Mudanças entre as edições de "Plataforma Urbanismo Biopolítico"

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Plataforma Urbanismo Biopolítico
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<big>'''Apresentação
 
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Este é um projeto vinculado ao Programa Extensionista IndLab – laboratório nômade do comum, que surge a partir das ações realizadas dentro do projeto extensionista Cartografias Emergentes. As ações do Projeto Plataforma Urbanismo Biopolítico se desdobraram em  4 frentes de investigação do Grupo de Pesquisa Indisciplinar e vem sendo realizado em rede com movimentos sociais e outros grupos de pesquisa que têm investigado e atuado na tentativa de produzir informação e dispositivos de ação relativos às lutas urbanas envolvendo a produção do espaço em Belo Horizonte: Zona Cultural, Nova BH/OUC ACLO, PBH Ativos e Operação Urbana Isidoro.
 
 
 
O Indisciplinar vem atuando em rede junto a movimentos sociais e outros grupos de investigação que resistem aos avanços do urbanismo neoliberal na forma de PPPs – Parcerias Públicos-Privadas – associadas a grande projetos urbanos. Propõe-se desvendar a perversidade dos instrumentos utilizados pelo Estado-capital para a financeriziação do espaço urbano, cartografando os atores públicos, privados e cidadãos, e os múltiplos interesses em jogo no campo de disputa pelo território. O projeto, portanto, se insere num contexto em que a produção do espaço urbano tem se tornado, cada vez mais, um ponto nevrálgico: subsidiando a acumulação crescente do capital, ao mesmo tempo em que abriga inúmeras resistências a esse avanço.
 
 
 
Belo Horizonte – que não escapa a tal dinâmica neoliberal –, aponta para uma aproximação simbiótica entre o público e o privado, mas com um claro desequilíbrio: o público securitiza os ganhos do privado. A plataforma de investigação proposta pretende cartografar o que chamamos de Urbanismo Biopolítico, rastreando o conjunto de forças que constituem tais disputas nas metrópoles contemporâneas – envolvendo tanto o Urbanismo Neoliberal (do Estado-capital) quanto o Urbanismo Biopotente (das resistências positivas e cidadãs, que agrega inteligência coletiva em processos colaborativos e se organiza de maneira mais horizontal). A cartografia, como método de investigação e ação, utiliza ferramentas de mapeamento territorial envolvidas com ações cotidianas junto a atores das resistências biopotentes, assim como uma atuação técnica e política no ponto cego das lutas – entre as resistências locais e o poder público que detém as informações complexas (territoriais, jurídicas, econômicas) da macropolítica das questões urbanas.
 
 
 
São objetivos gerais deste projeto: cartografar a economia política dos projetos urbanos neoliberais; produzir material gráfico, informação e análise para subsidiar a produção cientifica e denúncias a órgãos de fiscalização e controle de forma impedir a efetivação de projetos contrários à justiça espacial, (quando possível, propondo estratégias de melhoria e adequações); fomentar resistências com forte estratégia de comunicação e tradução gráfica na forma de blogs, wikis e ferramentas de mapeamento coletivo; ampliar a cartografia das ações biopotentes que apontam novos caminhos para construção de políticas públicas e programas de Estado voltados a uma cidade mais justa e menos excludente; produzir tecnologia social através de informação/ conhecimento reaplicável; desenvolver e aperfeiçoar a plataforma cartográfica atual de trabalho do grupo de pesquisa e esboçar protótipo de ferramenta de mapeamento que sobreponha as utilizadas atualmente, podendo servir de base para outros grupos atuarem coletivamente e colaborativamente no processo de produção de informação.
 
