Mudanças entre as edições de "Zona Cultural da Praça da Estação"
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Primeiras manifestações da praia contra o decreto | Primeiras manifestações da praia contra o decreto | ||
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A Praia da Estação virou o Eventão, e com a proibição da colocação do som, os praieiros foram para o Viaduto Santa Tereza pelo Boulevar Arrudas, fechando a rua e manifestando contra o decreto do prefeito. | A Praia da Estação virou o Eventão, e com a proibição da colocação do som, os praieiros foram para o Viaduto Santa Tereza pelo Boulevar Arrudas, fechando a rua e manifestando contra o decreto do prefeito. | ||
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* Eventão da Praia da Estação, por Ommar Motta - 06 de Março de 2010 | * Eventão da Praia da Estação, por Ommar Motta - 06 de Março de 2010 | ||
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https://youtu.be/h_idUUfrb3k | https://youtu.be/h_idUUfrb3k | ||
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https://youtu.be/JulYk4knAqU | https://youtu.be/JulYk4knAqU | ||
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Dia 6 de março, em baixo do viaduto Santa Teresa, em protesto contra o decreto 13.798 de 09 de dezembro de 2009 que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza na praça da estação. | Dia 6 de março, em baixo do viaduto Santa Teresa, em protesto contra o decreto 13.798 de 09 de dezembro de 2009 que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza na praça da estação. | ||
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https://youtu.be/f2o1oFKrRrU | https://youtu.be/f2o1oFKrRrU | ||
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Ação violenta da Policia Militar de Minas Gerais contra banhista que ficou nú na Praia da Estação | Ação violenta da Policia Militar de Minas Gerais contra banhista que ficou nú na Praia da Estação | ||
Edição das 11h13min de 24 de fevereiro de 2016
Situada na região central de Belo Horizonte, a área recebeu, por parte da Fundação Municipal de Cultura, a denominação de Zona Cultural. O local, de grande relevância histórica para a cidade, vem se consolidando como importante palco de disputas simbólicas entre o Estado-capital e movimentos sociais e culturais da cidade. Trata-se, também, de uma das regiões de maior interesse econômico da cidade, condição atestada pela sua inclusão na Operação Urbana Consorciada ACLO – Antônio Carlos Leste-Oeste, em fase de desenvolvimento.
Índice
Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Estação
Histórico
Com a inauguração da cidade de Belo Horizonte em 1897 inicia-se, em 1904, a construção de sua estação ferroviária, tendo sua conclusão em 1914 sob o nome Praça Cristiano Otoni[1]. Com o crescimento exponencial das demandas de fluxos da nova capital, já em 1922 foi construída e inaugurada a nova estação, a qual dois anos mais tarde é batizada como Praça Rui Barbosa[2], em homenagem ao jurista e político baiano.
Até a década de 40, a praça era porta de entrada e saída da cidade, desenvolvendo papel central no transporte de cargas e passageiros, porém, com a construção da rodoviária e a criação de um Plano Rodoviário Estadual a região perde considerável fluxo de passageiros e cargas, tendo sua importância diminuída. Na mesma época, contribuindo para decadência da Praça da Estação, as industrias antes situadas nas proximidades ganham um novo polo, a Cidade Industrial no setor oeste de Belo Horizonte.
Dos anos 1950 a 1980, com a chegada de automóveis pessoais ao país, a praça perde importância no cotidiano de seus moradores, tendo muito de seus prédios no entorno abandonados. Com a facilitação das locomoções, a área central deixa de ser preferida para residência, onde o comercio e fluxos criam uma paisagem agitada. Desta forma, a região é tomada por camadas sociais de indivíduos excluídos e invisibilizados, tendo ai marcada sua "decadência"[3].
A partir da década de 80, a praça volta a ser central nos transportes da cidade com a chegada da Estação Central de Metrô e as linhas de ônibus metropolitanos ali instalados. Porém, sua importância nos fluxos não é mais principal, como no início, agora trataria dos fluxos das camadas sociais mais baixas, aquelas desprovidas dos automóveis cobiçados pela classe média e alta. Assim, intensifica a percepção da praça como região degradada. Em 2001, após I Encontro pela revitalização do Conjunto da Praça da Estação, realizado em 1981 pelo Instituto dos Arquitetos dos Brasil –IAB/MG[4], colocam a região como importante ponto de cultura da cidade, sendo ali instalado, em parceria público-privada, o Museu de Artes e Oficios, a recuperação das esculturas, a instalação das fontes, a construção da passarela central e restauração dos jardins. Sendo inaugurada em 2004, mesmo ano do projeto “Centro Vivo- Plano de Reabilitação de Belo Horizonte” e "Linha Verde". A praça começa a ser ponto de lazer e cultura, sendo palco de grandes eventos patrocinados, onde em 09 de Dezembro de 2009, através do decreto 13.863/2010 da prefeitura, o uso do amplo espaço da praça é restringido exclusivamente para eventos. Assim nasce a "Praia da Estação", movimento de protesto ao decreto, onde a população busca a retomada da praça como ponto de encontro, sem intervenções privadas ou estatais, numa grande festa banhista, dando usos efetivos para as fontes.
