Programa ind.lab

De Indisciplinar
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IND.LAB – LABORATÓRIO NÔMADE DO COMUM


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O Programa IND.LAB – Laboratório Nômade do Comum é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG denominado Indisciplinar e pretende desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social através de ações diretas com a sociedade distribuídas em dois eixos metodológicos que se cruzam: 1) O Eixo de alta tecnologia pretende desenvolver ações que utilizam a tecnologia digital e as redes na internet com intensidade. Mapas georreferenciados, cartografias críticas colaborativas em rede, aplicativos para celular e outras maneiras de atuar dentro do que compreende como Cidade Instantânea ou Inteligente. Os dispositivos para realização dos projetos com ênfase neste eixo também se encaixam no que denominamos urbanismo performativo. Os projetos de Extensão Projeto de extensão associados a este Programa aqui proposto que já foram aprovados e estão sendo executados são: Multitude: Cartografia da Cultura Multitudinária e Cartografias Emergentes. Em ambos estão envolvidas também disciplinas de graduação e pós-graduação com vários experimentos sendo desenvolvidos com relação ao uso de plataformas digitais colaborativas para construção de mapas georreferenciados com dados que levantam a cultura, os commons urbanos, enfim, problemas, potencialidades e ações multitudinárias nas metrópoles. As disciplinas são: UNI009_Cartografias Emergentes, que é aberta para toda a universidade, a disciplina ARQ 033 – Projeto Integrado do Design que utilizou de metodologias criadas a partir da extensão para mapear o Bairro de Santa Tereza e levantar seus problemas e potencialidades para que os alunos possam dar soluções coletivas para o bairro. 2) O Eixo de baixa tecnologia possui projetos que trabalham principalmente artesanias acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços. O projeto Artesanias do Comum pretende montar 3 laboratórios de confecção artesanal no Espaço Comum Luiz Estrela, que é uma ocupação cultural que conseguiu concessão de uso durante 20 anos. Pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.

Objetivos gerais


Os objetivos dos projetos envolvidos neste programa são produzir tecnologia social reaplicável seja através do uso de alta ou baixa tecnologia. Pretende-se construir um programa a partir de projetos que já estão sendo conduzidos e todos em relação direta com temas urbanos, políticos e sociais atuais. Os projetos pretendem produzir dispositivos de alta e baixa tecnologia como formas de potencializar as ações das comunidades em estado de vulnerabilidade social nas lutas contra hegemônicas.

Objetivos específicos

1. Produção de conhecimento desierarquizado e de instrumentos e dispositivos para ações de resistência ao capitalismo neoliberal que se estende sobre todo o espaço urbano expropriando o comum; 2. Confecção de mapas que envolvem objetivos políticos estratégicos: a) dar visibilidade aos conflitos socioambientais; b) ser instrumento de pressão e denúncia; d) ter um caráter educativo gerando conhecimento e tecnologias sociais através da organização e mobilização; f) contribuir no planejamento das ações que envolvem os movimentos sociais, indicando caminhos estratégicos e parcerias; 3. Confecção de artesanias e de arquitetura tática que possa: g) auxiliar na autogestão dos espaços de produção do comum como os ocupas, as vilas e favelas os espaços culturais, as hortas urbanas, produzindo mobiliário, artesanato, arquitetura de auto -construção; etc; 4. Produção de eventos que envolvam a universidade (ensino, pesquisa e extensão) de maneira indissociada. 5. Produção de livros, revistas e material gráfico contendo artigos e manuais de faça-você-mesmo.

Metodologia


As metodologias desenvolvidas em cada projeto deste programa terão suas estratégias voltadas para as necessidades do projeto naquele momento. Mas de maneira geral todo o processo de produção do conhecimento e de construção das ações deverão conter as noções básicas da tecnologia social. No caso dos projetos envolvendo as cartografias (Cartografias Emergentes e Multitude), que para nós é uma metodologia de pesquisa e ação, pretende-se: documentar, clarear e sintetizar informações, revelar relações, expandir o significado dos dados. Fazer um mapa implica sintetizar e confinar situações complexas e em constante movimento em uma espécie de diagrama. Apresentar a complexidade política e econômica do cotidiano em um plano bidimensional não só remete a questões sociais, mas também à representação geográfica que possuam o espaço físico e territorial como lugar onde a vida se dá. Portanto as ações serão registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade terá como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Alem disto pretende-se através da realização de eventos criar parcerias e conexões com pessoas que possuem a mesma linha de trabalho. No caso dos projetos envolvendo as artesanias, pretende-se criar oficinas de capacitação em artesanato e design aproveitando a nossa vasta experiência em coordenação de projetos como o ASAS – Artesanato Solidário no Aglomerado da Serra (http://projetoasas.org/blog/category/aglomeradas/) e o DESEJACA – Desenvolvimento Sustentável e Empreendedorismo Social no Jardim Canada (http://programadesejaca.wordpress.com). A idéia é produzir artesanias e construir técnicas que possam ser reaplicadas através de manuais e cartilhas que serão disponibilizados para que todos e qualquer um possa criar os produtos através da informação. Toda a produção deste programa deve ter uma noção clara de Copyleft e ativar processos de empoderamento social e autonomia de grupos sociais. As oficinas e laboratórios serão nômades e deverão ter infra-estrutura nômade para atuar em diversas comunidades.