 
 
Os modos de cartografar envolvendo tecnopolíticas e tecnologia social são fundamentais para legitimar as ações que fazem fronteira com o ativismo urbano em defesa dos bens comuns, destacando-se: o desenvolvimento de pesquisas teóricas e conceituais; a participação em reuniões e atos junto aos movimentos sociais, culturais e ambientais; a participação em atividades políticas como audiências públicas e reuniões de conselhos municipais e estaduais; a organização tecnopolítica dos movimentos parceiros realizando colaborativamente e em rede fanpages, blogs, cartilhas, flyers, documentários, infográficos, revistas, livros jornais; a produção e participação em eventos artísticos, políticos e culturais; representações em Ministério Público; representação política em Conselhos Municipais; a produção de cartografias e mapas colaborativos; a formação de rede entre grupos de pesquisa e também entre movimentos sociais; aulas públicas; seminários, workshops e outros eventos acadêmicos abertos; pesquisas de graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado); artigos científicos em revistas indexadas. O projeto envolve a cartografia de campos de luta territorial em Belo Horizonte, contemplando as seguintes frentes de atuação e objetivos específicos para cada uma delas: OUC-ACLO (Operação Urbana Consorciada ACLO); PBH ATIVOS (empresa recém criada, público-privada); ZONA CULTURAL (região central de Belo Horizonte); OU ISIDORO – OPERAÇÃO URBANA ISIDORO; PLATAFORMA TECNOPOLÍTICA DE INVESTIGAÇÃO URBANA (plataforma online para receber os dados das cartografias).
 
 
 
'''Objetivos Gerais'''
 
 
 
A proposta nesse projeto é robustecer a análise qualitativa sobre a economia política da OUC, os atores envolvidos, engenharia de financiamento, custos públicos, discursos e instrumentos urbanísticos envolvidos para produção de estudos técnicos, material gráfico e mapeamento que permita, além da mobilização social e denúncia de possíveis irregularidades, a comparação desse GPU com outros que estão sendo mapeados pelos parceiros do Labcidade e IPPUR.
 
 
 
'''Objetivos Específicos'''
 
 
 
Definição preliminar dos critérios a partir dos quais serão construídos (a) banco de dados e análise da OUC-ACLO e (b) cartografia do empreendimento, com base nos parâmetros elaborados no questionário de mapeamento do Indisciplinar referente aos projetos do urbanismo neoliberal, constante da Plataforma do Urbanismo Biopolítico.
 
 
 
'''Metodologia
 
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No que diz respeito ao método trabalho, entendemos por cartografia o processo de investigação que substitui o método científico positivista (que pressupõem a separação entre pesquisador e seu objeto de pesquisa) permitindo que os investigadores e atores do grupo de pesquisa possam se envolver politicamente com as lutas territoriais em defesa de uma cidade mais justa. Nesse sentido, o método cartográfico hibrida sujeito investigador com atores advindos dos movimentos sociais e outros parceiros, evitando a separação entre sujeito que investiga e objeto investigado. A cartografia não utiliza somente as ferramentas de mapeamento territorial para realizar seu trabalho cartográfico, mas envolve também outras ações cotidianas junto aos movimentos e atores das resistências biopotentes, atuando justamente no ponto cego das lutas, entre as resistências locais e o poder público que detém informações complexas, e assim, o grupo de investigadores ativistas desvenda e traduz de diversas formas as perversidades do jogo de produção de espaço neoliberal que estão inseridas na macropolítica das questões urbanas, principalmente quando se trata de grandes projetos envolvendo parcerias público-privadas, nos quais governos e grandes investidores envolvidos – principalmente empreiteiras e bancos – agem a partir de uma lógica privada, orientada para a acumulação de capital e, muitas vezes, de forma irregular.
 
 
 
'''Equipe'''
 
 
 
'''Coordenação geral''': Natacha Rena
 
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'''Coordenação executiva''': Júlia Franzoni
 
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'''Coordenação financeira''': Arlete Soares
 
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'''Pesquisadores e profesores de referência:''' Bernardo Neves/ Joviano Mayer/ Janaína Marx/ Karine Gonçalves/ Brenda Gonçalves/ Thiago Canettieri/ Daniel Medeiros/ Lucca Mezzacappa/ Felipe Soares/ Natacha Rena/ Marília Pimenta/ Júlia Franzoni/ Marcela Brandão/ Daniela Farias/ Christian/ Ana Isabel de Sá/ Mari Bubantz/ Fernanda Dusse/ Natália Alves/ André Victor/ Fernanda Quintão
 

Edição das 10h32min de 2 de maio de 2019