Equimentos
- Serraria Souza Pinto
- Viaduto Santa Tereza
- Museu de Artes e Ofícios
- Centro Culturalda Universidade Federal de Minas Gerais
- Casa do Conde de Santa Maria
- Edifício Chagas Dória
- Escola de Engenharia da UFMG, tombado e reconhecido pelo IEPHA/MG.
Movimentos Insurgentes
Praia da Estação
"Art. 1º - Fica proibida a realização de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação, nesta Capital." Em resposta a autoritária proibição, um grupo de ativistas, artistas, movimentos sociais e agentes culturais fazem o protesto "Vá de Branco", ocupando com cerca de 50 pessoas a praça.A partir das conversas geradas pelo encontro - em email e na praça - o grupo marca a primeira "Praia na Praça da Estação" para o dia 16 de Janeiro de 2009, às 09:30, onde teriam se reunido os primeiros 300 praistas. Depois de primeiros conflitos com a Guarda Municipal, ocasionando o desligamento das fontes, o famoso chapeu passou para chamar o primeiro caminhão pipa, por apenas 150 reais.
- 23 de Janeiro de 2010, 2ª Praia da Estação
"E foi assim: descobrimos que BH tambem tem praia! Agora é aproveitar a onda para questionar os governantes e donos do poder: – QUAL É A DESSE DECRETO! ESSA PRAÇA É NOSSA!" [Por Movimento Praça Livre]
"Instituída a Comissão Especial para a Regulamentação de Eventos na Praça da Estação". Sem participação de membros da sociedade civil, o decreto determinava os parametros para realização de grandes eventos na praça.
- 06 de Março de 2010, primeiro Eventão de Qualquer Natureza
Reunindo programação cultural durante todo o dia para praça, o Eventão teve uma adesão de público significativa, repetindo-se outras duas vezes – em 8 de maio de 2010 e em 22 de janeiro de 2011, quando reuniu cerca de 600 pessoas
Registros
Praia da Estação
- Praia da Estação - Protesto, por Nelson Pombo Jr - 23 de Janeiro de 2010
Primeiras manifestações da praia contra o decreto
- Praia da Estação _ Na Divisa, por Na Divisa - 23 de Janeiro de 2010
Primeiras manifestações da praia contra o decreto
- Eventão da Praia da Estação - Passeata no Boulevard Arrudas, por Coletivo Pegada - 06 de Março de 2010
A Praia da Estação virou o Eventão, e com a proibição da colocação do som, os praieiros foram para o Viaduto Santa Tereza pelo Boulevar Arrudas, fechando a rua e manifestando contra o decreto do prefeito.
- Eventão da Praia da Estação, por Ommar Motta - 06 de Março de 2010
Dia 6 de março, em baixo do viaduto Santa Teresa, em protesto contra o decreto 13.798 de 09 de dezembro de 2009 que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza na praça da estação.
- Protesto Praia da Estação, por TV alterosa - 10 de Março de 2012
Ação violenta da Policia Militar de Minas Gerais contra banhista que ficou nú na Praia da Estação
Funk da Praia da Estação
- teaser praia da estação 2, por Graveola
https://youtu.be/4mEzQrF6v0M Funk criado nas primeiras manifestações da praia contra o decreto
Referências
[1] AMORIM, Marcela Sampaio Magalhães; LIMA, Alves de Jean Cássio. A produção do espaço da Praça da Estação em Belo Horizonte (MG) e dos equipamentos de seu entorno ao longo da história da cidade. In: I Simpósio Mineiro de Geografia. Das diversidades à articulação geográfica. 2014, Universidade Federal de Alfenas – Alfenas (MG). Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/simgeo/system/files/anexos/Jean%20Cássio%20Lima.pdf> Acesso em: 20 abr. 2013.