Zona Cultural da Praça da Estação

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Situada na região central de Belo Horizonte, a área recebeu, por parte da Fundação Municipal de Cultura, a denominação de Zona Cultural. O local, de grande relevância histórica para a cidade, vem se consolidando como importante palco de disputas simbólicas entre o Estado-capital e movimentos sociais e culturais da cidade. Trata-se, também, de uma das regiões de maior interesse econômico da cidade, condição atestada pela sua inclusão na Operação Urbana Consorciada ACLO – Antônio Carlos Leste-Oeste, em fase de desenvolvimento.


Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Estação

Histórico

Com a inauguração da cidade de Belo Horizonte em 1897 inicia-se, em 1904, a construção de sua estação ferroviária, tendo sua conclusão em 1914 sob o nome Praça Cristiano Otoni[1]. Com o crescimento exponencial das demandas de fluxos da nova capital, já em 1922 foi construída e inaugurada a nova estação, a qual dois anos mais tarde é batizada como Praça Rui Barbosa[2], em homenagem ao jurista e político baiano.

Até a década de 40, a praça era porta de entrada e saída da cidade, desenvolvendo papel central no transporte de cargas e passageiros, porém, com a construção da rodoviária e a criação de um Plano Rodoviário Estadual a região perde considerável fluxo de passageiros e cargas, tendo sua importância diminuída. Na mesma época, contribuindo para decadência da Praça da Estação, as industrias antes situadas nas proximidades ganham um novo polo, a Cidade Industrial no setor oeste de Belo Horizonte.

Dos anos 1950 a 1980, com a chegada de automóveis pessoais ao país, a praça perde importância no cotidiano de seus moradores, tendo muito de seus prédios no entorno abandonados. Com a facilitação das locomoções, a área central deixa de ser preferida para residência, onde o comercio e fluxos criam uma paisagem agitada. Desta forma, a região é tomada por camadas sociais de indivíduos excluídos e invisibilizados, tendo ai marcada sua "decadência"[3].

A partir da década de 80, a praça volta a ser central nos transportes da cidade com a chegada da Estação Central de Metrô e as linhas de ônibus metropolitanos ali instalados. Porém, sua importância nos fluxos não é mais principal, como no início, agora trataria dos fluxos das camadas sociais mais baixas, aquelas desprovidas dos automóveis cobiçados pela classe média e alta. Assim, intensifica a percepção da praça como região degradada. Em 2001, após I Encontro pela revitalização do Conjunto da Praça da Estação, realizado em 1981 pelo Instituto dos Arquitetos dos Brasil –IAB/MG[4], colocam a região como importante ponto de cultura da cidade, sendo ali instalado, em parceria público-privada, o Museu de Artes e Oficios, a recuperação das esculturas, a instalação das fontes, a construção da passarela central e restauração dos jardins. Sendo inaugurada em 2004, mesmo ano do projeto “Centro Vivo- Plano de Reabilitação de Belo Horizonte” e "Linha Verde". A praça começa a ser ponto de lazer e cultura, sendo palco de grandes eventos patrocinados, onde em 09 de Dezembro de 2009, através do decreto 13.863/2010 da prefeitura, o uso do amplo espaço da praça é restringido exclusivamente para eventos. Assim nasce a #Praia da Estação, movimento de protesto ao decreto, onde a população busca a retomada da praça como ponto de encontro, sem intervenções privadas ou estatais, numa grande festa banhista, dando usos efetivos para as fontes.

Equimentos

  • Serraria Souza Pinto
  • Viaduto Santa Tereza
  • Museu de Artes e Ofícios
  • Centro Culturalda Universidade Federal de Minas Gerais
  • Casa do Conde de Santa Maria
  • Edifício Chagas Dória
  • Escola de Engenharia da UFMG, tombado e reconhecido pelo IEPHA/MG.


Movimentos Insurgentes

Duelo de MC's

24 de Agosto de 2007

Surgido em 2007 de forma despretensiosa, juntando cerca de 20 pessoas, organizado pelo coletivo #Família de Rua, o Duelo já se definia nos primeiros meses de vida como:

"Mais do que um espaço destinado à promoção de batalhas, travadas através do improviso, o “Duelo de MC’s” é uma iniciativa que visa o fortalecimento da cultura hip hop de Belo Horizonte e região. Por aqui, a falta de organização e investimento são alguns dos fatores que impedem a evolução da cultura e dos artistas locais. Diante desse quadro, nada mais oportuno que a criação de um projeto, sem fins lucrativos, no qual Mestres de Cerimônia (MC’s) protagonizem saudáveis disputas, mostrando habilidades de raciocínio e intimidade com as palavras. Além disso, o Duelo é um uma realização que permite a b.boys, b.girls, deejays, grafiteiros, grafiteiras, skatistas ou a qualquer pessoa se divertir, conhecer gente nova, trocar informação, conhecimento e muito mais." [blog Duelo de MCs]

Ocupando inicialmente a Praça da Estação, por conta da chuva, migrou para o Viaduto Santa Tereza, ao lado da praça. Chegou ali por acaso, mas rapidamente se encontrou no espaço e começou a trabalhar para fazer do Viaduto, naquele momento esquecido pela cidade, a sua casa. Ganhou proporções nacionais, reunindo milhares de pessoas de todos os cantos da cidade para seus encontros semanais, às noites de sextas-feiras. Foi palco para revelações de vários santos de casa e apresentação de grandes nomes nacionais.

Família de Rua

Associação cultural sem fins lucrativos voltada especificamente para a promoção da cultura Hip Hop, do skate e do grafitte nas ruas de Belo Horizonte. Por meio de sua atuação, o que havia começado como um encontro musical entre poucas pessoas acabou por adquirir um caráter mais amplo. É através da ação do grupo, por exemplo, que em 2008 os projetos Dança de Rua e Família de Rua Game of Skate passaram a integrar, junto aos Duelos, a programação mensal do espaço.

Eu Respeito o Duelo de MC's

Em 2010, o Duelo foi interrompido por má ocupação de algumas pessoas, tornando-se, em seguida, foco de uma grande operação policial. Tratou-se de uma ação desmedida, realizada sem qualquer planejamento ou organização prévia junto ao Duelo de Mc’s. No ano seguinte, em continuidade às ações de repressão ao movimento, a Polícia Militar e a Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte solicitaram a sua interrupção imediata. Não acatada pela #Família de Rua, tal ação acabou por conduzir a uma grande mobilização em torno do Duelo. Foi lançada a campanha “Eu Respeito o Duelo de Mc’s”, envolvendo a produção de camisetas temáticas e a realização de uma série de debates a respeito da ocupação do Viaduto.

O que acontece aqui? 7 de Dezembro de 2012

Produzido durante o festival #Cidade Eletronika, o lançamento do fanzine "O que acontece aqui?" foi importante documento já produzido sobre a região, cuja proposta girava em torno desta frequente pergunta que rondava o Viaduto Santa Tereza desde o inicio do #Duelo de MC's. Estudantes, Mcs, Bboys, intelectuais, pesquisadores, desenhistas, grafiteiros, pixadores, enfim amadores e amantes da rua se uniram e se organizaram em rede de forma apaixonada para gerá-lo. [Disponível aqui]


Domingo Nove e Meia

"O domingo Nove e Meia era um evento mensal que ocorreu de junho de 2007 até dezembro de 2010 debaixo do Viaduto do Santa Teresa. Ele tinha como propósito a apropriação do espaço público com ideais autonomistas e libertários. Durante esses anos, foram feitos shows, festas, copelada, churrascos, sambas, performances, Sarais, oficina de confecção de tambores recicláveis e até natal. Domingo Nove e Meia era espaço para experimentações e algo mais que estava para acontecer. O DNM é uma mágica que contagiou os quatro cantos do centro da cidade. Elaborou ideias, amadureceu consciências e se lançou para além do espaço público a necessidade de uma cultura autônoma. Um catalisador de vontades." [Descrição por Palestina Israel no Youtube]

O fim dos encontros deu-se em 2010, mas as experiências adquiridas em sua articulação desdobraram-se em outras ações e espaços. É o caso do Ystilingue, espaço cultural localizado no Edifício Arcângelo Maletta, na região central da cidade; e da Bicicletada, ação voltada para a divulgação da bicicleta como meio de transporte.


