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De Indisciplinar
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O Indisciplinar é um grupo de pesquisa vinculado ao CNPQ, sediado na Escola de Arquitetura da UFMG, que tem suas ações focadas na produção contemporânea do espaço. Considerada a importância da produção biopolítica nas metrópoles e os processos constitutivos do espaço social, e tendo a dimensão do comum como ideia norteadora das ações do grupo. As atividades cotidianas do grupo imbricam uma atuação conjunta com diversos atores que constituem a produção do espaço nas metrópoles como: Movimentos Sociais, Ambientais e Culturais; Grupos de Pesquisa e Extensão; Ministério Público; Defensoria Pública; Poderes Legislativo e Executivo, dentre outros. As frentes de ação do grupo se envolvem tanto em processos destituintes contra o urbanismo neoliberal em suas muitas dimensões expropriadoras do comum, quanto em processos constituintes de novos espaços engendrados pela coletividade, autonomia cidadã e defesa do comum urbano (material e imaterial), em uma abordagem transversal e indisciplinar. O grupo é formado por mais de 40 professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, militantes e ativistas de movimentos sociais, culturais e ambientais, oriundos de diversos campos do conhecimento. O Indisciplinar também faz parte da rede internacional “Tecnopolíticas: territórios urbanos e redes digitais” junto a diversos atores, coletivos e grupos de investigação nacionais e internacionais e da “Rede Cidades” da UFMG. Associado ao Grupo de Pesquisa Indisciplinar há também um Programa de Extensão denominado IndLab _ Laboratório Nômade do Comum que possui atualmente 5 projetos: Artesanias do Comum, Cartografias Emergentes, Compartilhamento e Distribuição do Comum, Natureza Urbana, Urbanismo Biopolítico e BH S/A. Os modos de fazer envolvendo tecnopolíticas e tecnologia social são fundamentais para legitimar as ações que fazem fronteira com a militância e o ativismo em defesa dos bens comuns, são eles: desenvolvimento de pesquisas teóricas e conceituais; participação em reuniões e atos junto aos movimentos sociais, culturais e ambientais; participação em atividades políticas como audiências públicas e reuniões de conselhos municipais e estaduais; organização tecnopolítica dos movimentos parceiros realizando colaborativamente e em rede fanpages, blogs, cartilhas, memes, flyers, documentários, infográficos, revistas, livros jornais; produção e participação em eventos artísticos, políticos e culturais como o VAC, Cidade Eletronika, dentre outros; representações em Ministério Público; representação em Conselho Municipal; produção de cartografias e mapas colaborativos; formação de rede entre grupos de pesquisa e também entre movimentos sociais; aulões públicos; seminários, workshops e outros eventos acadêmicos abertos; pesquisas de graduação, pós-graduação (mestrado, doutora e pós-doutorado); artigos científicos em revistas indexadas, uma revista Indexada denominada Indisciplinar e um blog de artigos denominado InDebate.

Para maiores informações acessar:


O IND.LAB – Laboratório Nômade do Comum – é o programa de extensão, vinculado à PROEX da UFMG e atualmente possui os seguintes projetos de extensão em atividade que englobam ações das múltiplas de copesquisa cartográfica do grupo:

CARTOGRAFIAS EMERGENTES. Coordenação: Professora Dra. Natacha Rena. O projeto de extensão denominado CARTOGRAFIAS EMERGENTES procura investigar a neoliberalização da política urbana em curso em Belo Horizonte através da produção de cartografias colaborativas por meio da construção de uma rede de protagonismo comunitário e cidadão utilizando processos participativos de construção de mapas e cartografias através de oficinas e workshops. Estes pretendem revelar espacialmente fenômenos urbanos socialmente segregadores, característica esta muito forte nas cidades contemporâneas e, neste caso, RMBH está totalmente inserido neste processo excludente. As ações são registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade tem como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Este projeto procura, portanto, além de construir conhecimento coletivamente através do método da copesquisa cartográfica, investigar as políticas urbanas neoliberais em processo na cidade a partir de uma avaliação crítica das experiências de aplicação.

COMPARTILHAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO COMUM. Coordenação: Professor Dr. Marcelo Maia. O compartilhamento de espaços urbanos (praças, ruas, parques, rios, nascentes, etc.), objetos (coisas, ferramentas e infraestrutura) e práticas cotidianas, entendido aqui como recursos urbanos, tem se mostrado uma alternativa necessária para instrumentalizar o planejamento urbano contemporâneo. Como consequência, imaginamos que o compartilhamento destes recursos poderia indiretamente promover uma redução do consumo, trazendo resultados positivos num equilíbrio entre demanda e consumo, conquistando sistematicamente um equilíbrio social e econômico. Grandes empresas de tecnologias de conexão como a CISCO, Siemens, IBM, etc. juntamente com a governança pública tem desenvolvido e implementado soluções eficientes e notáveis aplicadas à arquitetura e ao urbanismo. Já podemos enumerar uma série de experiências práticas e soluções já implementadas e em funcionamento em algumas cidades que tem sugerido uma nova prática de planejamento e gestão urbanos. Esta nova prática sugere uma tendência a se pensar a cidade como uma espécie de arquitetura da arquitetura, uma solução a nível de metadesign que agencia indivíduos e coisas: edifícios, infraestrutura pública, sistemas de transporte, informação, conhecimento, cultura, saberes populares, consumo, etc. conectando-os aos indivíduos numa relação sistêmica e dinâmica própria do ambiente urbano vivo. Este agenciamento é a base de uma infraestrutura leve que faz a distribuição dos recursos. Sem infraestrutura e política de distribuição de recursos, não há otimização ou até mesmo uso do que é ou pode ser compartilhado. Ao identificar esta tendência de atuação prática de grandes empresas que convergem seu conhecimento e se dispõe à apresentar “soluções para as cidades” , pretendemos nesta pesquisa nos inserir criticamente e ativamente nesta prática. Do ponto de vista polítco, percebe-se que as iniciativas empresariais, indentificadas, mesmo quando vinculadas ao poder público, visam à reprodução de bens privados e a otimização de recursos em prol do aumento de lucros. Ainda que com motivações ecosustentáveis em pano de fundo, a privatização de bens comuns tal como apontado por Hardt & Negri (2009) é intensificada pelas tecnologias de conexão e revestidas de euforia tecnológica apresentadas como única saída sustentável para o futuro do planeta. Percebe-se claramente que a privatização de bens comuns é potencializada neste processo francamente reconhecido como inovador pela sociedade e assimilado sem uma postura crítica e política cidadã. Portanto, esta pesquisa assume, entende criticamente e se instrumentaliza ativamente do potencial das tecnologias de conexão para discutir numa abordagem prática e cotidiana, técnicas, metodologias e políticas de empoderamento de práticas comunitárias, coletivas e cidadãs que livremente criam o bem comum contrapondo os recorrentes processos de privatização do comum.

ARTESANIAS DO COMUM. Coordenação: Professora Dra. Marcela Silviano Brandão. Artesanias do Comum é um projeto extensionista que pertence ao Programa IND.LAB_Laboratório Nômade do Comum, e possui ações que trabalham processos artesanais, acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços e pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.


Método da Copesquisa Cartográfica adotada nos projetos de pesquisa e de extensão do grupo:

