Frentes de atuação

De Indisciplinar
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Artesanias do Comum

Segundo relatório das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a América Latina apresenta índices que apontam a diminuição da pobreza, mas o Brasil, contraditoriamente, se torna a sexta maior economia do mundo e o quarto país mais desigual do continente, atrás da Colômbia, que é o terceiro país mais desigual. Este mesmo relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050 e que o índice de urbanização brasileira, além de ser o maior em toda a América Latina entre 1970 e 2010, revela 86,53% da população vivendo nas cidades. Belo Horizonte está entre cinco outras cidades brasileiras que possuem a pior distribuição de renda em toda a América Latina. No país, 28% da população mora em comunidades com infraestrutura precária e a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é de 26%, ou seja, mais alto do que a média latino-americana. O relatório da ONU-Habitat ressalta também que apesar dos desafios para desenvolver as cidades, a América Latina está prestes a viver um novo ciclo de transformação urbana, com objetivo de garantir a melhoria da qualidade de vida nas cidades, mas o grande desafio é a criação de instrumentos para combater as desigualdades nas regiões metropolitanas, sobretudo instrumentos que sejam construídos de maneira colaborativa e diversificada. As ocupações urbanas surgiram num contexto de reivindicação de direitos fundamentais. Nesse sentido, umas das principais demandas da comunidade foi colocada como a questão da democratização da comunicação e da cultura. Percebeu-se que um dos principais problemas para a efetivação dos direitos diz respeito ao acesso e à difusão de informações e de conhecimentos qualificados pelos moradores, que apontaram como maiores obstáculos que enfrentam a violação de direitos humanos pela violência estatal e a polícia, e a questão da comunicação e da cultura. Por essa razão se faz tao importante o desenvolvimento de um meio de comunicação livre, auto gestionado e emancipador de mecanismos hegemônicos. A situação de deficit habitacional, precariedade de acesso à serviços públicos e alto índice de criminalidade na região metropolitana de Belo Horizonte, segunda pesquisas da Fundação João Pinheiro e IBGE estão entre as maiores do Brasil. Nesse diapasão, no decorrer do trabalho desenvolvido nas ocupações pelos movimentos sociais com os quais desenvolvemos o projeto em conjunto, (como é o caso do Resiste Isidoro https://www.facebook.com/profile.php?id=515450615267587&fref=ts) se percebeu um problema estrutural referente à cultura e comunicação que possui dupla dimensão: a primeira se refere ao precário acesso dos moradores a informação qualificada e a conhecimentos em diversas áreas (política, social, jurídica, educacional), considerando o cenário de marginalização que enfrentamos; a segunda diz respeito à difusão das iniciativas culturais e experiêncas das próprias comunidades e ocupações. Nesse sentido, o projeto é uma forma de empreender a Universidade em uma iniciativa única na qual vai-se de frente a uma demanda apresentada pelas comunidades em áreas com alto grau de vulnerabilidade social, ao mesmo tempo em que A Universidade desenvolve um trabalho com tecnologia de ponta, portanto, além de capacitar o corpo discente para atuação em uma perspectiva inédita na Univeridade, empodera os moradores das ocupações visando a melhoria da vida comunitária e a construção do acesso e difusão a uma cultura comum. Reconhecendo a indissossiabilidade do sistema de ensino integral, valorizando a pesquisa, o ensino e a extensão, esse projeto se apresenta como oportunidade ímpar de valorar e aplicar esses pilares da Universidade transformando vidas e gerando mudanças tanto fora quanto dentro da Universidade abrindo suas portas para um novo criar cultural. A metodologia de trabalho tem como diretrizes a construção coletiva e colaborativa em todo o processo de desenvolvimento, execução e avaliação do projeto. Toda a produção deste programa deve ativar processos de empoderamento e autonomia de grupos sociais ao mesmo tempo em que encoraja uma postura de pesquisa-ação pelo corpo universitário. Destacam-se, ademais, os seguintes eixos: 1) Cartografia Cultural das Ocupações Urbanas - Metodologia de pesquisa-ação para elaboração sistematizada de cartografias críticas, georreferenciadas e colaborativas que, por meio de processos acadêmicos e participativos, localizem, no território das ocupações, as atividades culturais existentes. https://culturabh.crowdmap.com/. Pretende-se gerar análises sócio-territoriais complexas, capazes de apontar possíveis caminhos para o desenvolvimento comunitário nos quais a dinâmica de produção de cultura seja inclusiva e descentralizada. 2) Laboratório Itinerante - utilização de um veículo como base móvel para produção e desenvolvimento comunitário dos mecanismos de Cultura Comum - em cada uma das Ocupações Urbanas - Este eixo compreende, desde o desenvolvimento de um laboratório cultural itinerante móvel que percorrerá as ocupações urbanas com a realização de oficinas e atividades para projetar e organizar a construção cultural comunitária, bem como capacitações técnicas e fornecimento dos equipamentos básicos para a realização das atividades do projeto. Compreende também a realização de eventos produzidos de maneira colaborativa em cada uma das ocupações, com o intuito de estimular, compartilhar e articular iniciativas artísticas e culturais genuínas, silenciadas pela marginalização de tais comunidades. 3) Autogestão - Desenvolvimento de uma metodologia de autogestão do laboratorio móvel entre moradores; Eaboração de plano de manutenção do programa; articulação com rede ampla da cultura da RMBH. Oficinas dinâmicas sobre autogestão do espaço, desenvolvimento de projetos socio-culturais, comunicação e inclusão digital e capacitação para utilização dos equipamentos 4) Interconexão e produção em rede: Fortalecer a potência produtiva das ocupações por meio do desenvolvimento dessa rede pautados nas diretrizes da economia popular solidária e estimulando os recursos e destaques já presentes nas comunidade, difundindo assim cultura e informação. 5) Publicação acadêmica; publicações online; cartilhas comunitárias de utilização do laboratório cultural móvel e dos equipamentos com intuito de replicar o conhecimento desenvolvido no projeto. Nesse sentido, é imprescindível destacar o caráter colaborativo da construção metodológica, uma vez que toda a construção do método de atuação junto às comunidades e movimentos sociais foi desenvolvida em consonância com eles, fruto da experiência e da valorização dos diferentes saberes, percebendo, nesse formato, uma potencialização do processo de desenvolvimento e aprendizado mútuo. Salienta-se, sobretudo, que a construção metodológica, apesar de sua significativa carga de experiência, não se encontra rígida ou estanque, adaptando-se sempre às diferentes realidades e demandas por nós enfrentadas, dessa forma a avaliação do processo é realizada de forma constante, desde o início por meio do alinhamento de expectativas e planejamento, durante o processo por meio de dinâmicas, discussões pessoais e em grupo e no momento da conclusão no qual as experiências são sintetizadas e compartilhadas, de forma a registrar os avanços e desafios encarando diferentes perspectivas numa postura de constante troca e desenvolvimento Portanto, a avaliação será realizada por meio de relatórios semestrais a partir de entrevistas orais e depoimentos audiovisuais (fontes: formulário de avaliação realizado pelos alunos bolsistas com os agentes envolvidos + vídeo coletando depoimentos dos beneficiários), a serem comparados com as metas descritas no Plano de Ação, e com a situação identificada no marco zero do programa. Fanpage: https://www.facebook.com/artesaniasdocomum?fref=ts Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Artesanias_do_comum

