Indisciplinar

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Sobre o Indisciplinar

O Grupo de Pesquisa Indisciplinar atua na elaboração de cartografias (mapas, linhas do tempo, registro em redes sociais, textos, eventos) da produção contemporânea do espaço urbano. O termo cartografia descreve a opção teórico-metodológica que pressupõe a não separação entre pesquisador e o objeto de pesquisa, e que identifica tanto os processos de investigação quanto as ações executadas. Neste contexto de intencional sobreposição entre teoria e prática, atores híbridos (pesquisadores, resistências, comunidades afetadas, entre outros) atuam em diversas frentes de ação, incluindo a atuação artística, participando como um dos atores disparadores de processos colaborativos da construção de narrativas históricas e arqueológicas. Faz parte do processo cotidiano do grupo a prática de produção de material narrativo que pode ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados em linhas do tempo; (c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, atividades artísticas e culturais, oficinas que trabalharem junto à população, movimentos sociais parceiros. Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – o método cartográfico vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos.

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Revista Indisciplinar

InDebate

Seminário Urbanismo Biopolítico

Produção

Parcerias

Revista DR

O grupo indisciplinar, através de uma parceria com as pesquisadoras Tatiana Roque, Oiara Bonilla e outras, foi colaborador na execução da primeira edição da revista DR. O grupo de pesquisa, através da atuação dos bolsistas Octavio Mendes e André Victor e da orientadora Natacha Rena foi responsável pela diagramação e projeto gráfico do livro, assim como o seu lançamento em mídia.

Fórum.Doc

Fórum.Doc

Programas

IndLab

Laboratório Nômade do Comum – é o programa de extensão, vinculado à PROEX da UFMG e atualmente possui os seguintes projetos de extensão em atividade que englobam ações das múltiplas de copesquisa cartográfica do grupo: O Programa IND.LAB - Laboratório Nômade do Comum é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Indisciplinar e pretende desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social através de ações diretas com a sociedade distribuídas em dois eixos metodológicos que se cruzam: 1) O EIXO DE ALTA TECNOLOGIA pretende desenvolver ações que utilizam a tecnologia digital e as redes na internet com intensidade. Mapas georreferenciados, cartografias críticas colaborativas em rede, aplicativos para celular e outras maneiras de atuar dentro do que compreende como Cidade Instantânea ou Inteligente. Os dispositivos para realização dos projetos com ênfase neste eixo também se encaixam no que denominamos urbanismo performativo. Dois dos PROJETOS DE EXTENSÃO ASSOCIADOS A ESTE PROGRAMA aqui proposto já estão sendo executados são: 1) Multitude: Cartografia da Cultura Multitudinária e 2) Cartografias Emergentes. Em ambos estão envolvidas também disciplinas de graduação e pós-graduação com vários experimentos sendo desenvolvidos com relação ao uso de plataformas digitais colaborativas para construção de mapas georreferenciados com dados que levantam a cultura, os commons urbanos, enfim, problemas, potencialidades e ações multitudinárias nas metrópoles. As disciplinas são: UNI009_Cartografias Emergentes, que é aberta para toda a universidade, ea disciplina ARQ 033 - Projeto Integrado do Design. OBS: entramos no edital para a construção de um INCT INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA com uma proposta denominada TECNOPOLÍTICAS: territórios urbanos e redes digitais, utilizando já nossa experiência envolvendo este programa. 2) O EIXO DE BAIXA TECNOLOGIA possui projetos que trabalham principalmente artesanias acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços. Há um terceiro projeto associado a este programa 3)ARTESANIAS DO COMUM e pretende montar 3 laboratórios de confecção artesanal no Espaço Comum Luiz Estrela, que é uma ocupação cultural que conseguiu consessão de uso durante 20 anos. Pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.


