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O foco central da revista recai no pensamento das produções políticas, econômicas e linguísticas contemporâneas do espaço urbano. Nesse sentido, buscamos um olhar tanto capaz de articular as possibilidades de produção de singularidades e diferença na cidade, quanto articular críticas heterogêneas dos processos de ocupação e construção de lógicas voltadas para a expropriação do comum no espaço urbano.
 
O foco central da revista recai no pensamento das produções políticas, econômicas e linguísticas contemporâneas do espaço urbano. Nesse sentido, buscamos um olhar tanto capaz de articular as possibilidades de produção de singularidades e diferença na cidade, quanto articular críticas heterogêneas dos processos de ocupação e construção de lógicas voltadas para a expropriação do comum no espaço urbano.
  
A dimensão do comum é a idéia norteadora das práticas do grupo, bem como elemento articulador de sua composição e atuações diversificadas. Desta forma, torna-se também um eixo conceitual estruturante das discussões propostas pela revista. Podemos afirmar que ser indisciplinar é negar, ou, no mínimo, articular criticamente as lógicas e tendências de produção de subjetividades, espaço, linguagens e lógicas que minam a expansão das riquezas comuns nas cidades contemporâneas.<br>
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A dimensão do comum é a idéia norteadora das práticas do grupo, bem como elemento articulador de sua composição e atuações diversificadas. Desta forma, torna-se também um eixo conceitual estruturante das discussões propostas pela revista. Podemos afirmar que ser indisciplinar é negar, ou, no mínimo, articular criticamente as lógicas e tendências de produção de subjetividades, espaço, linguagens e lógicas que minam a expansão das riquezas comuns nas cidades contemporâneas.<br><br>
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===OUTROS TOPOS: DAS UTOPIAS ÀS DISTOPIAS===
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O livro Utopia, de Thomas More, transformou oc termo – que etimologicamente significa não-lugar – no ideal de uma sociedade harmônica e justa e passou também a significar o gênero textual que o apresenta. A partir desse momento, as utopias, sejam como textos literários-filosóficos ou como projetos políticos, passaram a designar uma sociedade ideal, organizada por uma economia comunal e precursora na ideia de planejamento urbano. Vale lembrar que da República de Platão aos falanstérios de Charles Fourier, a história do Ocidente pode ser narrada pelo desejo de construção dessa sociedade igualitária e ordenada. A história da colonização das Américas – ou do Novus Mundus – está atrelada ao imaginário utópico da Europa, e não é à toa que More buscou a referência de seu espaço idealizado em cartas e narrativas sobre os povos que aqui habitavam. A história da modernização do Brasil, porém, contrapõe a ingênua e falaciosa narrativa sobre o modo de vida dos povos originários a um sonho de industrialização. Contemporaneamente, a ideia de smart cities retoma a proposta de uma cidade ordenada e integrada e mostra como o espaço urbano ainda é idealizado como território de ordem e controle. <br>
 
O livro Utopia, de Thomas More, transformou oc termo – que etimologicamente significa não-lugar – no ideal de uma sociedade harmônica e justa e passou também a significar o gênero textual que o apresenta. A partir desse momento, as utopias, sejam como textos literários-filosóficos ou como projetos políticos, passaram a designar uma sociedade ideal, organizada por uma economia comunal e precursora na ideia de planejamento urbano. Vale lembrar que da República de Platão aos falanstérios de Charles Fourier, a história do Ocidente pode ser narrada pelo desejo de construção dessa sociedade igualitária e ordenada. A história da colonização das Américas – ou do Novus Mundus – está atrelada ao imaginário utópico da Europa, e não é à toa que More buscou a referência de seu espaço idealizado em cartas e narrativas sobre os povos que aqui habitavam. A história da modernização do Brasil, porém, contrapõe a ingênua e falaciosa narrativa sobre o modo de vida dos povos originários a um sonho de industrialização. Contemporaneamente, a ideia de smart cities retoma a proposta de uma cidade ordenada e integrada e mostra como o espaço urbano ainda é idealizado como território de ordem e controle. <br>
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| Daniel Medeiros de Freitas || Daniel Medeiros de Freitas<br> Marcela Silviano Brandão Lopes<br> Marcelo Reis Maia<br> Natacha Rena<br> || Alemar Rena<br>  Ana Isabel de Sá<br> Fernanda Dusse<br> João Tonucci<br> Joviano Mayer<br> Monique Sanches Marques<br> Simone Tostes || Lucca Mezzacappa<br> Luis Henrique Marques<br> Marília Pimenta Chaves<br> Raul Lemos dos Santos<br> Cintya Ornelas<br>
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| Fernanda Dusse || Daniel Medeiros de Freitas<br> Fábio Tozi<br> Gisela Barcellos<br> Marcela Silviano Brandão Lopes<br> Marcelo Reis Maia<br> Natacha Rena<br> || [[Corpo Editorial Científico]] || Lucca Mezzacappa<br> Luis Henrique Marques<br> Marília Pimenta Chaves<br> Raul Lemos dos Santos<br> Cintya Ornelas<br> André Victor<br> Octavio Mendes<br>
 