Cartografias Izidora

Ocupações Barreiro

Cartografias Emergentes

Cultura e Território

Cartografias da Cultura

A pesquisa Cartografias Emergentes da Cultura realizada pelo grupo de pesquisa Indisciplinar da UFMG tem como objeto o estudo sistematizado da distribuição territorial das iniciativas culturais. Produz-se uma série de cartografias críticas, georreferenciadas e colaborativas que, por meio de processos acadêmicos participativos, localizem, no território da cidade, as atividades culturais existentes. Ao longo dos dois últimos anos gerou-se um panorama territorial complexo que nos auxilia na constituição de uma base de dados para análises sobre a relação entre a distribuição das iniciativas culturais no espaço urbano, os mecanismos utilizados para o seu fomento e as implicações deste quadro no cenário sócio-territorial da cidade. Buscou-se, para tanto, considerar os setores da cultura a partir de uma perspectiva ampla e assim, foram incluídas nas cartografias tanto atividades que ocorrem em equipamentos culturais, quanto atividades itinerantes e independentes, promovidas por micro produtores e grupos minoritários ligados aos movimentos sociais multitudinários na escala local. O mapeamento territorial destas ações culturais alternativas mostra-se fundamental para uma compreensão ampla da atividade cultural da cidade, que abarque a complexidade de suas dinâmicas e possibilite que estas ocorram de maneira sustentável, inclusiva e descentralizada, em toda a sua diversidade. Fanpage: https://www.facebook.com/mapaculturabh?fref=ts Mapa territorializado Cultura BH: https://culturabh.crowdmap.com Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_da_cultura