Praia da Estação

"Art. 1º - Fica proibida a realização de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação, nesta Capital." Em resposta a autoritária proibição, um grupo de ativistas, artistas, movimentos sociais e agentes culturais fazem o protesto "Vá de Branco", ocupando com cerca de 50 pessoas a praça.A partir das conversas geradas pelo encontro - em email e na praça - o grupo marca a primeira "Praia na Praça da Estação" para o dia 16 de Janeiro de 2009, às 09:30, onde teriam se reunido os primeiros 300 praistas. Depois de primeiros conflitos com a Guarda Municipal, ocasionando o desligamento das fontes, o famoso chapeu passou para chamar o primeiro caminhão pipa, por apenas 150 reais.

  • 23 de Janeiro de 2010, 2ª Praia da Estação

"E foi assim: descobrimos que BH tambem tem praia! Agora é aproveitar a onda para questionar os governantes e donos do poder: – QUAL É A DESSE DECRETO! ESSA PRAÇA É NOSSA!" [Por Movimento Praça Livre]

"Instituída a Comissão Especial para a Regulamentação de Eventos na Praça da Estação". Sem participação de membros da sociedade civil, o decreto determinava os parametros para realização de grandes eventos na praça.

  • 06 de Março de 2010, primeiro Eventão de Qualquer Natureza

Apesar dos primeiros banhistas terem sido recebidos por um carro do Choque rondando a praça e vários guardas municipais, o Eventão reuniu programação cultural durante todo o dia na praça, teve uma adesão de público significativa, repetindo-se outras duas vezes – em 8 de maio de 2010 e em 22 de janeiro de 2011, quando reuniu cerca de 600 pessoas

Através do decreto a prefeitura define o pagamento para utilização da Praça da Estação: R$ 9.600,00 para eventos de 1 a 2 dias, R$ 14.000,00 para eventos de 3 a 4 dias e R$ 19.200,00 para eventos de 5 a 6 dias.


Carnaval de Rua de BH Fevereiro de 2010

Até 2009 o carnaval de Belo Horizonte era marcado pelo abandono massivo da população para cidades onde a festa mais se destacava, desde capitais até cidades interioranas com tradição na folia. Até este momento, eram poucos os blocos que construiam o carnaval na cidade, como a Banda Mole e os Blocos Caricatos. Neste mesmo ano surgem dois novos blocos: o Bloco Tico Tico Serra Copo (nascido no bairro Serra e levado, posteriormente, a locais da cidade tomados por conflitos territoriais) e o Bloco do Peixoto (no bairro Santa Efigênia).

Se em 2009 tem-se este primeiro impulso, é a partir de 2010 que o carnaval de rua atravessa, de fato, uma expansão considerável, a ponto de alguns tratarem a época como de “renascimento” da festa carnavalesca na cidade. É neste ano, por exemplo, que surgem os blocos Então, Brilha! (na rua guaicurus, famosa como ponto de prostituição na cidade), Mamá na Vaca (no bairro Santo Antônio), Filhos de Tcha Tcha (na Comunidade Rosa Leão) e o Bloco da Praia.

O crescimento da ação carnavalesca na cidade torna-se, com o passar dos anos, cada vez mais explícito: em 2010 tem-se um total de sete blocos, em 2011 esse número aumenta para mais de vinte, em 2012, para quase quarenta, em 2013 mais de oitenta e assim crescendo exponencialmente desde então. Esse processo de expansão foi acompanhado pela incorporação ao ato de um forte caráter político, movimento já experimentado em outras ocupações festivas na região do Viaduto Santa Tereza e Praça da Estação, como a própria #Praia da Estação.


Nelson Bordelo Julho de 2010

Instalado em um edifício lindeiro ao largo formado pelo encontro entre a rua Aarão Reis e o baixio do Viaduto Santa Tereza, com decoração inspirada nos bordéis que existiram no centro da cidade na década de 1920, o bar-restaurante-cabaré acabou por tornar-se uma importante referência na cena cultural underground da cidade.

"O Nelson Bordello abre suas portas e promete esquentar as noites com atrações artísticas variadas, revivendo o tempo dos cabarés. Música e gastronomonia no Bordello tem. As terças-feiras a literatura invade a casa chamando aos loucos e as desvairadas. Quarta é o dia em que a casa se transforma em um grande cabaré com suas gaiolas e dramas. As quintas vamos de jazz e instrumental, porque não? Sextas-feiras voltamos nossos rostos para mãe África ao som do beat e do drumm: soul e rap. Sábado é dia de festa. Domingo não há de faltar nunca samba, feijoada e cachaça, muita cachaça." [Descriçao em seu blog]

Com o pulso carimbado – sinal de pagamento do ingresso que variava valor entre três e dez reais - os frequentadores de tais eventos podiam se instalar nas mesas internas e sair, de tempos em tempos, à movimentada calçada localizada à entrada do espaço, a qual ganhou o apelido de “Portello”.


Espanca! Outubro de 2010

Nascido em setembro de 2004 em meio ao Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto, o grupo teatral instalou-se no local apenas em outubro de 2010.

“decidimos ir para o centro para que a cidade interferisse na gente. E foi o que aconteceu. Alterou nosso modo de pensar e a estética do grupo” [Marcelo Castro, integrante do grupo Espanca]

Definindo-se como "Violentamente Doce" e com uma programação diversificada, marcada pela presença de linguagens e públicos bastante heterogêneos, o espaço já abrigou – além de espetáculos teatrais – oficinas, shows de bandas musicais, aulas de dança urbana, bailes de House Music, residências coletivas de experimentações gráficas, lançamento de revistas, exibição de filmes e diversas edições do #Sarau Vira-Lata e Coletivoz.Dentre os festivais e mostras que tiveram lugar no galpão podemos destacar o Festival de Performance de Belo Horizonte, o Fórum Nova Cena, o Festival de Arte Negra, o programa Janela de Dramaturgia, a Mostra Marginália Lab de Arte e Tecnologia e o Acto! Encontro de Teatro.


Movimento Fora Lacerda Julho de 2011

Com o objetivo de fazer frente ao projeto político do então prefeito Márcio Lacerda, o movimento era suprapartidário e tinha como intuito reunir grupos insatisfeitos com as medidas tomadas pelo político em seu mandato. As reuniões eram realizadas na Praça da Estação e os temas abordados atravessavam, muitas vezes, as próprias ações da [#Praia da Estação]. Havia entre eles uma contínua articulação. Prova disso é que, mais a frente, o movimento torna-se um importante agente impulsionador da retomada do ato praieiro em 2012.