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==Sobre a revista==
 
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'''Editora Fluxos'''
 
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Comunicamos com muita alegria que a nova classificação pra nossa Revista Indisciplinar agora é qualis A3!
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#Cada periódico receberá apenas uma classificação, mesmo que tenha sido informado por programas atrelados a mais de uma área de avaliação;
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#A classificação será dada por uma área mãe' (ou seja, somos A3 para todas as áreas e nossa área mãe é Arquitetura e Urbanismo);<br>
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Edição das 13h07min de 4 de janeiro de 2021

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A Indisciplinar é uma revista acadêmica digital editada pelo grupo de pesquisa Indisciplinar (EA-UFMG/CNPQ). A sua periodicidade é 2 edições por ano, e os textos são recebidos em português, espanhol e inglês.

O foco central da revista recai no pensamento das produções políticas, econômicas e linguísticas contemporâneas do espaço urbano. Nesse sentido, buscamos um olhar tanto capaz de articular as possibilidades de produção de singularidades e diferença na cidade, quanto articular críticas heterogêneas dos processos de ocupação e construção de lógicas voltadas para a expropriação do comum no espaço urbano.

A dimensão do comum é a idéia norteadora das práticas do grupo, bem como elemento articulador de sua composição e atuações diversificadas. Desta forma, torna-se também um eixo conceitual estruturante das discussões propostas pela revista. Podemos afirmar que ser indisciplinar é negar, ou, no mínimo, articular criticamente as lógicas e tendências de produção de subjetividades, espaço, linguagens e lógicas que minam a expansão das riquezas comuns nas cidades contemporâneas.

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Edições

Chamadas

n.11 OUTROS TOPOS: DAS UTOPIAS ÀS DISTOPIAS


O livro Utopia, de Thomas More, transformou oc termo – que etimologicamente significa não-lugar – no ideal de uma sociedade harmônica e justa e passou também a significar o gênero textual que o apresenta. A partir desse momento, as utopias, sejam como textos literários-filosóficos ou como projetos políticos, passaram a designar uma sociedade ideal, organizada por uma economia comunal e precursora na ideia de planejamento urbano. Vale lembrar que da República de Platão aos falanstérios de Charles Fourier, a história do Ocidente pode ser narrada pelo desejo de construção dessa sociedade igualitária e ordenada. A história da colonização das Américas – ou do Novus Mundus – está atrelada ao imaginário utópico da Europa, e não é à toa que More buscou a referência de seu espaço idealizado em cartas e narrativas sobre os povos que aqui habitavam. A história da modernização do Brasil, porém, contrapõe a ingênua e falaciosa narrativa sobre o modo de vida dos povos originários a um sonho de industrialização. Contemporaneamente, a ideia de smart cities retoma a proposta de uma cidade ordenada e integrada e mostra como o espaço urbano ainda é idealizado como território de ordem e controle.

O contraponto a esses modelos está expresso na distopia, conceito que evidencia a possibilidade catastrófica de impulsos autoritários e de cerceamento da liberdade serem impostos como normas sociais na organização de um modelo ideal. Como forma de problematizar a polarização de utopias e distopias, diversos filósofoso propuseram (e vêm propondo) termos como heterotopia (Michel Foucault), retrotopia (Zygmunt Bauman) ou atopia (Byung-Chul Han). Em todas essas reflexões, está presente a desilusão com as promessas não-cumpridas da modernidade e com o fim de grandes projetos (ou, para retomar Lyotard, das grandes narrativas) de coesão e integração social.