Mapeando o comum

No mundo atual, o conceito recorrente de commons discorre sobre a ideia de que a produção da riqueza e a vida social são fortemente dependentes de comunicação, de cooperação, de afeto e da criatividade coletiva. O “comum” seria, então, os meios de recursos compartilhados, gerados pela participação de muitos e múltiplos, que constituem o tecido produtivo essencial da metrópole do século 21. Ao fazer a conexão entre comum e produção, seria necessário pensar em economia política: poder, renda e conflitos. O comum pode ser definido por ser compartilhado por todos, sem tornar-se privado para qualquer ator individual ou instituição. Comum (ou bens comuns) inclui recursos naturais, espaços públicos urbanos, obras criativas e os conhecimentos que estão isentos de direitos autorais. Em Atenas, em Istambul ou no Rio de Janeiro, como em muitas cidades globais, as discussões em torno do bem comum têm sido relevantes, especialmente com a crescente pressão da privatização e do controle dos governos sobre os recursos compartilhados pela comunidade. As perguntas, então, seriam: pode o bem comum nos fornecer conceitos e táticas alternativas ao poder dominante, para uma sociedade mais democrática, tolerante e heterogênea, que permita maior participação e coletividade? É possível expandir as diferentes definições de comum (ou de bem comum)? Existem diferentes formas de compreender e de discutir o bem comum, através de várias práticas? Devido à tradição do privado e do público, da propriedade e do individualismo, os bens comuns ainda são difíceis de ver para os olhos de final do século 20. Propõe-se, portanto, uma busca pelo bem comum, uma pesquisa que toma a forma de um processo de mapeamento. Entende-se mapeamento, como proposto por Deleuze e Guattari, e como artistas e ativistas sociais têm vindo a utilizar durante a última década: como uma performance que pode tornar-se uma reflexão, uma obra de arte, uma ação social. Pode o comum ser mapeado? Qual é a riqueza comum da metrópole contemporânea e como ela pode ser localizada? Como o comum está sendo protegido das privatizações e das parcerias público-privadas do neoliberalismo? Que novas práticas de “fazer comum” surgiram no ciclo de lutas que começou em junho no Brasil, nas revoltas pelo passe livre? Quais são as vantagens e os riscos da produção desta cartografia em tempos de crise e de rebeliões? http://mappingthecommons.net/pt/mondo/ Mapeando o Comum em Belo Horizonte http://mappingthecommons.net/pt/belo-horizonte/ Mapeando o Comum em SP http://mappingthecommons.net/pt/sao-paulo/ Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mapeando_o_comum

Lutas Territoriais

Este projeto pretende cruzar informações de topologia de rede com topografia territorial das lutas territoriais utilizando como base os dados das redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) e cruzando estes com os territórios em disputa. Para isto temos duas plataformas digitais sendo construídas paralelamente. Além da fanpage https://www.facebook.com/pages/Lutas-Territoriais/1565948407010284?fref=ts, através da qual nós “curtimos” mais de 900 outas territoriais no Brasil para com isto gerarmos topologias (redes de contato) temos também um crowdmap identificando e caracterizando os seus território: https://cartografiadaslutasterritoriais.crowdmap.com/ Constituição de um conjunto de dispositivos tecnopolíticos para as lutas locais também faz parte deste projeto. Em 2015 criou-se uma nova frente articulada de movimentos sociais e universidades envolvendo as ocupações urbanas, movimentos sociais e organizações de apoio às ocupações como as Brigadas Populares da RMBH para envolvimento tanto em debates jurídicos para mesa de negociação com o Estado, quanto na produção de plataformas de comunicação em rede. Neste sentido de organizar as lutas foi criada a Fanpage: https://www.facebook.com/pages/Lutas-Territoriais/1565948407010284?fref=ts, Mapa territorializado https://cartografiadaslutasterritoriais.crowdmap.com/ Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Lutas_territoriais