"O MOVIMENTO FORA LACERDA surgiu da indignação de várias pessoas com a administração atual e da possibilidade de repetição da candidatura de Lacerda. O Movimento é independente, apartidário e solidário aos diversos movimentos de enfrentamento aos desmandes do prefeito. Nossa visão é antineoliberal, por uma administração humanista, inclusiva e com a participação popular. Além de não estarmos ligados a nenhum partido político, rejeitamos qualquer proposta de utilizar este Movimento em prol de algum futuro candidato à Prefeitura. A independência do MOVIMENTO FORA LACERDA é uma forma de demonstrar como a sociedade civil organizada pode influenciar e alterar os cursos políticos de uma cidade marcada por uma administração elitista, excludente e aversa à participação popular. Convidamos a população a levantar suas insatisfações em relação à administração Márcio Lacerda e a se unir ao MOVIMENTO FORA LACERDA. Somos muitos, estamos juntos e queremos uma BH mais humana e integrada." [Trecho do manifesto do Movimento Fora Lacerda]


BAixo BAhia Futebol Social 7 de Março de 2011

"A proposta da oficina é dar continuidade à ação cotidiana do próprio grupo BAixo BAhia: ‘experimentar’ e ‘compartilhar’ o espaço da rua das cidades através de ‘práticas do não-saber’, – não sabemos bem jogar futebol, não sabemos bem sobre como é fazer isto na rua, não sabemos bem quem vamos encontrar para jogar, mas propomos incorporar nossos corpos à cidade através de uma bola que rola." [Oficina BAixo BAhia Futebol Social]

Nascido nas ruas do baixio do Viaduto Santa Tereza, situado nas proximidades da rua da Bahia, que dá o próprio nome ao grupo. O time (formado apenas por mulheres), passou a jogar periodicamente, de forma a agregar na partida quem estivesse disposto a participar: moradores de rua, moradores de ocupações urbanas, transeuntes e qualquer outra pessoa que, ao cruzar o caminho, se dispusesse a se juntar à equipe.


Sarau Vira-Lata 24 de Agosto de 2011

Por iniciativa dos coletivos #Família de Rua e Coletivoz, organizados no chamado "Sindicato dos Cachorros de Rua", surgem as primeiras iniciativas de se ocupar com poesia e de forma itinerante os espaços públicos de Belo Horizonte.

"surgiu como uma ideia de um camarada, querendo realizar um sarau no Centro Cultural UFMG, com o nome de sarau RAPoético, de vez em quando, reunindo pessoas que gostassem de poesia, que quisessem ouvir poesia, recitar poesia, textos, coisas legais… os participantes, inicialmente, eram pessoas envolvidas com a prática do rap, e o sarau vinha como estímulo a essas pessoas produzirem poesia sem se preocupar com a música rap. produzir mais livremente, se pode assim ser dito. e pra estimular as pessoas que não conhecem o rap, a enxergarem esse estilo musical com outros olhos, dando ênfase à lírica. mas e aí? a coisa deu tão certo que tomou vida própria, e recebeu um nome muito mais legal [Sarau Vira-Lata]. acontece de 15 em 15 dias (terça, quarta, terça, quarta…), cada vez em um diferente espaço da cidade. e quem participa? quem quiser! quem gosta de ir pra rua, de conhecer gente nova, de mostrar o que anda lendo, o que anda escrevendo, e conhecer o que os outros andam escrevendo por aí…" [blog Poesia Vira Lata]

A medida que chegam, os poetas vira-latas sentam-se em roda, no chão da calçada ou da praça. Objetos existentes no local são geralmente utilizados para a construção improvisada de bancos e do palco, quando há. Ao centro, um espaço é deixado livre para as performances. A quem quiser participar, é aconselhável que dê, ao mais breve, o nome (ou pseudônimo), à pessoa encarregada pela organização do ato. Anotados em papéis, os nomes irão para dentro de um chapéu e lá permanecerão até o sorteio que definirá a ordem das apresentações. O sarau tem início. Um a um dos vira-latas – com papel à mão ou de maneira improvisada – recitam seus versos, contos, rezas, mandingas, cordéis – longos ou curtos, não há regra. À última performance seguem momentos de confraternização em roda, até que o grupo finalmente se dispersa.


Samba da Meia-Noite Março de 2012

O Samba da Meia Noite é uma roda de samba voltada para a celebração das tradições do candomblé e da umbanda, acontecendo quinzenalmente ao mês após o #Duelo de MC's, ocupando o passeio frente ao teatro #Espanca! e o bar #Nelson Bordelo ou o baixio do Viaduto Santa Tereza, as movimentações começam à meia-noite. Sendo responsável por uma diversidade muito grande de público, estima-se uma média de 500 a 1000 pessoas por encontro.

O repertório do grupo é fruto da experiência e das referências culturais de cada um dos integrantes. O coordenador e fundador Jefferson Gomes traz de sua vivência na bacia do Rio do Jequitinhonha, em Minas Gerais, tradicionais chulas e benditos costumeiramente cantados, à beira-rio, pela população da região. Caboclos, boiadeiros e outras entidades cultuadas na umbanda e no candomblé também estão dentre os homenageados das canções e das performances. No movimento, a exaltação da figura feminina é outro ponto notável. São as sambadeiras, à exemplo das matriarcas das comunidades afrodescendentes, que, vestindo saias longas e turbantes, entoam o coro, dançam e chamam os passantes a juntarem-se à roda de acordo com a tradição, são elas as responsáveis pela preservação e perpetuação do ritual.


Pop Nique 1º de Abril de 2012

Piquenique coletivo realizado na Praça da Estação pelo Núcleo de Criação Arte e Ativismo do grupo de teatro #Espanca!, a Gangue das Bonecas – coordenada pelo coletivo Paisagens Poéticas – e a população de rua. O ato teve como intuito protestar contra o fechamento do Centro de Referência à População de Rua (CREAS POP)/Programa Miguilim – assunto que havia gerado grande comoção em meio aos moradores de rua e movimentos sociais locais.


LavAção 27 de Abril de 2012

Articulado entre a #Família de Rua, o coletivo Fora do Eixo, o núcleo de Arte e Ativismo do grupo de teatro #Espanca!, os envolvidos com o espaço cultural #Nelson Bordello, os integrantes do #BAixo BAhia Futebol Social e a população de rua local, a ação pensada como ato de interação entre os diversos agentes que compunham o espaço, consistiu na realização de uma espécie de mutirão para a limpeza da área, com foco nas calçadas situadas sob o Viaduto Santa Tereza e na escadaria que liga o seu baixio ao nível da pista de rolamento de veículos. O ato altamente simbólico questionava o desmazelo por parte do poder público ao espaço. Mesmo depois de inumeros pedidos e negociais para limpeza e instalações de banheiros no local, nada fez a Prefeitura.


Real da Rua Julho de 2012

Após fortes embates com o poder público sobre a ocupação do Viaduto Santa Tereza pelo #Duelo de MC's, surge a Real da Rua, iniciativa do coletivo #Familia de Rua - responsáveis pelo #Duelo de MC's - e a ONG Pacto Desenvolvimento Social e Pesquisa. A proposta era um espaço para discussões coletivas entre todos que ocupavam semanalmente o viaduto, em formato de rodas de conversa, as pessoas se reunião antes do inicio do Duelo.

Ao invés de atuar como órgão facilitador das batalhas – através do atendimento das demandas da #Família de Rua por melhores condições de iluminação, higiene e segurança no espaço – o órgão público municipal articulava um plano de ação (patrocinado) para o espaço, baseado em abordagens tidas como não inclusivas pelos que vinham, por meio de sua vivência, construindo-o cotidianamente.


Cidade Eletronika 3 a 9 de Setembro de 2012

Em parceria com a #Família de Rua, a #Real da Rua e o #Duelo de MC's, foi proposto um conjunto de workshops de ação direta na região da Praça da Estação e Viaduto Santa Tereza. Realizados com a participação de um expressivo número de estudantes, artistas, designers, arquitetos, grafiteiros, skatistas, pixadores e outros usuários locais, tais workshops tinham como intuito desencadear processos que endossassem a luta pela livre ocupação daquele território.

