Mudanças entre as edições de "Projeto Artesanias do Comum"

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* Projeto de extensão no SIEX/UFMG: [https://sistemas.ufmg.br/siex/AuditarProjeto.do?id=44241 Artesanias do Comum]
 
* Projeto de extensão no SIEX/UFMG: [https://sistemas.ufmg.br/siex/AuditarProjeto.do?id=44241 Artesanias do Comum]
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Edição atual tal como às 19h18min de 16 de agosto de 2018

Artesanias comum.jpg

O projeto

ARTESANIAS DO COMUM é um projeto extensionista, que estava vinculado ao Programa IND.LAB_Laboratório Nômade do Comum até o momento, e agora passa a compor o programa "NATUREZA POLíTICA", ambos pertencente ao grupo INDISCIPLINAR, grupo de pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG. O grupo tem suas ações focadas na produção contemporânea do espaço urbano. Seus integrantes são professores, pesquisadores, alunos de graduação e pos-graduação oriundos de diversos campos do conhecimento de várias instituições acadêmicas no Brasil e no exterior, que buscam em suas ações a articulação entre a teoria e o prática, e o fortalecimento do tripé ensino-pesquisa e extensão. O projeto ARTESANIAS DO COMUM parte do entendimento que apesar das forças hegemônicas de produção, baseadas exclusivamente na lógica da indústria e da ciência, cujo foco principal é o mercado, há uma invenção potente no cotidiano, engendrada taticamente pelos moradores, para resolver questões pertinentes à produção social do espaço, seja na escala do corpo, da moradia e/ou da cidade. Inspirados em Boaventura de Souza Santos, denominamos essas ações de Artesanias e apostamos na importância do seu mapeamento e na identificação de seus pressupostos de produção. Essas artesanias se aproximam das invencões do cotidiano teorizadas pelo Michel de Certeau e do saber-fazer do artífice explicitado por Sennett. Outro conceito que nos é caro é o conceito do comum, entendido aqui como sendo o “excedente que não pode ser expropriado pelo capital nem capturado na arregimentação do corpo político global” (HARDT; NEGRI), que se manifesta por meio de revoltas globais, mas também por “práticas, linguagens, condutas, hábitos, formas de vida e desejos”. Por fim, temos como balizas teóricas os pressupostos da economia solidária e da tecnologia social, e, por isso, os textos do Roberto Dagnino e Paul Singer são também algumas de nossas referências. Imbuídos desses conceitos, o objetivo desse projeto é o de potencializar práticas urbanas e arquitetônicas nas quais as artesanias e a produção do comum estejam presentes, a partir de uma cartografia ampla de seus procedimentos e pressupostos, tendo como horizonte o projeto e/ou a construção de dispositivos arquitetônicos e urbanos que possam fortalecer uma rede de produção e troca baseada na solidariedade e no compartilhamento de saberes científicos e cotidianos, atravessados simultaneamente por questões e decisões políticas e poéticas. Em 2016, o ARTESANIAS DO COMUM firmou parceria com a Casa Tina Martins, importante casa de referência para a mulher em situação de violência. A parceria firmada visa a criação de dispositivos para melhor apropriação do espaço da casa. Também no ano de 2016, o ARTESANIAS DO COMUM firmou parceria com o MLB (Movimento de luta nos bairros, vilas e favelas), em ações diretas em ocupações urbanas autoconstruídas coordenadas pelo movimento, como por exemplo a criação do projeto 'Parque das ocupações", localizado no bairro Barreiro, em Belo Horizonte. Esse projeto está sendo desenvolvido em parceria com outro projeto de extensão do grupo Indisciplinar, o NATUREZA URBANA, e sua continuidade no ano de 2018 é de grande importância, tendo em vista o envolvimento das comunidades locais com a proposta do parque e a participação no sub-comité da bacia Rio Arrudas. No momento, o grupo está envolvido com a reforma de um ônibus que foi doado ao MLB, no intuito de transformar seu interior em um espaço para acolher atividades econômicas (feiras e bazares) e atividades culturais (biblioteca, teatro e projeção de filme). Além disso, o terreno onde será estacionado o ônibus também está sendo motivo de discussões e elaboração de propostas. Aposta-se que o ônibus será um importante instrumento de articulação dos moradores das ocupações do Barreiro, podendo, em suas atividades móveis, expandir esse propósito.


Participantes

  • Coordenação: Marcela Brandão
  • Co-coordenação: Luciana Bragança


Ex-participantes

  • Coordenação: Natacha Rena
  • Marcus Barbosa
  • Daniela Faria

Conexões externas