Atlas das Insurgências Multitudinárias

Num painel de 9,00 metros de comprimento foi construída a base da linha do tempo através de colagens de papéis quadriculados de variadas tramas, cores e tamanhos sugerindo, assim, um skyline. A linha que segue os anos feitos por desenho à mão em papel kraft foi marcada por fitas métricas. E por fim, as intervenções foram feitas por colagens de fotos, post-its, panfletos, cartazes, adesivos, recortes de revista, xérox, e desenho a mão. O mapeamento das insurgências e suas respectivas datas foi feito de maneira coletiva em documento aberto e a base principal de dados utilizada foi o Facebook, além de termos incorporadas as intervenções deixadas por visitantes através de post-its. Dessa forma, a linha esteve em construção durante todo o processo, ganhando maior visibilidade na imensa concentração de interferências, cores e marcas em 2013, com as jornadas de junho.

Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Atlas_das_insurgências Notícias: http://blog.indisciplinar.com/?s=atlas+das+insurgências Vídeo da montagem: https://www.youtube.com/watch?v=3NLsMsfhGdI

Operação Urbana

O oucbh.indisciplinar tem como objetivo reunir e publicar o que tem sido investigado e produzido sobre Operações Urbanas pelo grupo de Pesquisa Indisciplinar – EA/UFMG, parceiros e alunos. O grupo compreende que as Parcerias Público Privadas (PPPs) são dispositivos de expropriação do comum, característico do urbanismo neoliberal, e as Operações Urbanas sua face mais ativa nas atuais metrópoles biopolíticas. No Brasil, o instrumento das Operações Urbanas Consorciadas (OUC), viabilizadas através de PPPs, foi criado pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) em 2001. Esse instrumento permite flexibilizações pontuais na legislação urbanística municipal e possibilitam o financiamento de intervenções públicas com capital privado. Na prática, as OUC são reguladas por leis e conselhos municipais, que estão sujeitos ao jogo de forças sociais, políticas e econômicas locais. Observa-se que as Operações têm viabilizado a conquista elitista da cidade, por meio de empreendimentos particulares realizados à custa de investimentos públicos e processos de gentrificação. Frente a isso, faz-se necessária uma leitura crítica sobre as OUCs, que considere não somente aspectos técnicos, como também interesses políticos, econômicos, culturais e sociais envolvidos (e excluídos) do processo.

Blog: <ext>http://oucbh.indisciplinar.com</ext> Fanpage: <ext>https://www.facebook.com/pages/OUC-ACLO-_-Nova-Bh/1587393064840548?fref=ts</ext> Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=OUC