  • Produção do fanzine "#O Que Acontece Aqui?" no Workshop "Atlas da Diversidade" ministrado por Antonio Yemail (Oficina Informal), Simone Tostes (UI/UFMG), Samy Lansky (FUMEC/UNA) e os monitores Luiza Magalhães e Luiza Moura (programa DESEJA.CA)
  • Produção de mobiliário urbano para o evento "Quintal Eletronika" realizado na rua Sapucai no workshop “Arquibancadas Multifuncionais Modulares”. Coordenado por Alejandro Haiek (LABPROFAB), Juliana Torres (UFMG), Marcela Brandão (PUC/UFMG) e pelos monitores Henrique Vianna e Marcela Rosenburg (programa DESEJA.CA)
  • Produçao de duas pista de skatesno workshop "Pista de Skate" Ministrado por Felipe González (Colômbia), Adriano Mattos (UFMG), Marcelo Maia (Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix) e os monitores Lucas Kröeff, Patrícia Cioffi e Sofia Lages (Programa DESEJA.CA). O conjunto formado por estes dispositivos recebeu o sugestivo nome de “Permitido” e foi utilizado no #Duelo de Mc’s no dia 8 de setembro de 2012
  • Produção do DESLOCA (Dispositivo Espontâneo Sonoro de Livre Ocupação e Circulação Autônoma),

"gerido pelo coletivo #Real da Rua o projeto propõe subversões efêmeras da lógica urbana baseada nas relações entre o público e o privado. O objeto utiliza um painel foto-voltáico que capta energia solar e a converte em energia elétrica para alimentar um equipamento de som. O uso dessa tecnologia possibilita ocupações sonoras sem a necessidade de uma fonte de energia convencional ampliando sua autonomia e o debate sobre a cidade como espaço de convívio. Artistas: Caio Correia, Camila Alberoni, Coletivo Todo por la Praxis, Débora Andrade, Eduardo Moreira, Fernanda Chagas, Gabriel Ramos, Jade Marra, Juliana Valente, Kroif (rapper, Real da Rua), Marcio Gabrich, Mateus Jacob, Simone Cortezão." [Disponivel no site 1pra1]


Disciplina UNI 009 Cartografias Críticas e o Indisciplinar Março 2013

A UNI 009 Oficina Multidisciplinar é uma disciplina de graduação do PROUNI ofertada semestralmente na Escola de Arquitetura da UFMG e aberta a todos os cursos de graduação da universidade. Coordenada pela professora Natacha Rena, ela direciona-se ao estudo da produção do espaço urbano e parte, para tanto, da ideia de cartografia – explorada também pelo grupo de pesquisa Indisciplinar.

No primeiro semestre de 2013 a disciplina recebeu o nome de Cartografias Críticas e teve como foco a área do baixio do Viaduto Santa Tereza. A escolha do local deveu-se, inicialmente, à assídua participação da professora Natacha Rena e da pesquisadora Talita Lessa, ambas do Grupo Indisciplinar, nas reuniões semanais da #Real da Rua. Nestas, as pautas relativas às “barreiras” colocadas pelo poder público à realização do #Duelo de Mc’s somavam-se, naquele momento, aos riscos aportados pela possível implantação, na área, da Operação Urbana Consorciada Vale do Arrudas – objeto de estudo do grupo Indisciplinar no período.

Além disso, a partir do dia 13 de março daquele ano, com a primeira apresentação pública do #Projeto Corredor Cultural da Praça da Estação e o consequente destaque político assumido pela área no contexto da cidade, a ideia de direcionar a disciplina para o estudo da área do Viaduto Santa Tereza foi fortalecida e o escopo da investigação substancialmente ampliado.

Produtos da disciplina naquele ano:

  • Cartografia das táticas dos Vendedores Ambulantes atuantes na área entre o Viaduto Santa Tereza e a Praça da Estação
  • Cartografia do cotidiano do Morador de Rua Sr. Aparecido da Silva
  • Cartografia a respeito das inscrições superficiais localizadas na área entre a Praça da Estação e o Viaduto Santa Tereza
  • Mapeamento colaborativo “O Corredor Cultural já existe!”

Além das cartografias realizadas, o projeto final da disciplina previa um evento cultural na região do baixio do Viaduto Santa Tereza, cujo genérico nome seria “O Evento” – pensado, assim, como algo a ser construído de maneira conjunta – entre os alunos, a #Real da Rua e os demais movimentos existentes no local. O intuito seria afrontar não apenas a temática do Corredor Cultural, dando a ver uma face da “cultura” muito mais abrangente do que aquela considerada no projeto de revitalização – mas também as muitas dificuldades enfrentadas pelos agentes locais devido às restritas possibilidades de apropriação dos espaços (“públicos”) da área. Entretando, em Junho de 2013, com os protestos de rua que tomaram todo o Brasil, a disciplina foi paralizada e a idéia de realizar um evento no baixio do viaduto ganha outras proporções, contando com ampla participação de diversos atores culturais da cidade, torna-se #A Ocupação.


Rolê Fotográfico 22 de Março de 2013

Ação articulada entre o coletivo Maria Objetiva e a #Real da Rua, o ato teve como objetivo reunir pessoas interessadas em registrar, por meio da fotografia, suas perspectivas singulares a respeito dos espaços que compõem a área do viaduto. A atividade configurou, assim, uma oficina livre de fotografia fortemente engajada com as lutas territoriais que atravessavam, no momento, aquele espaço.


Assembléia Popular Horizontal 18 de junho de 2013, Viaduto Santa Tereza "A Assembleia Popular Horizontal (APH) foi criada no contexto da eclosão das recentes manifestações em Belo Horizonte e no Brasil,a partir do entendimento de que era necessário um espaço espontâneo, aberto e horizontal de debate que permitisse o levantamento das reivindicações populares e a organização da pluralidade de vozes de forma coordenada para obter resultados concretos." Wiki Assembléia Popular Horizontal

Reuniuram-se mais de quinhentas pessoas na primeira sessão, foram abertas inscrições para falas de dois minutos a qualquer pessoa que se manifestasse, sendo a ordem das falas definida de acordo com a ordem das inscrições. Frente a cada uma das proposições apontadas pelas mais de cem pessoas ouvidas, a Assembleia se manifestou a favor ou contra, de modo a levantar encaminhamentos e prazos (imediato ou curto) para a sua realização. Por meio desse processo foi estabelecida a seguinte agenda: na quinta-feira, dia 20 de junho seria realizado um grande ato na Praça Sete, ao qual se deu o nome de 3o Grande Ato da Assembleia Popular Horizontal; no sábado, dia 22 de junho, haveria um 4o Ato, também na Praça Sete, como forma de mobilização diante do jogo entre Japão e México que ocorreria no Mineirão; no domingo, dia 23 de junho, ocorreria a 2a Sessão da Assembleia Popular no baixio do Viaduto Santa Tereza.

Na 2ª Sessão da Assembléia, procedeuse à definição de dez Grupos Temáticos (GT’s) cujo papel seria o de elaborar pautas mais aprofundadas a respeito de temáticas específicas, de forma a tornar os processos de formulação de reivindicações mais eficaz:

  • Transporte/ Mobilidade Urbana;
  • Saúde;
  • Educação;
  • Reforma Política;
  • FIFA e grandes eventos;
  • Polícia;
  • Minorias políticas e direitos humanos;
  • Reforma Urbana (moradia);
  • Democratização da Mídia;
  • Meio ambiente.