Projeto Plataformas Tecnopolíticas

Projeto Cartografia das Lutas

Projeto Geopolítica e Cidades

Projeto Plataforma Urbanismo Biopolítico

Projeto BH S/A

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Natureza política

O Programa NATUREZA POLìTICA está vinculado ao grupo de pesquisa INDISCIPLINAR, sediado na Escola de Arquitetura da UFMG, cujos integrantes são professores, pesquisadores, alunos de graduação e pos-graduação oriundos de diversos campos do conhecimento, que desenvolvem suas atividades buscando a articulação da teoria com a prática e o fortalecimento do tripé ensino-pesquisa e extensão. O programa foi criado em função da percepção que a temática ambiental estava presente em diversos projetos vinculados ao Programa de extensão IND.LAB, e que era preciso organizá-los em um mesmo eixo de investigação, para aproximar melhor suas interfaces e articular politicamente as estratégias de ação. Desde 2016, os projetos de extensão “Artesanias do comum” e “Natureza Urbana” estão trabalhando juntos em uma mesma frente de ação, o Parque das Ocupações, uma área de preservação ambiental localizado nas fronteiras das ocupações urbanas autoconstruídas no Barreiro. A temática ambiental , presente em todas as frentes de ação do projeto “Natureza urbana” (Fica Ficus, Parque Jardim América, dentre outros), ao se juntar às questões sociais associadas à luta pela moradia , ganhou uma conotação política ampliada. Ao mesmo tempo, o projeto “Artesanias do Comum”, que já tinha em seus objetivos o reaproveitamento dos resíduos e a produção de tecnologia social numa esfera muito local, focada nas ocupações urbanas autoconstruídas localizadas na região do Barreiro, passou a incorporar questões regionais e a se conectar com outras lutas ambientais. Também a pauta feminista já vinha sendo incorporada à esse projeto, visto que nas ocupações citadas o papel das mulheres é determinante na produção daquele espaço, inclusive no que diz respeito à forma de se compartilhar e de se distribuir responsabilidades e cuidados, nas suas mais diferentes manifestações. Por sua vez, o projeto de extensão “ Cartografias emergentes” possui, desde sua criação, uma configuração capaz de acolher novas frentes de ação , que podem surgir a partir da percepção de novas demandas advindas de lutas territoriais específicas, ou mesmo de projetos de mestrado e doutorado de orientandos dos professores dos grupo INDISCIPLINAR. Assim, em 2017, duas frentes de ação se conectaram aqui: "Feminismo e espaço" e " Cartografia do Rio Doce". Tal conexão se deu pela interlocução evidente das pautas feministas e ambientais presentes nos projetos de extensão Artesanias do Comum e Natureza Urbana. Percebeu-se também uma possibilidade de ampliação transescalar das questões abordadas. Em 2018, o projeto de extensão "Cartografias do Rio Doce" , ganhou um fôlego maior , por conta da pesquisa de doutorado da Paula Guimarães, que constitui-se na investigação das práticas empresariais relativas ao desastre-crime desencadeado pelo rompimento da barragem em Mariana-MG. Ressalta-se neste contexto que é perceptível a configuração de um campo assimétrico de forças, que permite a influência dos discursos dominantes sobre a percepção dos acontecimentos e principalmente, propiciam o domínio empresarial sobre os encaminhamentos institucionais. Em todos os projetos de extensão que compõem o Programa Natureza Política, é condição a articulação da academia com os movimentos sociais organizados que representem e/ou aglutinem os interesses das populações mais vulneráveis e mais atingidas pelos interesses do Capital. É consenso também que dispositivos tecnopolíticos devam ser construídos para visibilizar e fortalecer as ações de resistências já em ação no território. Por fim, todos os projetos partem do entendimento que que é importante que as discussões e ações construídas pelas equipes dos projetos de extensão sejam feitas localmente , junto aos moradores, e, ao mesmo tempo, sejam articuladas de forma estratégica e ampliada em outras instâncias de negociação (Mesas de negociação, orgãos municipais, Ministério Público), em uma perspectiva de se construir e disputar políticas e financiamentos públicos

Projeto Natureza Urbana

Projeto Artesanias do Comum

Projeto Cartografias Emergentes

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Memória

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