentar um ciclo produtivo cada vez mais sofisticado e sedutor. Percebemos, num processo semelhante em escala urbana, que os bens comuns compartilhados pela multidão são capturados e convertidos em propriedades privadas e distribuídos em forma de soluções-produto inteligentes para cidades. Ao identificar esta tendência de atuação prática de grandes empresas que convergem seu conhecimento e se dispõe à apresentar “soluções para as cidades”, nos inserimos criticamente e ativamente nesta prática propondo soluções abertas, livres e democráticas suficientemente para que não se confunda a cidade com um produto-solução a ser comercializado. Deste modo, nos instrumentalizamos ativamente do potencial das TIC para discutir numa abordagem prática e cotidiana, técnicas, metodologias e políticas de empoderamento de práticas comunitárias, coletivas e cidadãs que livremente enriquecem o bem comum contrapondo os recorrentes processos de alienação cidadã. Nesta linha construímos tecnopolíticas, em ações alinhadas com o Marco Civil da Internet, valorizando processos de democratização no meta design do sistema urbano.

Objetivos

Objetivos gerais

Soluções para compartilhamento e distribuição de informações do sistema urbano utilizando tecnologias de informação e comunicação (TICs), especialmente a tecnologia móvel, tendo a dimensão fundamental o Comum (HARDT & NEGRI, 2012). Deste modo, temos como objetvo geral: implementar juntamente com os parceiros, processos formativos que possam politizar a informação fomentando questões e procesos de agenciamento autônomos que emergem em práticas cotidianas, nos movimentos sociais e nas lutas pelo direito à cidade. Difundir práticas culturais de tecnopolíticas e urbanismo entre pares. Criar, experimentar e aplicar processos que democratizem e sensibilizem a informação. Em processo constante de retroalimentação (feedback), a informação é coletada, distribuída e após um processo de politização coletiva retorna alimentando novos processos de idéias e ações coletivas.

É objetivo específico da ação de extensão priorizar temáticas de planejamento metropolitano estratégicos para a promoção do Comum, são elas:

  • agricultura urbana;
  • moradia/habitação de interesse social;
  • cultura e lazer.

Deste modo, buscamos de modo geral:

  1. observar e analisar criticamente com que grau de engajamento é possível compartilhar e distribuir o Comum considerando limitações políticas, técnicas, econômicas e culturais;
  2. identificar e mapear uma riqueza Comum (HARDT & NEGRI, 2009) essencial à vida do sistema urbano no que tange a agricultura urbana, a moradia e a cultura e lazer;
  3. territorializar/espacializar idéias e ações coletivas na RMBH fomentando processos de discussão e elaboração de políticas urbanas;
  4. promover processos educativos junto à população, comunidades organizadas e movimentos sociais para capacitação no uso e domínio das tecnologias de conexão garantindo a autonomia dos indivíduos no desenvolvimento e gestão das ferramentas digitais.
  5. fomentar e discutir tecnopolíticas no meta design das cidades sugerindo um Marco Civil da Cidade.

Objetivos específicos

Considerando as 3 ações de desenvolvimento do projeto, apresentamos objetivos específicos para cada uma delas.

  1. Natureza Urbana:
    1. Conectar movimentos sociais e associações comunitárias locais em torno da defesa das áreas verdes na RMBH e o compartilhamento público destas áreas com a população;
    2. Trabalhar em parceria com a Rede Verde e o Movimento Fica Ficus de Belo Horizonte na elaboração, publicação e distribuição de jornal informativo da Rede Verde;
    3. Gerenciar e alimentar mapa colaborativo da Natureza Urbana na RMBH cartografando ações comunitárias entorno da defesa das áreas vérdes, das práticas de agricultura urbana e dos ##áreas de interesse paisagístico/ambiental;
    4. Fomentar com informações, projetos e planos urbanísticos, políticas de preservação e ampliação de áreas verdes, agricultura urbana e parques aberto ao público na RMBH.
  2. Lutas Territoriais Urbanas:
    1. Criar uma topologia das lutas a partir das redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter);
    2. Mapear as lutas na plataforma Crowdmap identificando e caracterizando o território das lutas;
    3. Conectar os movimentos de lutas da America Latina.
  3. #EmBreveAqui
    1. Mapear na plataforma Crowdmap áreas não edificadas, áreas edificadas, patrimônio histórico, áreas residuals e superfícies vazias, que estejam vagas/sem uso, da RMBH e propor ##interveções/ocupações destinadas ao lazer, cultura, agricultura urbana e moradia.
    2. Coletar propostas de projetos desenvolvidos nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo e divulgá-los/publicá-los no mapeamento;
    3. Criar oficinas e workshops com associações de bairros, comunidades e movimentos sociais que possam tanto denunciar áreas e superfícies de interesse coletivo quanto discutir propostas de ocupações para essas áreas;
    4. Criar oficinas, concursos e workshops que poderão propor ocupações para as áreas mapeadas.

