Cartografar

De Indisciplinar
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seria o mesmo que mapear (cartografia: arte de traçar cartas geográficas). “Cartografia é um termo latino e significa charta, chártes, carta + graph, de gráphein, escrever. É ao mesmo tempo a arte e a ciência de compor cartas geográficas ou topográficas. No contexto filosófico, a idéia de cartografia proposta por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1976) visa “esquizo-analisar” as linhas de um mapa. Ao invés de coordenadas espacialmente localizadas, a cartografia mede as forças (longitude) e as intensidades (latitude) de linhas abstratas. [falamos de uma cartografia da subjetividade] “A definição provisória de cartografia para Suely Rolnik (1989) em seu texto Cartografia Sentimental, diz que para os geógrafos, a cartografia-diferentemente do mapa, representação de um todo estático - é um desenho que acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem. Para além do mapa as paisagens psicossociais também são cartografáveis.” Fonte: http://www.cibercultura.org.br/tikiwiki/tiki-index.php?page=cartografia+colaborativa Acredita-se que o método cartográfico, no sentido deleuzeano do termo, possa contribuir com a configuração de novos processos constituintes, em movimento, nos quais a sociedade possa encontrar maneiras de mapear, registrar, produzir realidades de maneira colaborativa, dentro do que poderíamos chamar de processos de subjetivação coletivas. Este método envolve o fazer e o conhecer construindo novos mundos. Pesquisar é intervir porque toda pesquisa é intervenção. Isto nos diz de modos de produzir conhecimento que envolvam mergulhos na experiência que agencia e coloca em movimento teoria e prática, fundindo, como na copesquisa, sujeito e objeto, num movimento de saber-fazer. Esta cartografia pode ser, portanto, um método engajado e militante e pode ser compreendida como uma micropolítica do cotidiano. Fala-se aqui do processo elaborado por Deleuze e Guattari em 1995 quando escreveram juntos o livro Mil Platôs. Em seu primeiro capítulo, os pensadores definem alguns princípios do rizoma, e um deles é princípio de cartografia ou mapeamento, em oposição ao princípio de decalcomania: "Um rizoma não pode ser justificado por nenhum modelo estrutural ou gerativo. Ele é estranho a qualquer idéia de eixo genético oude estrutura profunda." (Deleuze & Guattari, 1995: 21) Nos processos cartográficos, que são como rizomas, a meta de atingir objetivos se dissolve. Caminhos lineares são deixados de lado para que se possa produzir informação interagindo com a realidade e neste processo nem tudo pode ser previsto numa espécie de cronograma prévio. O que o método cartográfico ou de mapeamento produz são processos insurgentes em planos de imanência. Potências em fluxo que se encontram conectando mundos e modos de vida.


Ver também

Ativismo cartográfico | Cartografia colaborativa