http://wiki.indisciplinar.com/api.php?action=feedcontributions&user=NaturezaPolitica&feedformat=atomIndisciplinar - Contribuições do(a) usuário(a) [pt-br]2024-03-29T07:58:31ZContribuições do(a) usuário(a)MediaWiki 1.31.0http://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Plataforma_Urbanismo_Biopol%C3%ADtico&diff=3052Plataforma Urbanismo Biopolítico2019-05-02T18:32:09Z<p>NaturezaPolitica: Página substituída por 'http://blog.indisciplinar.com/frentesdeacao/extensao-2/plataforma-urbanismo-biopolitico/'</p>
<hr />
<div>http://blog.indisciplinar.com/frentesdeacao/extensao-2/plataforma-urbanismo-biopolitico/</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Plataforma_Urbanismo_Biopol%C3%ADtico&diff=3051Plataforma Urbanismo Biopolítico2019-05-02T18:29:39Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Plataforma Urbanismo Biopolítico<br />
<br />
<big>'''Apresentação<br />
'''</big><br />
Este é um projeto vinculado ao Programa Extensionista IndLab – laboratório nômade do comum, que surge a partir das ações realizadas dentro do projeto extensionista Cartografias Emergentes. As ações do Projeto Plataforma Urbanismo Biopolítico se desdobraram em 4 frentes de investigação do Grupo de Pesquisa Indisciplinar e vem sendo realizado em rede com movimentos sociais e outros grupos de pesquisa que têm investigado e atuado na tentativa de produzir informação e dispositivos de ação relativos às lutas urbanas envolvendo a produção do espaço em Belo Horizonte: Zona Cultural, Nova BH/OUC ACLO, PBH Ativos e Operação Urbana Isidoro.<br />
<br />
O Indisciplinar vem atuando em rede junto a movimentos sociais e outros grupos de investigação que resistem aos avanços do urbanismo neoliberal na forma de PPPs – Parcerias Públicos-Privadas – associadas a grande projetos urbanos. Propõe-se desvendar a perversidade dos instrumentos utilizados pelo Estado-capital para a financeriziação do espaço urbano, cartografando os atores públicos, privados e cidadãos, e os múltiplos interesses em jogo no campo de disputa pelo território. O projeto, portanto, se insere num contexto em que a produção do espaço urbano tem se tornado, cada vez mais, um ponto nevrálgico: subsidiando a acumulação crescente do capital, ao mesmo tempo em que abriga inúmeras resistências a esse avanço.<br />
<br />
Belo Horizonte – que não escapa a tal dinâmica neoliberal –, aponta para uma aproximação simbiótica entre o público e o privado, mas com um claro desequilíbrio: o público securitiza os ganhos do privado. A plataforma de investigação proposta pretende cartografar o que chamamos de Urbanismo Biopolítico, rastreando o conjunto de forças que constituem tais disputas nas metrópoles contemporâneas – envolvendo tanto o Urbanismo Neoliberal (do Estado-capital) quanto o Urbanismo Biopotente (das resistências positivas e cidadãs, que agrega inteligência coletiva em processos colaborativos e se organiza de maneira mais horizontal). A cartografia, como método de investigação e ação, utiliza ferramentas de mapeamento territorial envolvidas com ações cotidianas junto a atores das resistências biopotentes, assim como uma atuação técnica e política no ponto cego das lutas – entre as resistências locais e o poder público que detém as informações complexas (territoriais, jurídicas, econômicas) da macropolítica das questões urbanas.<br />
<br />
São objetivos gerais deste projeto: cartografar a economia política dos projetos urbanos neoliberais; produzir material gráfico, informação e análise para subsidiar a produção cientifica e denúncias a órgãos de fiscalização e controle de forma impedir a efetivação de projetos contrários à justiça espacial, (quando possível, propondo estratégias de melhoria e adequações); fomentar resistências com forte estratégia de comunicação e tradução gráfica na forma de blogs, wikis e ferramentas de mapeamento coletivo; ampliar a cartografia das ações biopotentes que apontam novos caminhos para construção de políticas públicas e programas de Estado voltados a uma cidade mais justa e menos excludente; produzir tecnologia social através de informação/ conhecimento reaplicável; desenvolver e aperfeiçoar a plataforma cartográfica atual de trabalho do grupo de pesquisa e esboçar protótipo de ferramenta de mapeamento que sobreponha as utilizadas atualmente, podendo servir de base para outros grupos atuarem coletivamente e colaborativamente no processo de produção de informação.<br />
<br />
