Mudanças entre as edições de "Gentrificação"
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"O termo gentrificação provém da palavra inglesa gentry, originalmente usada para designar a pequena nobreza ou os proprietários de terra. Otermo refere-se ao fenômeno de deslocamento da população original de uma área urbana em prol da sua posterior ocupação por outro setor populacional, de classe econômica geralmente muito mais alta, cuja visão, apreensão e vivência da cidade mostram-se normalmente diversas daquelas apresentadas pelos habitantes originários. O termo pode também ser entendido como “aburguesamento” ou “enobrecimento” das áreas populares de uma cidade, que têm assim, suas características originais totalmente transformadas. Na sociedade capitalista, a acumulação de capital é a força que motiva todas as ações e sendo assim, na sociedade contemporânea, o desenvolvimento urbano e a urbanização são manifestações espaciais diretas do processo de acumulação de capital. Nesse contexto, a cidade deixou de ser apenas uma das partes no processo de acumulação e tornou-se um espaço organizado para o investimento capitalista e acontece de forma desigual. Estes processos de gentrificação são em geral desenvolvidos por parcerias entre governos e investidores e são viabilizadas principalmente pelas parcerias público-privadas, seguindo preceitos do planejamento estratégico. No Brasil, as parcerias público-privadas voltadas para a realização de planos urbanos gentrificadores são viabilizadas pelo instrumento urbanístico das Operações Urbanas Consorciadas (OUCs), instituído pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01). | "O termo gentrificação provém da palavra inglesa gentry, originalmente usada para designar a pequena nobreza ou os proprietários de terra. Otermo refere-se ao fenômeno de deslocamento da população original de uma área urbana em prol da sua posterior ocupação por outro setor populacional, de classe econômica geralmente muito mais alta, cuja visão, apreensão e vivência da cidade mostram-se normalmente diversas daquelas apresentadas pelos habitantes originários. O termo pode também ser entendido como “aburguesamento” ou “enobrecimento” das áreas populares de uma cidade, que têm assim, suas características originais totalmente transformadas. Na sociedade capitalista, a acumulação de capital é a força que motiva todas as ações e sendo assim, na sociedade contemporânea, o desenvolvimento urbano e a urbanização são manifestações espaciais diretas do processo de acumulação de capital. Nesse contexto, a cidade deixou de ser apenas uma das partes no processo de acumulação e tornou-se um espaço organizado para o investimento capitalista e acontece de forma desigual. Estes processos de gentrificação são em geral desenvolvidos por parcerias entre governos e investidores e são viabilizadas principalmente pelas parcerias público-privadas, seguindo preceitos do planejamento estratégico. No Brasil, as parcerias público-privadas voltadas para a realização de planos urbanos gentrificadores são viabilizadas pelo instrumento urbanístico das Operações Urbanas Consorciadas (OUCs), instituído pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01). | ||
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+ | [https://vimeo.com/157523397 Pessoa-coisa, cidade-torre (2016)] | ||
+ | [https://www.youtube.com/watch?v=HemP4hKvQjg Gatunos S.A. (2015)] | ||
+ | [https://vimeo.com/101156947 Ficção Imobiliária (2014)] | ||
+ | [https://youtu.be/W72RsbiusEk A grande feira (1961)] | ||
+ | Auqarius | ||
+ | [https://vimeo.com/43564422 Eu, favela (2012)] | ||
+ | [https://www.youtube.com/watch?v=ZoBJzrACZ3c Realengo, Aquele Desabafo (2011)] | ||
+ | [https://www.youtube.com/watch?v=xao_4b8DJ_k Casas Marcadas (2013)] | ||
+ | Little men | ||
+ | Notthing Hill | ||
+ | Boyz n the hood | ||
+ | Girlhood (2014) | ||
+ | Poltergeist (1990) | ||
+ | Duplex (2003) | ||
+ | Chinatown (1974) | ||
+ | Hands Over the City (1962) | ||
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+ | http%3A%2F%2Fag.jor.br%2Fblog%2F2016%2F05%2F03%2Fficcao-ou-realidade-quatro-filmes-que-discutem-processos-de-gentrificacao%2F&usg=AFQjCNGd8bGfs3cmEFjpqVNI6sledT_tUQ&sig2=bKHwZgDPQ1SGSyEkoop1qA&cad=rja | ||
+ | https://www.theguardian.com/cities/2016/oct/03/from-notting-hill-to-poltergeist-how-the-movies-handle-gentrification | ||
+ | http%3A%2F%2Frioonwatch.org.br%2F%3Fp%3D5878&usg=AFQjCNGWBwty50c0tv5zaGxVPdO0IYBQIQ&sig2=lFzW182EafDD17ryEAMQnA&cad=rja | ||
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Edição das 17h35min de 13 de maio de 2017
O que é gentrificação?