Capitão Eduardo

Isidoro/Izidora

Nova BH/ACLO

PBH Ativos

Novo Plano Diretor

Zona Cultural

Compartilhamento e Distribuição do Comum

Natureza Urbana

O Natureza Urbana é um projeto de pesquisa associado ao Programa Extensionista Ind.Lab - Laboratório Nômade do Comum que faz parte das ações do Grupo de Pesquisa Indisciplinar-UFMG. Em fevereiro de 2013, o grupo de Pesquisa Indisciplinar inicia sua participação efetiva na teia formada ao redor do movimento Fica Ficus. Desde então, muitas conexões com outros grupos e movimentos em defesa da qualidade de vida urbana aconteceram. Entre 2013 e 2015, com a intensificação dos movimentos multitudinários contra os processos de urbanização neoliberal no Brasil, constituiu-se uma rede de apoio mútuo compartilhando experiências ativistas e aos poucos, agregando movimentos sociais, culturais e ambientais, tanto da Região Metropolitana de Belo Horizonte quanto de outras regiões do país como o Parque Augusta de São Paulo ou o Ocupe Estelita de Recife. Em 2014 o grupo decidiu desenvolver uma coleção de posters/cartilhas que resumissem suas ações e uma delas foi o Natureza Urbana que resumia todo o processo realizado junto ao Fica Ficus até aquele momento. Como parte do processo cartográfico, a produção do conhecimento de todas as pesquisas extensionistas do grupo Indisciplinar têm como objetivo principal gerar tecnologia social. Neste sentido, toda a metodologia e os processos de investigação partem do encontro cotidiano entre universidade, movimentos sociais, culturais e ambientais envolvidos nas lutas territoriais e desdobram-se em múltiplos campos de ação compartilhados em rede: participação em reuniões, representações em Ministério Público, qualificação do debate para audiências públicas, produção de monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado, TCCs, projetos de pesquisa e extensão, disciplinas que participam do cruzamento destes projetos com os movimentos, produção de artigos científicos, eventos e ocupações culturais. O grupo vem atuando diretamente no design, desenvolvimento e manutenção de wikis, blogs, fanpages, mapas georreferenciados, projetos gráficos, infográficos, fanzines, cartilhas, dentre outros. Assim, nos instrumentalizamos do potencial das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para discutir, numa abordagem prática e cotidiana, técnicas, metodologias e políticas de empoderamento e autonomia de ações coletivas que enriquecem a vida urbana contrapondo processos de alienação cidadã. Deste modo, construímos tecnopolíticas por meio de processos de democratização que garantem a neutralidade das conexões dadas no sistema urbano. Percorrendo processos de politização das informações do urbano, que são de direito público, fomentamos questões e processos de agenciamento autônomos que emergem em práticas cotidianas, nos movimentos sociais e nas lutas pelo direito à cidade. Nossas ações buscam sempre criar, experimentar e aplicar processos que democratizem e sensibilizem a informação. Em processo constante de retroalimentação (feedback), a informação é coletada, distribuída e após um processo de politização coletiva retorna alimentando novos processos de idéias e ações coletivas. Esta metodologia sistêmica de trabalho sempre busca eleger práticas culturais de tecnopolíticas e urbanismo entre pares. A Rede Verde, uma teia de lutas pela preservação do ambiente natural em nossas cidades, é um movimento do qual fazemos parte num processo de copesquisa, ação de investigação engajada, ou seja, na qual não separamos teoria da prática. Este processo não dissocia sujeito de objeto e se faz de maneira aberta a mudanças de perspectiva, possuindo uma tendência política na qual a produção de conhecimento e o ativismo se sobrepõem. Site: http://naturezaurbana.indisciplinar.com Fanpage do projeto: https://www.facebook.com/pages/Natureza-Urbana/1499953156920901?fref=ts Mapa territorial georreferenciado Natureza Urbana: https://naturezaurbana.crowdmap.com/?hc_location=ufi Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Natureza_Urbana Rede Verde https://www.facebook.com/pages/RedeVerde/1536646969929195?ref=br_rs

Fica Ficus

Parque Jardim América

Parque das Ocupações

Vazios Urbanos

Esse projeto de pesquisa tem como objetivo investigar – identificar, questionar e compreender – o conceito do Comum Urbano, tendo como objeto empírico os Vazios Urbanos na cidade de Belo Horizonte. Através de uma análise teórica crítica e também de um levantamento dos espaços e das experiências existentes, pretende-se reconhecer e compreender o potencial de Comunalidade desses vazios, ou seja, a potência que esses locais, em específico, possuem para transcender a oposição público – privado, escapar (ou resistir) ao controle e à mercantilização e se tornarem esferas do Comum, onde uma nova forma de produção e apropriação do espaço possa acontecer.

EmBreveAqui

O EmBreveAqui busca identificar vazios na Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH (lotes, terrenos, áreas residuais de infraestrutura urbana, imóveis desocupados, etc.) e ocupá-los com idéias. Esta base operacional se conecta com disciplinas de graduação para receber propostas e idéias que ocupem, não apenas com projetos arquitetônicos e paisagísticos, mas principalmente, com políticas públicas focadas em três áreas: agricultura urbana/natureza urbana; moradia/habitação de interesse social; lazer e cultura. Mapa territorializado: https://embreveaqui.crowdmap.com Fanpage: https://www.facebook.com/embreveaqui?fref=ts Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Em_Breve_Aqui