Metodologia

Partindo de experiências já consolidadas do grupo de pesquisa Indisciplinar em mapeamentos digitais colaborativos feitos em diversos momentos e contextos, utilizaremos como material as plataformas de mapeamento colaborativo ido CrowdMap, plataforma de código livre, desenvolvido pelo USHAHIDI e o Mapa de Vista desenvolvido pelo HackLab. Os mapeamentos colaborativos serão utilizados para criar uma interface intuitiva e sensível de uma base de dados sobre o que é comum e pode ser compartilhado e distribuído na RMBH. É muito importante entender a metodologia de sensibilização de dados como uma maneira de inserir o indivíduo na informação. Quando isso ocorre, provoca-se imediatamente uma reação e consequente diálogo. Deste modo, é necessário também que junto dos mapeamentos sejam elaboradas bases que sensibilizem a informação. Estas bases podem ser por exemplo; vídeos, animações, infográficos, ensaios fotográficos, diagramas e mapas interativos. O mapeamento com a informação sensibilizada poderá se expandir para fins de comercialização alcançando processos de economia solidária e promoção de uma logística de distribuição da produção excedente criando uma conexão direta entre demanda e oferta quando envolver trabalho, a exemplo; as práticas de agricultura urbana e a prestação de serviço. Na aplicação prática das tecnologias de conexão desenvolvidas, vamos promover pequenos cursos de capacitação das comunidade e movimentos sociais para que possam utilizar da melhor forma possível os recursos de mapeamento colaborativo e de conexão digital por meio de aplicações web e aplicações móveis em telefones celulares. Deste modo, pretende-se que as comunidades sejam autônomas tanto no processo de uso quanto na gestão das ferramentas.

Produtos técnicos esperados

Em um segundo momento, como desdobramento deste projeto, deslumbra-se a distribuição de equipamentos e recursos de comunicação digital nas comunidades e movimentos sociais tendo como foco a juventude que poderá se capacitar em programação e design de ferramentas. Em resumo, esta pesquisa terá como material base; • mapas colaborativos em plataforma web; • mapas colaborativos integrados a plataforma web por meio de aplicações móveis para Android e IOS; • vídeos e animações; • infográficos e diagramas; • e ensaios fotográficos. Este material será utilizado nos seguintes processos; • conexão de indivíduos, grupos, comunidades e movimentos sociais entorna das práticas de agricultura urbana da RMBH em oficinas de capacitação em conexão digital; • sensibilizar o grupo de produtores quanto a dimensão do movimento metropolitano e possibilidades de geração de renda por meio de processos de economia solidária; • intensificar e potencializar as trocas de experiências, mudas, sementes e técnicas; • conectar o produtor com o consumidor de modo autônomo e solidário.

Forma de avaliação da ação de Extensão

A extensão será avaliada por meio de questionários aplicado aos envolvidos no processo participativo e nas metodologias de produção da ação. Este questionário terá como foco uma análise da abrangência da ação e dos impactos gerados. A avaliação feita pelos estudantes envolvidos no processo também será considerada como meio para se revisar e renovar continuamente a metodologia das ações e será feita continuamente a cada etapa concluída.

Site

http://cdc.indlab.net

Origem do público-alvo

Interno e Externo.

Caracterização do público-alvo

Moradores da RMBH; Alunos e professores da UFMG; Comunidades; Grupos de economia solidária; Movimentos sociais; Grupos de agricultura urbana; Grupos de luta por moradia/habitação de interesse social;

Captação por edital de fomento

Não.