Ao fim da Sessão, estabeleceu-se que um 1o Encontro dos Grupos Temáticos seria realizado na terça-feira, dia 25 de junho. As propostas levantadas por cada grupo na ocasião seriam, então, apresentadas para a Assembleia (e sujeitas, assim, à votação conjunta) em 27 de junho, durante a 4a Sessão da APH. Esta última se realizaria um dia após o 5o Grande Ato, para o qual, mediante votação, ficou decidido que a concentração se daria na Praça Sete.


Comitê Popular de Arte e Cultura 24 de Junho de 2013 Na falta de um grupo responsável pela cultura, houve uma chamada pra uma reunião, pra construção de um Comitê Popular de Arte e Cultura, numa reunião que reuniu cerca de 70 artistas e produtores culturais no Bar Godofredo. Redigida na ocasião, a Carta Aberta de instituição do Comitê Popular de Arte e Cultura foi publicada, dois dias depois, no Blog criado pelo grupo131 e no Jornal Estado de Minas.

Na segunda-feira, dia 24 de junho, reunimos cerca de 60 artistas e profissionais da cultura de Belo Horizonte para debater e tornar público o posicionamento do grupo diante da recente agitação política manifestada nas ruas de todo o país. Neste encontro, foi criado o Comitê Popular de Arte e Cultura de Belo Horizonte, que reconhece plenamente a legitimidade da Assembleia Popular Horizontal, e tem intenção de se articular com ela. Trata-se de um fórum que se propõe a refletir sobre a cidade, construir posicionamentos coletivos do setor e organizar ações político-culturais. A iniciativa é aberta à participação dos agentes culturais que tenham interesse em colaborar nesta construção. Um dos nossos objetivos é inserir a cultura na pauta da discussão política do país, contribuindo assim para a sua ressignificação. Apoiamos as reivindicações do Movimento Passe Livre por transporte público gratuito de qualidade para toda a população. Condenamos a total falta de transparência quanto aos lucros e custos das concessionárias do setor. Solicitamos a revisão dos contratos já firmados no âmbito do município e região metropolitana de Belo Horizonte. Manifestamos também repúdio completo à extrema violência com que a Polícia Militar de Minas Gerais agiu nas últimas manifestações. Além de truculenta, a polícia se mostrou totalmente despreparada para lidar com as manifestações de indignação popular nas ruas, essencialmente pacíficas. O bloqueio imposto pela PMMG nas imediações do Mineirão e a ocupação da Universidade Federal de Minas Gerais – território federal – violam os direitos constitucionais de ir e vir. Essas atitudes autoritárias ferem a liberdade de expressão e de reunião pública e coletiva para fins pacíficos de milhares de pessoas que estão indo às ruas na esperança de serem ouvidas pelas autoridades. Após injustificada morosidade, o Governador Antonio Anastasia veio a público se pronunciar sobre os ocorridos, sem entretanto deixar clara sua posição sobre as graves denúncias de atuação irresponsável e ilegal de um órgão que está sob seu comando. Esperamos que os agentes da PMMG culpados pelos atos criminosos sejam julgados e responsabilizados por suas agressões. A desmilitarização da polícia, uma recomendação da ONU (única recusada integralmente pelo governo brasileiro, entre 170 apresentadas) é tema político e não policial e deve estar entre as pautas prioritárias de todos os movimentos sociais organizados e de todos que sofrem difusa e cotidianamente com sua excessiva violência: moradores da periferia, moradores de rua, camponeses, indígenas e tantos outros. Com relação à cobertura midiática das manifestações e seus desdobramentos, sabemos da importância da imprensa em todo o processo e exigimos uma postura crítica e responsável que não apenas reverbere o conservadorismo vigente. Nesse contexto, faz-se igualmente urgente uma discussão séria sobre a regulamentação e democratização dos meios de comunicação no Brasil, país historicamente envolto num forte oligopólio midiático, a fim de permitir à sociedade o usufruto de uma cobertura mais ampla e dotada de pontos de vista diferentes, fundamentais à construção de uma experiência sólida de democracia. Reconhecemos que as questões expostas acima, por sua urgência, sobrepõem-se a outras mais específicas do setor cultural. O Comitê, através dessa carta, inaugura uma instância de reflexão que se pretende permanente e cujas contribuições hão de vir sempre para um bem comum [Disponível no site do Comitê]

Em Belo Horizonte, no dia seguinte ao 5o Grande Ato ocorre a 4a Sessão da Assembleia Popular Horizontal onde, após uma série de debates a respeito do debate do dia anterior, decide-se por realizar o 6o Grande Ato da APH na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O ato ocorreria durante a Sessão Extraordinária de votação das ementas propostas para o PL 417/3013 [PESQUISAR] e tinha por objetivo, dentre outras pautas, pressionar os vereadores para a sua aprovação, entretanto, não obteve sucesso, dando inicio à ocuupação da Câmara Municipal por tempo indeterminado. Ali, no dia 1º de Julho se realiza a 4ª Sessão da Assembléia Popular Horizontal e, no dia seguinte, Reunião Extraordinária da Assembléia, onde ocorre encontro do Comitê Popular de Arte e Cultura, Família de Rua, Real da Rua, alunos da Disciplina UNI 009 Cartografias Críticas - Indisciplinar, além de outros agentes culturais e artísticos para pensar e articular aquilo que veio a se chamar "A Ocupação".


A Ocupação #1 - 7 de Julho de 2013 Quando proposto um evento na Disciplina UNI 009 Cartografias Críticas - Indisciplinar em baixo do Viaduto Santa Tereza, a ideia era uma parceria entre os coletivos Família de Rua, Real da Rua e os alunos da disciplina para realização de um evento, até então genericamente batizado de "O Evento". Porém, com a explosão de idéias geradas pela Assembléia Popular Horizontal e os Protestos de Junho de 2013, não fazia mais sentido atuar de forma individualizada, era necessário somar àquela profusão.

Evitando o carater institucional que a palavra "Evento" carrega, principalmente em questões legais, o encontro de multiplas pessoas fez emergir outro nome: "A Ocupação", conceitualmente mais adequado àquilo que vinha acontecendo no país.

No dia seguinte à reunião da Câmara Municipal criou-se, no Facebook, um Grupo de Discussão intitulado “A Ocupação”, servindo como principal para outros sub-grupos dividos como frentes de organização:

  • Cenografia
  • Projeções
  • Balanço
  • Banquete
  • Cartografia
  • Música/Show
  • Teatro/Performance
  • Oficina Grafite/Stêncil
  • Comunicação

Além dos grupos, foi criada uma Planilha online, hospedada na plataforma GoogleDocs, aberta à consulta e à modificação por qualquer pessoa, para divisão e disponibilização dos espaços para atividades:

  • Realização do Ato: 14:00 - 21:00
  • Palco baixio Viaduto Santa Tereza
  • baixio Viaduto Santa Tereza próximo ao Parque Municipal
  • Calçada Nelson Bordelo
  • Nelson Bordelo
  • Teatro Espanca!
  • Edifício Central
  • Câmara Municipal de Belo Horizonte (único pornto externo à área do Viaduto Santa Tereza, pensado como conexão das ocupações)

Algumas das atividades e ações daquele dia foram: Lambe Coletivo, Oficina de Cenografia, Dj Bauru, Dj Naroca, Dj Paloma, Dj Yuga, Luiz Valente, Rafa no Som; as bandas Vozes de Gulen, Dom Pepo, Projeto Saravá, Tião Duá, Pequena Morte, Iconili, Roodboss SoudSystem, Psicotrópicos; Formação de Quadrilha Minueto Mineiro; os blocos de Carnaval de Rua PPK e Chama o Síndico e o Duelo de Mc; Além disso também houveram Troca de Mudas, Feira Grátis da Gratidão ( ação que permite que qualquer pessoa leve o que desejar, sem que isto signifique, necessariamente, que esta dê algo em troca) Bazar Achados e Trazidos, quatro oficinas, uma aula pública, espaços para projeção, intervenção circense, ações performáticas (dentre elas, Grupo Obsena, Trajeto do Afeto, Coletivo Amor, Coletivo Pópôcô), um Banquete, refeição preparada colaborativamente servida na rua, e um cortejo vindo da Ocupação da Câmara, servindo como marco de seu encerramento.