DocPosDoc

Cartografia das Lutas Territoriais

Compartilhamento e Distribuição do Comum

rede TECNOPOLÍTICAS: Territórios Urbanos e Redes Digitais

Voltada a investigar a aplicação das tecnologias digitais de comunicação aos processos de produção do espaço urbano. A ideia tem sido produzir e sistematizar conhecimento e explorar tecnologias que promovam a interseção entre as redes digitais e as dinâmicas espaciais urbanas. Compreende-se que estas tecnologias conformam, atualmente, parte indissociável da experiência e da organização das metrópoles contemporâneas, promovendo a fusão da sua dimensão físico-territorial com a das redes digitais. Partindo de um contexto de urbanização crescente, que alcança até mesmo os recônditos rurais e selvagens, a expansão da tecnologia informacional e das condições de conectividade vem transformando a vivência destes territórios e se integrando às suas infraestruturas com intensidade sem precedentes. No entanto, não se observa uma incorporação correspondente desses mesmos recursos nos instrumentos de planejamento das cidades, sobretudo no que concerne ao fortalecimento do diálogo entre os seus habitantes e o poder público. Portanto, foram inauguradas uma série de atividades coletivas no sentido de investigar/produzir tecnologia social aplicada a políticas públicas urbanas nos mais diversos níveis: mobilidade, moradia, lazer, cultura, economia, agroecologia, etc. Propõe-se então que esta rede reforce o desenvolvimento colaborativo de tecnologia social aberta e reaplicável, baseando-se em iniciativas como o movimento open source (software livre) ou peer to peer (p2p, entre pares) que promovem o livre compartilhamento de conhecimento a partir de novos modelos de licenciamento de conteúdo. Acredita-se que a ampla disseminação da informação produzida pelo é premissa fundamental para sua contribuição efetiva às práticas de desenvolvimento urbano sustentável no país. Acredita-se que é urgente aliar o que há de mais avançado na investigação em tecnologia da informação à pesquisa urbana em sua dimensão multidisciplinar – reunindo arquitetos, urbanistas, geógrafos, economistas, sociólogos, designers, biólogos etc. – em busca da criação de dispositivos tecnopolíticos para a atuação nas metrópoles. Relembrando que muitos movimentos insurgentes populares que ganharam visibilidade a partir de junho de 2013 no Brasil, atualmente articularam-se prioritariamente em torno de pautas urbanas sinalizando grande insatisfação com os mecanismos de participação e de representação disponíveis para abordar tais questões. A partir daí, começa a estruturação tanto do grupo de pesquisa Indisciplinar, quanto desta rede de tecnopolíticas apresentada anteriormente, reunindo pesquisadores e ativistas imbuídos de pensar propostas para uma sociedade mais plural e democrática, que associa núcleos de pesquisa e extensão das universidades a coletivos artísticos ou midialivristas e a movimentos sociais diversos. Este estágio pós-doutoral, participa deste processo de ampliação do debate tecnopolítico sobre as resistências urbanas aos processos neoliberalizantes e pretende amplia-la junto a diversos grupos de arquitetos, urbanistas, pesquisadores e ativistas, envolvendo coletivos de arquitetura ibero-americanos dentre outros. Seria bom ressaltar que o grupo Redes, Movimentos e Tecnopolítica espanhol que faz parte do IN3, coordenado por Castells e que conta com a participação do parceiro de pesquisa Javier Toret (http://tecnopolitica.net) será um grande aliado nesta investigação aqui proposta. Observa-se também que, a partir dessa produção tecnopolítica, pretende-se auxiliar não somente as comunidades e os grupos organizados da sociedade civil, mas também o Estado, na constituição de plataformas colaborativas que dêem suporte a processos de participação mais eficazes. Iniciativas como o Marco Civil da internet demonstram que o Brasil está na vanguarda das políticas públicas para as redes digitais, revelando uma necessidade de se formar grupos de investigação de excelência na área das tecnopolíticas e de ampliar seu alcance para a esfera do planejamento urbano envolvendo universidades, Estado e sociedade. Nesse sentido, identifica-se grande potencial nas iniciativas identificadas como urbanismo entre pares, arquitetura open source, cidade copyleft, ou wikitetura, dentre outros muitos grupos e coletivos que atuam neste sentido na Espanha. Baseadas na cultura de software aberto e do conhecimento livre, essas propostas tomam emprestado o vocabulário próprio ao universo informacional para aplicá-lo à produção colaborativa do espaço urbano. Marta Battistella (2013) reflete sobre o contraste entre o potencial globalizante e aparentemente desterritorializante da revolução informacional, e o caráter predominantemente local dessas plataformas digitais sociais, que almejam incentivar encontros e intervenções urbanas. A autora argumenta que, apesar desse avanço tecnológico apontar uma aparente tendência ao distanciamento do universo físico e da convivência face a face, torna-se possível presenciar o surgimento de uma série de iniciativas conectadas em rede que propõem, justamente, o resgate da experiência local do espaço. Acredita-se que ampliando esta rede e aprofundando a colaboração entre grupos e pesquisadores num contexto de debate tecnopolítico, esta proposta de estágio doutoral oferece um trabalho tanto de fôlego acadêmico quanto de pesquisa aprofundada sobre estes processos que estão em fase de constituição avançada na Espanha. Mesmo compreendendo que as realidades dos dois países (Brasil, Espanha) são totalmente diferentes e que as condições históricas, econômicas e sociais sejam díspares e singulares, acredita-se que há um processo global de neoliberalização que atua em todos os territórios do planeta, em alguns mais do que em outros, mas de alguma maneira, procedimentos e lógicas se repetem. Assim como se repetem também os discursos e as narrativas em campos distintos, como é o caso da Arquitetura e do Urbanismo oficiais e atrelados ao estado-mercado que vem ampliando o marketing sobre a importância de se pensar as cidades como empresas e as políticas urbanas a partir de modelos de negócios via Parcerias Público-Privadas. Neste sentido, temos a Espanha contendo um leque enorme de referências negativas e nocivas ao bem-estar-social, já que o país entrou em crise exatamente por seu alto nível de endividamento. Compreender o que se passa na Europa e dar visibilidade a estes processos neoliberais e às suas consequências em toda a sociedade faz parte dos objetivos e da justificativa desta proposta. Assim como, dar visibilidade a processos de resistência positiva que acontecem na Espanha por toda parte, também faz parte da estratégia deste investigação. Fanpage: https://www.facebook.com/tecnopoliticasVAC2015?fref=ts Wiki: http://wiki.tecnopoliticas.com/index.php?title=Página_principal