Os modos de cartografar envolvendo tecnopolíticas e tecnologia social são fundamentais para legitimar as ações que fazem fronteira com o ativismo urbano em defesa dos bens comuns, destacando-se: o desenvolvimento de pesquisas teóricas e conceituais; a participação em reuniões e atos junto aos movimentos sociais, culturais e ambientais; a participação em atividades políticas como audiências públicas e reuniões de conselhos municipais e estaduais; a organização tecnopolítica dos movimentos parceiros realizando colaborativamente e em rede fanpages, blogs, cartilhas, flyers, documentários, infográficos, revistas, livros jornais; a produção e participação em eventos artísticos, políticos e culturais; representações em Ministério Público; representação política em Conselhos Municipais; a produção de cartografias e mapas colaborativos; a formação de rede entre grupos de pesquisa e também entre movimentos sociais; aulas públicas; seminários, workshops e outros eventos acadêmicos abertos; pesquisas de graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado); artigos científicos em revistas indexadas. O projeto envolve a cartografia de campos de luta territorial em Belo Horizonte, contemplando as seguintes frentes de atuação e objetivos específicos para cada uma delas: OUC-ACLO (Operação Urbana Consorciada ACLO); PBH ATIVOS (empresa recém criada, público-privada); ZONA CULTURAL (região central de Belo Horizonte); OU ISIDORO – OPERAÇÃO URBANA ISIDORO; PLATAFORMA TECNOPOLÍTICA DE INVESTIGAÇÃO URBANA (plataforma online para receber os dados das cartografias).<br />
<br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
<br />
A proposta nesse projeto é robustecer a análise qualitativa sobre a economia política da OUC, os atores envolvidos, engenharia de financiamento, custos públicos, discursos e instrumentos urbanísticos envolvidos para produção de estudos técnicos, material gráfico e mapeamento que permita, além da mobilização social e denúncia de possíveis irregularidades, a comparação desse GPU com outros que estão sendo mapeados pelos parceiros do Labcidade e IPPUR.<br />
<br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
<br />
Definição preliminar dos critérios a partir dos quais serão construídos (a) banco de dados e análise da OUC-ACLO e (b) cartografia do empreendimento, com base nos parâmetros elaborados no questionário de mapeamento do Indisciplinar referente aos projetos do urbanismo neoliberal, constante da Plataforma do Urbanismo Biopolítico.<br />
<br />
'''Metodologia<br />
'''<br />
No que diz respeito ao método trabalho, entendemos por cartografia o processo de investigação que substitui o método científico positivista (que pressupõem a separação entre pesquisador e seu objeto de pesquisa) permitindo que os investigadores e atores do grupo de pesquisa possam se envolver politicamente com as lutas territoriais em defesa de uma cidade mais justa. Nesse sentido, o método cartográfico hibrida sujeito investigador com atores advindos dos movimentos sociais e outros parceiros, evitando a separação entre sujeito que investiga e objeto investigado. A cartografia não utiliza somente as ferramentas de mapeamento territorial para realizar seu trabalho cartográfico, mas envolve também outras ações cotidianas junto aos movimentos e atores das resistências biopotentes, atuando justamente no ponto cego das lutas, entre as resistências locais e o poder público que detém informações complexas, e assim, o grupo de investigadores ativistas desvenda e traduz de diversas formas as perversidades do jogo de produção de espaço neoliberal que estão inseridas na macropolítica das questões urbanas, principalmente quando se trata de grandes projetos envolvendo parcerias público-privadas, nos quais governos e grandes investidores envolvidos – principalmente empreiteiras e bancos – agem a partir de uma lógica privada, orientada para a acumulação de capital e, muitas vezes, de forma irregular.<br />
<br />
'''Equipe'''<br />
<br />
'''Coordenação geral''': Natacha Rena<br />
<br/><br />
<br />
'''Coordenação executiva''': Júlia Franzoni<br />
<br/><br />
<br />
'''Coordenação financeira''': Arlete Soares<br />
<br/><br />
<br />