Em consonância com esses pensadores, o camaronês Achille Mbembe escreveu, em 2016, que “a era do humanismo está terminando”. Desde então a explosão de discursos violentos e autoritários, a crescente xenofobia e a iminência de guerras confirmam a tese do filósofo camaronês. A pandemia do coronavírus, a crise econômica derivante e o acirramento das desigualdades trazem elementos ainda mais catastróficos para o período em que vivemos. Muitas questões surgem para pensarmos estes tempos de Novo Normal pós-pandêmico. Vale interrogar: o que virá após a pandemia? Uma volta à normalidade, um acirramento dos modos de acumulação do capitalismo, uma outra revolução, o surgimento de novos mundos fora do eixo hegemônico ocidental EUA-UE? Arquitetos estariam envoltos na produção de novos espaços flexíveis, espaços híbridos, que possam ser readaptados a situações diversas de "normalidade"? Como a arte antecipou os questionamentos disparados pela pandemia? Como o mercado artístico está sendo transformado pelo isolamento social?

Se parece-nos faltar um projeto de sociedade que alicerce uma transformação geopolítica ampla, não faltam motivos para acreditarmos que vivemos em um presente distópico, atravessado por discursos retrotópicos e segregacionistas. Por outro lado, estratégias comunitárias propõem modelos criativos de participação política ao mesmo tempo em que novas alianças transnacionais re-estabelecem a ordem global, permitindo-nos observar, mesmo na assepsia do “novo normal”, erupções heterotópicas e possíveis atopias eróticas. Considerando isso, a 11a edição da Revista Indisciplinar busca recolher análises sobre utopias e distopias na história da modernidade e no presente.

Prazo para envio: 30 de agosto de 2020.
email: revistaindisciplinar@gmail.com

Instruções para publicação na Revista Indisciplinar

Todos os números da revista estarão disponíveis online.

A Revista Indisciplinar publica textos originais no formato de artigos, ensaios, resenhas, traduções e experimentações, em português, espanhol e inglês.

a) Os originais devem ser encaminhados em arquivo .doc, formatados em papel tamanho A4.

b) A primeira página deve apresentar o título, seguido de seu correspondente em inglês, o nome completo do(s) autor(es), sua vinculação institucional e endereço de e-mail, um mini-CV, um resumo (e correspondente em inglês) com 200 a 250 palavras e três a cinco palavras-chave (também acompanhadas de suas versões em inglês).

c) As citações no texto devem corresponder ao sistema autor-data — ex: (CARVALHO, 1972, p. 28) — e as referências completas (somente dos conteúdos externos citados no texto) devem vir ao final, listadas em ordem alfabética, segundo as normas da ABNT. Ex:

  • TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. (Trad. Lívia de Oliveira) São Paulo: Difel, 1983.
  • RELPH, Edward. As bases fenomenológicas da geografia. Geografia, Rio Claro, v. 4, n. 7, p. 1-25, 1979.

OBS.: Textos fora do sistema autor-data, como descrito acima, não serão aceitos. Pedimos especial atenção a esse padrão ABNT na referenciação de todo tipo de texto ou material.

d) As figuras devem ser enviadas em arquivos separados, em formato .jpg ou equivalente, em boa resolução. Cada figura deve ter uma chamada no corpo do texto (quando pertinente), bem como a indicação do local de sua inserção, juntamente com o respectivo título e fonte do material. OBS.: Textos que não sigam essa recomendação não serão aceitos.

e) Os artigos, ensaios, traduções, resenhas, notas ou experimentações deverão ter até 40.000 toques.

f) Indicar, em nota à parte, caso o texto tenha sido apresentado em forma de palestra ou comunicação;

g) Caso seja tradução, trazer o nome e e-mail do autor original, e indicação de onde o texto foi publicado, caso não seja inédito.

As contribuições podem ser enviadas para o seguinte email: revistaindisciplinar@gmail.com

Expediente

Editora Chefe Conselho de Política Editorial Corpo Editorial Científico Ex Bolsistas - Projeto Gráfico, Ilustração e Diagramação
Fernanda Dusse Daniel Medeiros de Freitas
Fábio Tozi
Gisela Barcellos
Marcela Silviano Brandão Lopes
Marcelo Reis Maia
Natacha Rena
Corpo Editorial Científico Lucca Mezzacappa
Luis Henrique Marques
Marília Pimenta Chaves
Raul Lemos dos Santos
Cintya Ornelas
André Victor
Octavio Mendes

Corpo editorial cientifico.png

Sobre a revista

A Revista Indisciplinar nasce com a proposta de ser uma publicação semestral vinculada ao grupo de pesquisa Indisciplinar (CNPq), sediado na Faculdade de Arquitetura da UFMG. O Grupo Indisciplinar é, por sua vez, atravessado pelas experiências e contribuições de profissionais, artistas, ativistas, filósofos, professores, etc. das mais diversas áreas do saber e do fazer.