#2 - 11 de Agosto de 2013 Aumentando sua área de ocupação, o evento passou a ter palco também na Praça da Estação, ganhando o apelido de "Praia da Ocupação". Depois de arduo trabalho para realização da primeira, a segunda A ocupação adotou táticas para continuar a crescer, como elementos móveis (carrinhos de supermercado), que levassem as caixas de som pelo espaço da Praça, e evitassem, assim, que estas fossem enquadradas como mobiliário urbano fixo – cuja colocação em logradouro público, sem licenciamento, era vedada pelo Código de Postura do Município.

#3 - Setembro de 2013 Puxada pelo novo coletivo que se formara após as lutas de 2013, o Tarifa Zero foi o principal ator da terceira A Ocupação, sendo nomeada como A Ocupação #3: Tarifa Zero.

#7 - 22 de Junho de 2014 A sétima ocupação ocorreu na Praça da Estação, durante a realização Copa do Mundo FIFA de Futebol e recebeu o nome "A Ocupação #4: O Futebol é do povo", como forma de protesto à este megaevento. Houve jogos emprovisados de carater amador onde vários membros de movimentos sociais se increveram com seus times.

Com aparato policial de repressão gigante instalado na cidade, por medidas de "prevenção" contra manifestações como as de 2013, a ideia era ocupar as ruas de alguma forma possível, já que o tradicional protesto parecia fadado à bomba de gás e bala de borracha. Assim não houve formas de repressão e ficou mais claro que a cultura poderia começar a servir de estratégia à movimentos para ocuparem e protestarem contra o estado-capital.


Viaduto Ocupado 11 de Fevereiro 2014


Baixo Centro Cultural 11 de Dezembro de 2014 Devido a alta dos alguéis na região, o fechamento do viaduto e a consideravel diminuição do fluxo de pessoas da região, o então Nelson Bordello fecha as portas para, tempos depois, dar lugar ao Baixo Centro Cultural.

"Oi, meu nome é baixo centro cultural. Grande né? Longa história, explico depois. Mas já aviso q só minha mãe e o facebook me chamam assim. Nas ruas de bh, eu sou o Baixo. Muito prazer. Se você é legal, me curte ai. Eu também sou. Vamos nos dar bem! Até" [Assim o Baixo se apresentava à cidade, Facebook]

Com proposta alternativa a cena da cidade, o espaço pretendia ser lugar para shows, festas, workshops, palestras e exposições.

""Apesar de ser uma área muito querida por uma parcela significativa da população da cidade, o baixo centro de BH vem sofrendo um exodo de público desde que o palco do Viaduto de Santa Tereza foi fechado. O BAIXO surge para ajudar a reverter essa lógica de esvaziamento da região, fomentando mais uma vez a sua (re)ocupação por movimentos e atividades ligadas à cultura independente e à valorização do espaço público."

"A equipe que trabalha no local é formada por banhistas da Praia da Estação, foliões e foliãs do Carnaval de Rua de BH e militantes das muitas lutas e aventuras que as ruas da cidade nos oferecem/impõem. Os sócios do BAIXO participam, ao lado de outros parceiros, de projetos como Festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L, Mary in Hell, Sexta Básica, Alta Fidelidade, Deskareggae Sound System, I.N.C.R.I.V.E.L, Mundialito de Rolimã do Abacate, RoodBoss Sound System, Black Broder, Bloco do Amor, entre outros." [Site Baixo Centro Cultural - Quem Somos]


DiversaS 9 de Fevereiro de 2015

Através de rodas de conversas, sarau, grupos de estudo, oficinas e fastas a Mostra Feminista de Arte e Resistência começou em 2015 oferecendo um banquete e um fim de semana repleto de atividades no baixio do Viaduto Santa Tereza.


Gaymada 13 de Janeiro de 2015


Erro99

Projeto Corredor Cultural da Praça da Estação

Criação

Inicialmente denominado "Corredor Cultural Estação das Artes", nome dado pela fundação municipal de cultura ainda no início de 2012, o projeto mudou de nome para "Corredor Cultural da Praça da Estação" e previa uma grande verba proveniente do lançamento do PAC Cidades Históricas (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal) voltada especificamente para a preservação de sítios históricos urbanos. Concebida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tal linha de ac¸ão previa a destinac¸ão de 1,6 bilhão de reais a obras de restaurac¸ão de edifícios e espac¸os públicos em 44 cidades do Brasil, dentre as quais Belo Horizonte. É, assim, justamente com o objetivo de pleitear parte de tais recursos, que técnicos da Fundac¸ão Municipal de Cultura (FMC) dão início, em janeiro de 2013, ao desenvolvimento do projeto de revitalizac¸ão que possibilitaria a “implementação” do referido Corredor Cultural.

O valor total do projeto foi estimado em 21,8 milhões de reais, mas a confirmação de que tais recursos seriam de fato concedidos pelo IPHAN por meio do PAC Cidades Históricas seria dada somente após a avaliação do Projeto Básico de Arquitetura. Este último, comissionado ao escritório belo-horizontino André Buarque Arquitetura, deveria, para tanto, ser enviado ao órgão até o mês de maio de 2013.

Contratado diretamente por uma construtora local (Construtora Patrimar), tal escritório de arquitetura não havia passado, contudo, por qualquer processo de licitação pública antes de sua seleção para a tarefa. A responsabilidade pelo seu comissionamento (e pagamento) havia sido delegada à referida construtora por decisão do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município, como contrapartida pela aprovação da construção de um edifício no Conjunto Urbano da Avenida Barbacena, espaço que não matinha qualquer relação com a área do projeto em questão. Frente a tal quadro, a utilização de instrumentos como licitações ou concursos públicos de arquitetura ficariam restritos às etapas seguintes do projeto, a serem realizadas, contudo, somente se a proposta inicial apresentada pelo escritório fosse aprovada. Tais etapas, mais técnicas e portanto bem menos polêmicas do que a concepção inicial, referir-se-iam à execução do Projeto Executivo e à realização das obras – as quais deveriam ser concluídas antes da Copa do Mundo FIFA de Futebol 2014.

Apresentação do Pré-Projeto à Portas Fechadas

13 de Março de 2013

Reunião no Museu de Artes e Ofícios dirigida aos respresentantes dos equipamentos e espaços culturais da Praça da Estação e entorno. Apresentação dos conceitos do projeto e edificações a serem serem implantados na proposta de "requalificação".

O projeto de requalificação tinha como epicentro a Praça da Estação, estendendo-se, a partir desta, até o Parque Municipal – de um lado – e até a Casa do Conde de Santa Marinha – do outro. Na área compreendida entre ambas às extremidades, estavam previstas, além da implantação de sinalização interpretativa e de iluminação monumental, a requalificação de treze espaços culturais.

