Arte e espaço: uma situação política

De Indisciplinar
Ir para: navegação, pesquisa

Arteespaço.jpg

O curso de ensino à distância ARTE E ESPAÇO: UMA SITUAÇÃO POLÍTICA DO SÉCULO XXI conta também com apoio do Grupo de Pesquisa Indisciplinar e com a participação de alguns de seus pesquisadores (Bruno Oliveira, Simone Tostes, Paula Bruzzi, Marcela Silviano e Natacha Rena) junto da Inspire Gestão Cultural.

Com aulas ministradas a distância pela internet, gratuitamente, o curso acontece entre os dias 9 de outubro e 12 de dezembro de 2014. Mais de 110 pessoas de diversas áreas (de artes plásticas, educação artística, arquitetura e urbanismo, e design, além de público interessado nos temas propostos) de todo o Brasil têm participado com excelentes discussões online.

O curso, estruturado em sete disciplinas, tem como objetivo promover discussões sobre questões contemporâneas no campo da arte, relacionadas à transformação social e cultural resultante da constituição de novas práticas políticas de construção espacial no século XXI. Visando estabelecer um processo de construção de conteúdo coletivo, a coordenação de conteúdo, juntamente com os professores do curso, farão a reestruturação dos textos propostos a partir das interações ocorridas durante o período do curso a distância.

O resultado dessa produção coletiva será objeto de publicação de mesmo nome, pela DUO Editorial.

“O projeto se insere em um momento de amplo desenvolvimento de práticas interdisciplinares (e indisciplinares) focadas na proposição de outras espacialidades e conformações para novas relações de convivência e sociabilidade. Em tempos de capitalismo cognitivo, tem-se como referência uma miríade de ações biopotentes em territórios biopolíticos, visando a conformação de relações e práticas glocais que acabam por gerar discursos sobre os territórios que englobam experiências e estruturas que se instauram para além dos limites do público e do privado, ou seja, o comum. Propõe-se pensar, portanto, a importância da arte na configuração do espaço no século XXI a partir da política, da comunidade, da artesania e do design, do cotidiano, do território e da tecnologia. Pretende-se criar uma constelação de textos, imagens e redes que constituam um campo teórico sobre o que estamos denominando de espaço-comum, território nem público, nem privado, produzido pela multidão (nem povo, nem massa) que se recusa a participar da produção dos espaços neoliberais imperiais. Este outro espaço possível possui aspecto relacional, inventivo e colaborativo e é atribuído também por aspectos emergentes da produção criativa, tal qual a conformação de discursos múltiplos e diversos, que não constituem um território particular ou individual, mas singular e plural ao mesmo tempo. Nossa aposta é que existe uma condição horizontal, global e colaborativa de resistência primeira configurada por uma lógica que não de vanguarda (negatividade), mas de performance (positividade), que atravessa, tanto a praxis e a filosofia da arte, quanto as teorias sobre a produção do espaço.

Com a finalidade de constituir uma rede de conteúdos expressivos e de diversas perspectivas sobre o tema da produção da arte e do espaço na contemporaneidade, uma publicação será desenvolvida com os textos propostos pelos professores e as produções e referências levantadas pelos alunos durante as discussões no fórum. A ideia e? compor um panorama referencial de práticas contemporâneas sobre o território, imaginando territórios de relações complexas, onde processos de transformação constantes devem pautar a formulação de projetos baseados na riqueza biopolítica da multidão.”