"O termo gentrificação provém da palavra inglesa gentry, originalmente usada para designar a pequena nobreza ou os proprietários de terra. Otermo refere-se ao fenômeno de deslocamento da população original de uma área urbana em prol da sua posterior ocupação por outro setor populacional, de classe econômica geralmente muito mais alta, cuja visão, apreensão e vivência da cidade mostram-se normalmente diversas daquelas apresentadas pelos habitantes originários. O termo pode também ser entendido como “aburguesamento” ou “enobrecimento” das áreas populares de uma cidade, que têm assim, suas características originais totalmente transformadas. Na sociedade capitalista, a acumulação de capital é a força que motiva todas as ações e sendo assim, na sociedade contemporânea, o desenvolvimento urbano e a urbanização são manifestações espaciais diretas do processo de acumulação de capital. Nesse contexto, a cidade deixou de ser apenas uma das partes no processo de acumulação e tornou-se um espaço organizado para o investimento capitalista e acontece de forma desigual. Estes processos de gentrificação são em geral desenvolvidos por parcerias entre governos e investidores e são viabilizadas principalmente pelas parcerias público-privadas, seguindo preceitos do planejamento estratégico. No Brasil, as parcerias público-privadas voltadas para a realização de planos urbanos gentrificadores são viabilizadas pelo instrumento urbanístico das Operações Urbanas Consorciadas (OUCs), instituído pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01).
é a valorização acelerada de alguma área da cidade cujos residentes não têm poder aquisitivo elevado o suficiente para se manter nessa área. este processo tende a prejudicar os inquilinos e os proprietários de imóveis que não desejam sair da região e vender suas casas ou apartamentos, mas ao mesmo tempo não conseguem arcar com aumentos muito fortes do IPTU, que passa a acompanhar os novos valores praticados na área. é um processo comum nas vizinhanças de grandes projetos urbanos, que aumentam preços de imóveis em suas redondezas devido à maior procura por estes imóveis. tende a afetar bairros mais tradicionais e já consolidados."
"Enquanto determinada área passa por uma fase de investimentos e desenvolvimento, outras sofrem desinvestimento e subdesenvolvimento. A desigualdade cria as condições para que futuros investimento sejam feitos nas áreas subdesenvolvidas, dando origem a ciclos de investimento-desinvestimento (SMITH, 1982). Este desinvestimento ocorre frequentemente em áreas centrais, antigas zonas industriais, zonas portuárias e áreas ocupadas por população de baixa renda em geral. Essas áreas sofrem um processo de desvalorização e depreciação (no qual muitas vezes a mídia tem papel fundamental) tão intenso que se torna lógico para os proprietários reduzir os investimentos e aguardar a valorização do imóvel, ou seja, intensifica-se a especulação imobiliária. Quando o preço dos imóveis diminui consideravelmente e a possibilidade de lucro mostra-se vantajosa (rent gap), tem início o novo ciclo de investimento. Uma das principais características dessa nova fase da gentrificação que vivemos agora é que ela não acontece como um fenômeno local e promovido por agentes isolados, mas sim como um processo global, sistematizado, institucional, ligado ao Estado e com a intenção explícita de gentrificar a cidade por meio de uma renovação urbana de dimensão classista (SMITH, 2006). De maneira geral o planejamento urbano, até o fim dos anos 1960 nos países do welfare state, tinha caráter autoritário, tecnocrático e centralizador. O Estado era o grande responsável pelos planos urbanísticos e pela construção de equipamentos para a cidade. Já a partir da década de 1970, com a crise dos Estados do Bem-Estar Social e a internacionalização da economia, a produção das cidades deixou de ser função exclusiva dos Estados e passou a ser compartilhada também com a iniciativa privada. Essas parcerias entre governos e investidores foram viabilizadas principalmente pelas parcerias público-privadas, seguindo preceitos do planejamento estratégico."
Referências
Filmes sobre gentrificação:
Pessoa-coisa, cidade-torre (2016) Gatunos S.A. (2015) Ficção Imobiliária (2014) A grande feira (1961) Auqarius Eu, favela (2012) Realengo, Aquele Desabafo (2011) Casas Marcadas (2013) Little men Notthing Hill Boyz n the hood Girlhood (2014) Poltergeist (1990) Duplex (2003) Chinatown (1974) Hands Over the City (1962)
http%3A%2F%2Fag.jor.br%2Fblog%2F2016%2F05%2F03%2Fficcao-ou-realidade-quatro-filmes-que-discutem-processos-de-gentrificacao%2F&usg=AFQjCNGd8bGfs3cmEFjpqVNI6sledT_tUQ&sig2=bKHwZgDPQ1SGSyEkoop1qA&cad=rja https://www.theguardian.com/cities/2016/oct/03/from-notting-hill-to-poltergeist-how-the-movies-handle-gentrification http%3A%2F%2Frioonwatch.org.br%2F%3Fp%3D5878&usg=AFQjCNGWBwty50c0tv5zaGxVPdO0IYBQIQ&sig2=lFzW182EafDD17ryEAMQnA&cad=rja