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De Indisciplinar
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“TECNOPOLÍTICAS E TECNOLOGIA SOCIAL”

O sexto número da Revista Indisciplinar terá como temas as Tecnopolíticas e a Tecnologia Social. No campo das tecnopolíticas, cruzamento entre redes e ruas, a revista pretende discutir tanto a aplicação de tecnologias digitais que promovam a interseção entre as redes digitais e a organização do urbano contemporâneo, quanto as tecnologias sociais, partindo da ideia de que a mobilização e a organização em rede de atores sociais pode e deve se expandir via re-aplicação do conhecimento produzido de forma coletiva entre universidade e sociedade (comunidades em estado de vulnerabilidade social, comunidades tradicionais, coletivos ativistas e movimentos sociais). Neste sentido, os processos extensionistas são centrais para a discussão sobre a produção de tecnologia social, que tem sido diretriz fundamental para a transdisciplinaridade na produção acadêmica. Ressalta-se que a tecnologia aqui se expande com a ideia de intercessão com processos cidadãos por mais justiça social, portanto, o conceito de tecnopolítica se faz fundamental. Sob a perspectiva das tecnologias digitais, a discussão abriga também os debates sobre a dimensão urbana da expansão da tecnologia informacional e o modo como a conectividade transforma e se integra ao território com intensidade sem precedentes; a produção de tecnologia social aplicada a políticas públicas urbanas nos mais diversos níveis (mobilidade, moradia, lazer, cultura, economia, agroecologia, etc.); o desenvolvimento colaborativo de tecnologia social aberta e reaplicável, baseando-se em iniciativas como o movimento open source (software livre) ou peer to peer (entre pares); e a apropriação de redes digitais por movimentos de insurgência popular, núcleos de pesquisa e extensão das universidades e coletivos artísticos ou midiativistas. Os temas escolhidos têm como objetivo discutir a necessária criação de dispositivos tecnopolíticos para a atuação nas cidades , assim como nas áreas rurais, visando a constituição de plataformas colaborativas mais eficazes, grupos de investigação de excelência na área das tecnopolíticas e tecnologias sociais e ampliação de seu alcance para a esfera do planejamento envolvendo universidades, Estado e sociedade de maneira mais sistemática e transversal.