'''Pesquisadores e profesores de referência:''' Bernardo Neves/ Joviano Mayer/ Janaína Marx/ Karine Gonçalves/ Brenda Gonçalves/ Thiago Canettieri/ Daniel Medeiros/ Lucca Mezzacappa/ Felipe Soares/ Natacha Rena/ Marília Pimenta/ Júlia Franzoni/ Marcela Brandão/ Daniela Farias/ Christian/ Ana Isabel de Sá/ Mari Bubantz/ Fernanda Dusse/ Natália Alves/ André Victor/ Fernanda Quintão</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mapeando_o_Comum&diff=3050Mapeando o Comum2019-05-02T18:21:34Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>'''<big>Mapeando o Comum</big>'''<br />
<br/><br />
<big>'''Apresentação'''</big><br />
<br/><br />
<br />
Este projeto visa promover encontros, debates, reflexão, exposição e produção de obras artísticas, tendo como ponto de confluência o embate com o termo Multidão. Teve início no projeto Multitude que foi um acontecimento de arte contemporânea formado por encontros, debates, exposição, performances, apresentações cênicas e produção crítica, tendo como ponto de confluência o embate com o termo multidão. Partimos da observação de que nos últimos anos vêm surgindo uma série de obras e projetos que se relacionam com a ideia de multidão em vários aspectos, de forma mais conceitual ou como reflexo de um contexto específico. O projeto reuniu algumas dessas obras artísticas em torno de um recorte temático, pautado pela discussão do termo nos campos filosóficos, sociológicos e políticos, propondo incorporar práticas multitudinárias para a condução dos eventos, em uma abordagem tanto de forma quanto de conteúdo. Dentro deste projeto, iniciamos um trabalho com outro projeto internacional denominado Mapping the commons ou Mapeando o comum coordenado pelo arquiteto espanhol Pablo de Soto. Junto do arquiteto e pesquisador já realizamos alguns workshops mapeando o comum nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Ele faz parte de uma série de projetos que compõem as ações do Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Neste grupo, uma das linhas de pesquisa é “Cultura e Território: A cultura e seus diversos campos teóricos relacionando cultura e natureza, cultura e civilização, cultura erudita e cultura popular, a lógica cultural do capitalismo tardio, cultura na era do capitalismo cognitivo, cultura e mercado, cidades criativas, cultura e território, cultura e resistência positiva, cultura e biopolítica, ativismo cultural, artes e artesanias, tecnologia social, criação e resistência” e possui alguns projetos de pesquisa e extensão aprovados com bolsistas do Proex e do Prpq vinculados a esta pesquisa. Também aprovamos e estamos desenvolvendo uma pesquisa CNPQ/ MINC denominado “Cartografias Emergentes: a distribuição territorial da produção cultural em Belo Horizonte” e uma das etapas deste projeto é o desenvolvimentos do Mapeamento do Comum em Belo Horizonte e em São Paulo. O Mapeando o comum em BH aconteceu em partes em dois eventos, tanto no VAC 2013 dentro do projeto Cartografias Biopotentes, quanto no Cartografias do Comum que foi realizado junto do Espaço Tim do Conhecimento e além de mostra, exposição, tivemos um seminário Internacional denominado Multiplicidades.<br />
<br/><br />
<br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
<br />
Desenvolver um projeto acadêmico e de investigação conceitual, teórica e prática tendo como ponto de confluência o embate com o termo Multidão. A idéia deste projeto é envolver a sociedade como um todo para ampliar a produção do conhecimento sobre o comum urbano e as práticas artísticas que potencialização a geração de zonas autônomas temporárias e espaços autogestionados, processos de urbanismo performativo, urbanismo tático, estratégicas que adotem o sistema peer-to-peer como princípio fundamental.<br />
<br/><br />
<br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
<br />
Promover encontros e debates, reflexão, exposição, livros, artigos científicos; seminários e palestras; produção de obras artísticas e culturais envolvendo tecnologias e suportes múltiplos. Desenvolver glossários e textos teóricos e gerar material acadêmico envolvendo as pesquisas do Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Ampliar as ações do grupo de pesquisa para outras metrópoles brasileiras e iberoamericanas agregando novos pesquisadores e novos processos de cartografia.<br />
<br/><br />
<br />
'''Metodologia'''<br />
<br />
A metodologia do projeto é diversificada porque cada ação (Exposição, seminário, mapeamento e cartografia coletiva, palestras, artigos, escrita de livros) terá um conjunto de estratégia que irá depender do momento e dos atores envolvidos. Oficinas e workshops para capacitar alguns integrantes do processo de Mapeamento do Comum nas cidades envolvidas (que no primeiro semestre de 2014 foi São Paulo) aconteceu de forma condensada em uma semana de imersão. Todo o processo envolve produção de artigos e textos a serem publicados em revistas nacionais e internacionais.<br />