Acredita-se ser possível utilizar o método cartográfico através da produção de cartografias emergentes enquanto ação de investigação engajada, ou seja, enquanto copesquisa militante que não separa teoria da prática e agencia atravessamentos de múltiplas ordens possuindo uma tendência política na qual a produção de conhecimento e o ativismo se sobrepõem. Observa-se que a origem da proposta de utilização da cartografia enquanto método de copesquisa, passa pelo conceito de cartografia em Deleuze e Guattari (1995) que é um dos princípios do conceito de rizoma, em oposição à decalcomania. Nos processos cartográficos predominam insurgências em planos de imanência, potências em fluxo que se encontram, conectando mundos e modos de vida. Entende-se aqui a cartografia não somente como método da geografia clássica territorial, mas como tática micropolítica cotidiana composta pela ação política; um fazer insurgente, dinâmico, sempre processual e criativo. Acredita-se, portanto, que o método cartográfico, no sentido deleuzeano do termo, possa contribuir para a configuração de processos constituintes, nos quais possamos vislumbrar maneiras de mapear, de registrar e de criar novas realidades, de forma colaborativa. Unindo o método da copesquisa com o método cartográfico, acredita-se na realização de uma copesquisa cartográfica fazendo aflorar as diferenças, os antagonismos, as singularidades, os híbridos, as complexidades e o que escapa ao modo capitalista de subjetivação e de produção espacial. É possível imaginar também a cartografia para além de ser um método de investigação que envolve uma experiência cotidiana, dissolvendo as relações entre micro e macropolítica, entre sujeito pesquisador e objeto pesquisado, e existindo como um dispositivo que compõe as metodologias e as estratégias como maquinação e agenciamento de ações de copesquisa cartográfica. Dessa maneira, poderíamos compreender que os dispositivos de ativismo cartográfico fazem parte do leque de possibilidades de pesquisa multitudinária já que a multidão, enquanto organização biopotente, é o que pode construir uma resistência positiva, criativa e inovadora, produzindo e sendo produzida pelo desejo do comum. Artigos, textos, manifestos e declarações, conceitos e teorias surgem ao longo do trabalho e não possuem um tempo exato dentro da pesquisa. Também utilizamos dispositivos que envolvem a produção de mapas territorializados que se desdobram em mobilização de atores envolvidos nas lutas e disputas territoriais, já que parte deles farão parte de workshops com atores envolvidos ao longo do processo. Acredita-se que elaborar um mapa territorializado coletivamente implica sintetizar e confinar situações complexas, em constante movimento, em uma espécie de diagrama.

Frentes de copesquisa cartográfica:

  1. Mapeando o comum
    http://mappingthecommons.net/pt/mondo/

    Mapeando o Comum em Belo Horizonte
    http://mappingthecommons.net/pt/belo-horizonte/

    Mapeando o Comum em SP
    http://mappingthecommons.net/pt/sao-paulo/

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  2. Atlas das Insurgências Multitudinárias
    Notícias: Atlas das Insurgências | Cartografias do Comum | Evento Cartografias do Comum

    Wiki

  3. Cartografias da Cultura

    Fanpage
    https://www.facebook.com/mapaculturabh?fref=ts

    Mapa territorializado Cultura BH:
    https://culturabh.crowdmap.com

    Wiki

  4. Natureza Urbana
    Fanpage
    https://www.facebook.com/naturezaurbana.ind/

    Mapa territorial georreferenciado Natureza Urbana:
    https://naturezaurbana.crowdmap.com/?hc_location=ufi

    Wiki

  5. Lutas Territoriais
    Fanpage: https://www.facebook.com/pages/Lutas-Territoriais/1565948407010284?fref=ts

    Mapa territorializado
    https://cartografiadaslutasterritoriais.crowdmap.com/

    Wiki

  6. OUs e PPPs
    Blog:
    http://oucbh.indisciplinar.com

    Fanpage:
    https://www.facebook.com/pages/OUC-ACLO-_-Nova-Bh/1587393064840548?fref=ts

    Wiki

  7. Vazios _ Em Breve Aqui Mapa territorializado:
    https://embreveaqui.crowdmap.com

    Fanpage
    https://www.facebook.com/embreveaqui?fref=ts

    Wiki

  8. Artesanias do Comum
    Fanpage
    https://www.facebook.com/artesaniasdocomum?fref=ts

    Wiki

  9. Urbanismo Biopolítico
    Mapa territorializado
    https://urbanismobiopolitico.crowdmap.com

    Wiki

  10. Rede TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais
    Fanpage
    https://www.facebook.com/tecnopoliticasVAC2015?fref=ts
    Wiki