Articulado com política pública

Sim.

Estudantes membros da equipe

Plano de atividades previstas

Estão previstas reuniões semanais com movimentos sociais, associações e instituições parceiras cabendo na copesquisa militante. Reuniões semanais com o grupo de pesquisadores e extensionistas do Ind.Lab para compartilhamento de experiências, discussão e acompanhamento das pesquisas de suporte. Elaboração e execução de atividades junto às comunidades tais como oficinas, atividades culturais/lazer, capacitação e debates. Participação, acompanhamento e monitoramento de reuniões técnicas, consultas e audiências públicas e sessões do executivo e legislativo municipal e estadual quando houver relação com as temáticas do projeto. Alimentar páginas Wiki com informações e relatos dos processos de acompanhamento e monitoramento complementado com streaming dos principais eventos. Tomamos como recurso para este acompanhamento e monitoramento um canal no Bambuser (http://bambuser.com/channel/INDLAB) e fanpages no Facebook. Como exemplo, o acompanhamento e monitoramento do movimento de luta pela preservação da Mata do Planalto contou com o acompanhamento da equipe do INDlab que registrou a audiência pública que ocorreu na Câmara Municipal de Belo Horizonte no dia 26/03/2015 (http://bambuser.com/v/5381117).

Plano de acompanhamento e orientação

O desenvolvimento de todas as atividades será acompanhado pela coordenadora do Projeto, levando em conta a participação dos estudantes nas atividades de capacitação e monitoria e a orientação para a produção de um portfólio/relatório que tem sido montado ao longo de todo o processo. Para o artigo científico, o bolsista contará com a orientação do coordenador, membro da equipe, com sessões mensais de orientação individual. Além disto, o blog e a fanpage do facebook (importante dispositivo de comunicação com a sociedade) serão importante fonte de informação para avaliação online e em tempo real das atividades.

Processo de avaliação

A avaliação do projeto sera realizada através de alguns Indicadores (que contará com o marco zero realizado no primeiro trimestre): Empoderamento dos beneficiários; A capacitação politica, social e de protagonismo dos participantes das atividades desenvolvidas na produção das cartografias criticas trouxeram. ; Analise dos desdobramentos que se deram a partir da realização das oficinas, como exemplo, formação de novos coletivos, associações de bairro, cooperativas e outros; A reutilização da metodologia da produção destas cartografias por outros grupos e pessoas. A repercussão que o produto final teve em relação ao conflito urbano que cumino no

Informações específicas

Infra-estrutura física

Este projeto contará com a infraestrutura física própria do INDlab, laboratório que ocupa o quinto andar da Escola de Arquitetura e possui 5 computadores de mesa, 2 notebooks, uma impressora, 3 câmeras de fotografia e vídeo, uma oficina de marcenaria de mão completa, uma oficina de estamparia completa, uma oficina de tecelagem completa. Também possui mesas, cadeiras, armários e material de funcionamento cotidiano. Eventualmente o projeto poderá utilizar a infra-estrutura disponível na Escola de Arquitetura, sob agendamento, de laboratórios de informática, auditório e salas de aula.

Vínculo com Ensino

Sim.

Vínculo com Pesquisa

Sim.

Público estimado

5.000

Parcerias

As ações de extensão se desenvolvem tendo como centro as agendas dos movimentos sociais, das associações comunitária, associações de moradores/bairros, movimentos sociais, instituições e ONGs. Estes são os principais parceiros do projeto. As pautas destes parceiros alimentam todas as frentes de trabalho da equipe deste projeto. O trabalho conta também com a parceria técnica e a colaboração científica do LABIC da UFES, do MediaLab da UFRJ e de professores do Departamento de Arquitetura da Escola de Minas - UFOP.

Abrangência

Este projeto tem como foco a Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas com algumas ações que se estendem e se conectam com outras regiões do país e da América Latina.

Informações adicionais

Este é um Projeto que pretende ser nômade e estabelecer diversas parcerias com ONGS, grupos sociais, grupos culturais, ocupações, Vilas e favelas, outros grupos de pesquisa, etc.

Referências