  • Espaço multiuso de cultura, a ser implantado no Parque Municipal;
  • Espaço cultural, a ser instalado ao lado do edifício do Arquivo Público, na rua Itambé;
  • Centro Técnico de Produção, a ser construído na avenida Assis Chateaubriand;
  • Sede do Ministério da Cultura (MinC) e da Escola Livre de Artes, a serem implantados à rua Aarão Reis;
  • Centro de Referência para a Juventude (CRJ), a ser construído em terreno ocupado anteriormente pelo Centro de Referência à População de Rua/Projeto Miguilim;
  • Galeria de arte a ser incorporada no túnel de ligação entre a Praça da Estação e a rua Sapucaí;
  • Auditório e dois espaços multiuso do Museu de Artes e Ofícios, a serem implantados no terreno contíguo a antiga Rede Ferroviária Federal S.A e em duas de suas casas;
  • Ampliação do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes) em terreno próximo à Casa do Conde de Santa Marinha;

Além disso, ficava estabelecida a requalificação tanto da rua Aarão Reis quanto da Rua Sapucaí, sendo previstos, para esta última, o alargamento das calçadas e a implantação de iluminação pública. O objetivo era fazer com que o platô formado pela rua Sapucaí passasse a funcionar como um mirante.

Reuniões e a Comissão de Acompanhamento

21 de Março de 2013

Reunião aberta ao público na FUNARTE, com participação de cerca de 150 pessoas, onde definiu-se a Comissão de Acompanhamento do Programa Corredor Cultural Estação das Artes, através da Portaria FMC Nº 023 de 18 de Abril de 2013 que iria acompanhar o desenvolvimento do projeto base, criado em conjunto com a Fundação Municipal de Cultura.

4 de Abril de 2013

Reunião da Comissão de Acompanhamento com a Fundação Municipal de Cultura no seu auditório: o projeto do escritório André Buarque Arquitetura foi duramente criticado por considerar apenas o desenho urbano, onde seria necessário dialogo com as manifestações culturais já existentes e, para isso, pensar o projeto em termos de ações culturais.

25 de Abril de 2013

Segunda Reunião da Comissão de Acompanhamento com a Fundação Municipal de Cultura no seu auditório: apresentou-se para os presentes a Operação Urbana Consorciada prevista pela Prefeitura para a área. Além deste, independente da realização do corredor cultural, também foram apresentadas as propostas do “Circuito Viaduto Santa Tereza” e o Centro de Referência da Juventude. O primeiro dividia o baixio do viaduto em dois trechos e previa a reforma dos banheiros públicos existentes no local, à época inutilizados.

8 de Maio de 2013

Terceira Reunião da Comissão de Acompanhamento com a Fundação Municipal de Cultura no seu gabinete: informou-se que o prazo para a entrega do Projeto Básico pelo escritório de arquitetura André Buarque havia sido prorrogado para 10 de junho de 2013, além da apresentação de diretrizes de uso para os edifícios públicos e privados da área.

16 de Maio de 2013

Quarta Reunião da Comissão de Acompanhamento com a Fundação Municipal de Cultura em seu auditório: apresentou-se as normas que regulamentavam, naquele momento, a realização de eventos na Praça da Estação, onde todos os eventos realizados deveriam ser aprovados pela Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (COMOVEEC) e, no caso de eventos de médio e grande porte, era obrigatório o cercamento da área a ser utilizada. Também apresentou-se as regras de funcionamento do Parque Municipal, pontuando que, por falta de funcionários, não seria viável a ampliação, requerida pela Comissão, do horário de abertura do equipamento. Ela destacou, ainda, que a prática de esportes – skate, patins e bicicleta – poderia trazer riscos aos usuários do parque, já que não havia, no local, áreas exclusivas para a realização de tais atividades. Ao fim da reunião foi discutida a possibilidade de elaboração de um Projeto de Lei referente ao Corredor Cultural da Praça da Estação, a ser encaminhado para a Câmara Municipal de Belo Horizonte com o objetivo de “garantir e/ou fomentar um uso cultural para a região”

23 de Maio de 2013

Última Reunião da Comissão de Acompanhamento com a Fundação Municipal de Cultura em seu auditório. O escritório André Buarque Arquitetura apresentou o projeto urbanistico desenvolvido ao longo do processo, abrangendo o Parque Municipal, os dois quarteirões situados entre a Rua Varginha e o Viaduto da Floresta; a rua Sapucaí; e a rua Aarão Reis.

  • Parque Municipal: Sinalização de ciclovia já existente e indicação do inicio do Corredor Cultural.
  • Quarteirões situados entre a rua Varginha e o Viaduto da Floresta: Construção de um "Parque Urbano", abrangendo o terro em frente a FUNARTE, as áreas então ocupadas pelo Batalhão ROTAM da Polícia Militar, o préido do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e por um galpão de estrutura metálica. Instalação de conchas acusticas para skate, shows e eventos, um Centro de Referências a População em Situação de Rua, um espaço para membros da SLU e quadras para esporte.
  • Rua Sapucaí: alargamento das calçadas, melhoria da iluminação pública.
  • Rua Aarão Reis entre Praça da Estação e Viaduto Santa Tereza: alargamento das calçadas revestidas de material liso para prática do skate e patins; retirada do estacionamento de carros; instalação de ciclovia até o metrô; instalação de bancos curvos, possíveis de utilização para prática do skate e patins; pontos de ônibus voltados para rua com abrigos contendo Buganvílias para desencorajar apropriações "inadequadas".
  • Edifício adjacente à estação ferroviária: instalação de um mercado gastronômico.
  • Baixio do Viaduto Santa Tereza: instalação de dispositivos para diminuição de tráfego de carros; reforma dos banheiros públicos de forma a serem mais "expostos" para gerar "vigilância e segurança".

O projeto foi duramente criticado pela Comissão de Acompanhamento. Segundo os presentes, o Mercado Gastronômico poderia elitizar a área, gerando expulsão da população já presente ali; as quadras de esportes não vinham de encontro aos esportes de rua já praticados. Sugeriu-se também que o projeto tivesse uma proposta de uso em consonância com o aspecto popular do local, elegendo-se assim apenas os pontos prioritários para o projeto, sendo eles: a inclusão de banheiros públicos, a reformulação das calçadas e a melhoria da iluminação foram algumas das prioridades levantadas.

28 de Maio de 2013

Realizada reunião pública para apresentação do pré-projeto a sociedade civil, no CentoeQuatro. Com dezenas de pessoas participantes, a fala do arquiteto Wellington Cançado é representativa das inquietações da sociedade civil:

"Difícil não ficar, em um primeiro momento, bastante otimista e empolgado dadas as propostas e os encaminhamentos apresentados por Rafael Barros em nome da Comissão de Acompanhamento do projeto do Corredor Cultural Estação das Artes, na noite do dia 28 de maio, no CentoeQuatro. E também feliz, frente à grande quantidade de pessoas presentes e disponíveis para discutir e participar da construção de um outro modelo de política cultural e espaço urbano. Mas principalmente porque as ideias e proposições apresentadas são, sobretudo, estruturais e potencialmente transformadoras das relações e dos espaços e equipamentos públicos localizados na área de abrangência do Corredor, no Hipercentro de Belo Horizonte. Impossível também, infelizmente, não perceber o quanto essas propostas imaginativas e transformadoras, bem como a participação efetiva dos diversos grupos culturais e movimentos sociais envolvidos, esbarram nas escolhas feitas pelos autores do projeto de desenho urbano, coordenado pelo arquiteto André Buarque. E perceber também como essas animadoras proposições emperram e até retrocedem na medida em que a própria participação dos cidadãos e o acompanhamento da Comissão passam a legitimar tanto a pertinência do Corredor quanto o desenho urbano proposto. Nesse sentido, para avançarmos, cabe inicialmente perguntar: a quem realmente interessa um Corredor Cultural nos moldes propostos? O que realmente se entende por arte e cultura no âmbito desse Corredor? Qual o papel da Comissão de Acompanhamento para além do mero acompanhamento? E, por último, quais as possibilidades colaborativas e cidadãs não consideradas para o (re)desenho dos espaços propostos pelos arquitetos? (...) a Comissão de Acompanhamento deveria reivindicar um papel ainda mais ativo, fundamentalmente na concepção do projeto, atuando diretamente na injeção de outros parâmetros e expectativas estéticas, espaciais, sociais, políticas, etc. E os arquitetos deveriam propor, voluntariamente, ao invés de um projeto fechado e autorreferente, ferramentas e práticas que desierarquizassem as decisões de projeto permitindo a qualquer cidadão, sem constrangimentos, a chance de se engajar em um exercício de imaginação radical, livre de vícios, amarras e preconceitos formais ou projetuais." Trechos de "Dilemas da Participação"