A proposta desta revista é oferecer um ponto de encontro para profissionais e estudantes de múltiplas procedências a fim de criar interfaces de debate e diálogo sobre perspectivas críticas e questões prementes de cunho político, estético, econômico, territorial, etc., e que afetam de diferentes formas nosso cotidiano na metrópole atual. Esta revista não pretende ser um ponto de encontro de disciplinas e áreas, mas a relativização mesma da própria noção de disciplina que limita a emergência de ideias e pensamentos híbridos e inovadores em um tempo dominando pelo senso comum especialista — e imediatista — neoliberal. São portanto bem-vindas todas as formas de reflexão e ação que busquem uma mediação com a realidade a fim de transformá-la e torná-la verdadeiramente mais livre, potente, democrática e amorosa. Damos as boas- vindas aos conflitos, aos encontros e desencontros, aos consensos (sempre instáveis), aos diferentes lugares do saber e à vontade de construir um outro mundo a partir de novos paradigmas ontológicos e críticos que, no entanto, aí já se encontram.

O número inaugural da Indisciplinar traz como temática a Indisciplina. Pensamos ser importante poder provocar, a partir das contribuições de nossos colaboradores, as possibilidades de leitura a respeito da indisciplina (política, civil, econômica, artística, etc.) na sociedade contemporânea, marcada pela docilização da experiência e das formas de vida e por uma obediência brutal e quase inteiramente a-crítica às determinações do governo, à política, ao direito, às lógicas do capital e, como decorrência dessas últimas, ao consumo e ao espetáculo massificador como formas de mediação da relações sociais, afetivas e produtivas. Acreditamos que a “indisciplina” aqui queira dizer algo a respeito de uma desobediência, uma resistência, ou ainda um desvio, por assim dizer, dessas formas narrativas, discursivas, políticas e estéticas hegemônicas que apenas reproduzem ad infinitum as relações de poder no interior da cidade neoliberal.

Embora em grande medida esta seja uma publicação de cunho acadêmico, os leitores logo perceberão que não nos atemos à linguagem visual costumeiramente desértica e pretensamente objetiva das revistas tradicionais nesse campo. A linguagem visual aqui desenvolvida juntamente dos bolsistas/designers do Grupo Indisciplinar André Victor, Nuno Neves e Octavio Mendes vai no sentido de subverter essa lógica do pensamento como deserto de afetos visuais para inserir a imagem como dimensão integral das reflexões propostas, não somente representando o que dizem os textos verbais, mas efetivamente criando uma instância analítica híbrida a partir de um diálogo semiológico constante.

Por fim, nos parece pertinente uma palavrinha sobre as seções da revista. A primeira seção abre com o olhar indisciplinado de artistas e pesquisadores num ensaio de imagens; seguimos a partir daí para a seção “Entrevista”; passamos pelos artigos da temática central da revista, alcançamos os textos complementares aos artigos (ensaios breves, resenhas, relatos de experiência, etc.), e fechamos com uma exposição de alguns trabalhos, publicações, anúncios, etc. relativos ao Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Dizemos isso para dar uma satisfação àqueles que ainda se sentem mais seguros e operantes diante desta linearidade clássica, mas pessoalmente sugerimos uma leitura livre na ordem em que o acaso, ou o desejo, ou seus interesses pessoais apontarem. Divirtam-se.

Endereço para contato: Escola de Arquitetura da UFMG, rua Paraíba, 697, sala 400. CEP 30130-141. Telefones: (31) 3409 8834/ 3409 8835 ou 3409 8845

ISSN: 2525-3263
Editora Fluxos

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QUALIS A3

Comunicamos com muita alegria que a nova classificação pra nossa Revista Indisciplinar agora é qualis A3!

  1. Cada periódico receberá apenas uma classificação, mesmo que tenha sido informado por programas atrelados a mais de uma área de avaliação;
  2. A classificação será dada por uma área mãe' (ou seja, somos A3 para todas as áreas e nossa área mãe é Arquitetura e Urbanismo);

A classificação das revistas teve como principal parâmetro o fator de impacto (número de citações a cada artigo). A nova classificação prevê que os artigos A (A1 – A4) têm fator de impacto acima da mediana e os B (B1 – B4), abaixo.

Link para nova classificação qualis da Capes!
LISTA QUALIS.