Urbanismo Biopolítico

A arquitetura e o urbanismo foram dispositivos importantes para o avanço do neoliberalismo na Espanha através da construção de grandes obras de infraestrutura, de projetos de parcerias público-privadas que trouxeram equipamentos culturais como a ponta da gentrificação de áreas estratégicas para o avanço do mercado imobiliário e, também, através do incentivo radical à aquisição da casa própria, causando um grande e profundo cenário de endividamento tanto do Estado quanto dos cidadãos. Para isso, utilizaremos uma vasta coleta de dados que serão sintetizados em diagramas, tabelas e infográficos. As informações coletadas também através de entrevistas e textos científicos (baseados em dados econômicos e sociais de institutos oficiais espanhóis) auxiliarão na demonstração de que esse percurso de avanço do Estado-capital sobre o território teve início nos anos 1980, com seu auge nos anos 1990, adotando uma lógica de expansão da urbanização na qual construir grandes obras de infraestrutura e ampliar as regiões metropolitanas, via projetos de parceria público-privada, eram fundamentais para o capitalismo rentista envolvendo bancos e empreiteiras. Para o Brasil, é importante demonstrar, tendo a Espanha como exemplo, como a conexão de grandes projetos urbanísticos e arquitetônicos se relacionam diretamente com o endividamento de um país, tanto do Estado quanto dos cidadãos, que são levados biopoliticamente a participar desse sistema neoliberal de produção do espaço. Esse eixo de investigação incluirá uma revisão bibliográfica englobando o surgimento do neoliberalismo (de maneira geral) ao final dos anos 1970 e início dos 1980, assim como sua expansão para o território metropolitano. Autores como David Harvey, Neil Smith, Michael Hardt, Antonio Negri e Maurizio Lazzarato serão de extrema importância na constituição de um arcabouço teórico que denominamos urbanismo neoliberal e sua consequente produção social e ontológica de espaço em tempos de capitalismo imaterial (ou pós-fordista). Acredita-se que esse processo de neoliberalização do urbanismo faz parte de uma lógica global de expansão capitalista que nos últimos anos chegou ao Brasil e ainda está em seu estágio inicial. O que justifica fortemente este trabalho é a importância de se realizar uma pesquisa que demonstre como esses processos de urbanização foram destrutivos para a economia da Espanha, assim como para o bem-estar social do cidadão, e não deve se repetir no Brasil, apesar de já iniciado. Mapa territorializado: https://urbanismobiopolitico.crowdmap.com Wiki: http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Urbanismo_Biopol%C3%ADtico

Urbanismo neo-liberal

Resistências Biopotentes