Zona Cultural da Praça da Estação

Narrativa Cartográfica: Apresentar de forma didática, resumida e ilustrada, o que é a zona cultural, de onde surgiu, qual o papel do conselho consultivo?

A zona cultural é uma área localizada no hipercentro de Belo Horizonte, que tem como marco territorial a praça da estação. A região, há pelo menos uma década, vem sendo cada vez mais relacionada com a cena de cultura popular e insurgente da cidade. Antiga porta de entrada para a capital, antes do avanço do transporte rodoviário, ainda hoje o local é emblemático pela sua enorme pluralidade e diversidade de públicos, que ainda que com alguns conflitos, coexistem dentro de um mesmo espaço. Desde sua fundação, algumas dinâmicas locais estiveram sempre presentes: desde o caráter popular dos comércios e vendedores ambulantes, até a presença da população em situação de rua. Porém o seu limite inclui espaços não vinculados diretamente com a estação (antes ferroviária, hoje do metrô) como o parque municipal e a rua dos guaicurus.

narrativa disponível no link: https://docs.google.com/document/d/1GKysXe8dyTevfZfAg8YylMMtiTd81HrnlehNbgQhbig/edit?usp=sharing

Documentos

Registros

Duelo de MCs

  • Primeiros registros do blog do Duelo de MCs

http://goo.gl/ty9wMX

  • Primeiro cartaz de divulgação do Duelo de MCs

[INSERIR LINK]


Domingo Nove e Meia

  • Registro das primeiras reapropriações da região da Praça da Estação, por Palestina Israel

https://youtu.be/stgmSK3oRNU

  • Registro das ações no Dia Internacional da Mulher - Março de 2008, por Isabella Brandão

https://youtu.be/xxtgIPlySRw


Nelson Bordelo

  • [Colocar historias do Nelson aqui]

Praia da Estação [ Colocar Imagem dos Flyers nu pato]

  • Praia da Estação - Protesto, por Nelson Pombo Jr - 23 de Janeiro de 2010

https://youtu.be/HOUXqSLYBBA

Primeiras manifestações da praia contra o decreto

  • Praia da Estação _ Na Divisa, por Na Divisa - 23 de Janeiro de 2010

https://youtu.be/t1ivbE0X0Wc

Primeiras manifestações da praia contra o decreto

  • Eventão da Praia da Estação - Passeata no Boulevard Arrudas, por Coletivo Pegada - 06 de Março de 2010

https://youtu.be/O2YqGYZRmUI

A Praia da Estação virou o Eventão, e com a proibição da colocação do som, os praieiros foram para o Viaduto Santa Tereza pelo Boulevar Arrudas, fechando a rua e manifestando contra o decreto do prefeito.

  • Eventão da Praia da Estação, por Ommar Motta - 06 de Março de 2010

https://youtu.be/E4SozyFKn9A

https://youtu.be/h_idUUfrb3k

https://youtu.be/8yGUCzUwjjI

https://youtu.be/JulYk4knAqU

Dia 6 de março, em baixo do viaduto Santa Teresa, em protesto contra o decreto 13.798 de 09 de dezembro de 2009 que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza na praça da estação.

  • Protesto Praia da Estação, por TV alterosa - 10 de Março de 2012

https://youtu.be/f2o1oFKrRrU

Ação violenta da Policia Militar de Minas Gerais contra banhista que ficou nú na Praia da Estação

  • teaser praia da estação 2, por Graveola

https://youtu.be/4mEzQrF6v0M

Funk criado nas primeiras manifestações da praia contra o decreto

  • [Colocar manifesto fora lacerda aqui]

Sarau Vira-Lata

  • Primeiro registro do Sarau Vira-Lata, por Daniel Ferreira - 24 de Agosto de 2011

https://goo.gl/3JgzyM

Na época ainda atendendo pelo nome Sarau RAPoético, realizado no Centro Cultural da UFMG

  • Primeiros registros no blog do Sarau Vira-Lata

https://goo.gl/C04MLt


Facebook

Atas de Reuniões

Sínteses de reuniões ordinárias do Conselho Consultivo: https://drive.google.com/drive/folders/0B_zhstX_h6-OWjl0THBfYkNNa1U?usp=sharing

Reuniões Públicas: https://drive.google.com/drive/folders/0B_zhstX_h6-ORkxJQlVEbXRQZmM?usp=sharing

Reuniões temáticas:

Relatórios

Reportagens na mídia

Atos Normativos

Arquivos oficiais: https://drive.google.com/drive/folders/0B_zhstX_h6-OS2R3Zi1RLUNEWUE?usp=sharing

Referências

Praça da estação

AMORIM, Marcela Sampaio Magalhães; LIMA, Alves de Jean Cássio. A produção do espaço da Praça da Estação em Belo Horizonte (MG) e dos equipamentos de seu entorno ao longo da história da cidade. In: I Simpósio Mineiro de Geografia. Das diversidades à articulação geográfica. 2014, Universidade Federal de Alfenas – Alfenas (MG). Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/simgeo/system/files/anexos/Jean%20Cássio%20Lima.pdf> Acesso em: 20 abr. 2013.


Gentrificação

Gentrificação: os perigos da economia urbana hipster

20 casos de gentrificação documentados para conhecer, analisar e debater

Produção Indisciplinar

Processos criativos biopotentes constituindo novas possibilidades de constituição do comum no território urbano, BERQUÓ, Paula Bruzzi; RENA, Natacha.

Espaço comum como resistência positiva RENA, Natacha.

Zona Cultural: urbanismo neoliberal e as insurgências multitudinárias em Belo Horizonte, RENA, Natacha; BERQUÓ, Paula Bruzzi; ALVES, André Victor; GUIMARÃES, Amanda.

Neves-Lacerda declara guerra à Multidão, que resiste positivamente, RENA, Natacha.

Cartografias do comum: experiência de uma prática curatorial colaborativa entre universidade, movimentos sociais e coletivos, RENA, Natacha; LOMEZ,Rene.

Plataforma Mapaculturabh como dispositivos cartográficos tecnopolítico, SÁ, Ana Isabel de; RENA, Natacha; QUINTÃO, Fernanda.

A arte na luta territorial das ocupações da Izidora, FARIA, Daniela.

Cartografia da cultura nas ocupações da Izidora, FARIA, Daniela; FRANZONI, Júlia Ávila; PIMENTA, Marília; RENA, Natacha.

Cartografia Indisciplinar do Conflito da Izidora em Belo Horizonte, FARIA, Daniela; FRANZONI, Júlia Ávila; RENA, Natacha.