<br/><br />
<br />
'''Equipe'''<br />
'''Coordenação:''' Natacha Silva Araújo Rena<br />
<br />
'''Co-coordenação:''' Junia Ferrari, Pablo de Soto, Ana Isabel de Sá, Paula Bruzzi.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mapeando_o_Comum&diff=3049Mapeando o Comum2019-05-02T18:20:54Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>'''<big>Mapeando o Comum</big>'''<br />
<br/><br />
<big>'''Apresentação'''</big><br />
<br/><br />
Este projeto visa promover encontros, debates, reflexão, exposição e produção de obras artísticas, tendo como ponto de confluência o embate com o termo Multidão. Teve início no projeto Multitude que foi um acontecimento de arte contemporânea formado por encontros, debates, exposição, performances, apresentações cênicas e produção crítica, tendo como ponto de confluência o embate com o termo multidão. Partimos da observação de que nos últimos anos vêm surgindo uma série de obras e projetos que se relacionam com a ideia de multidão em vários aspectos, de forma mais conceitual ou como reflexo de um contexto específico. O projeto reuniu algumas dessas obras artísticas em torno de um recorte temático, pautado pela discussão do termo nos campos filosóficos, sociológicos e políticos, propondo incorporar práticas multitudinárias para a condução dos eventos, em uma abordagem tanto de forma quanto de conteúdo. Dentro deste projeto, iniciamos um trabalho com outro projeto internacional denominado Mapping the commons ou Mapeando o comum coordenado pelo arquiteto espanhol Pablo de Soto. Junto do arquiteto e pesquisador já realizamos alguns workshops mapeando o comum nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Ele faz parte de uma série de projetos que compõem as ações do Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Neste grupo, uma das linhas de pesquisa é “Cultura e Território: A cultura e seus diversos campos teóricos relacionando cultura e natureza, cultura e civilização, cultura erudita e cultura popular, a lógica cultural do capitalismo tardio, cultura na era do capitalismo cognitivo, cultura e mercado, cidades criativas, cultura e território, cultura e resistência positiva, cultura e biopolítica, ativismo cultural, artes e artesanias, tecnologia social, criação e resistência” e possui alguns projetos de pesquisa e extensão aprovados com bolsistas do Proex e do Prpq vinculados a esta pesquisa. Também aprovamos e estamos desenvolvendo uma pesquisa CNPQ/ MINC denominado “Cartografias Emergentes: a distribuição territorial da produção cultural em Belo Horizonte” e uma das etapas deste projeto é o desenvolvimentos do Mapeamento do Comum em Belo Horizonte e em São Paulo. O Mapeando o comum em BH aconteceu em partes em dois eventos, tanto no VAC 2013 dentro do projeto Cartografias Biopotentes, quanto no Cartografias do Comum que foi realizado junto do Espaço Tim do Conhecimento e além de mostra, exposição, tivemos um seminário Internacional denominado Multiplicidades.<br />
<br/><br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
Desenvolver um projeto acadêmico e de investigação conceitual, teórica e prática tendo como ponto de confluência o embate com o termo Multidão. A idéia deste projeto é envolver a sociedade como um todo para ampliar a produção do conhecimento sobre o comum urbano e as práticas artísticas que potencialização a geração de zonas autônomas temporárias e espaços autogestionados, processos de urbanismo performativo, urbanismo tático, estratégicas que adotem o sistema peer-to-peer como princípio fundamental.<br />
<br/><br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
Promover encontros e debates, reflexão, exposição, livros, artigos científicos; seminários e palestras; produção de obras artísticas e culturais envolvendo tecnologias e suportes múltiplos. Desenvolver glossários e textos teóricos e gerar material acadêmico envolvendo as pesquisas do Grupo de Pesquisa Indisciplinar. Ampliar as ações do grupo de pesquisa para outras metrópoles brasileiras e iberoamericanas agregando novos pesquisadores e novos processos de cartografia.<br />
<br/><br />
'''Metodologia'''<br />
A metodologia do projeto é diversificada porque cada ação (Exposição, seminário, mapeamento e cartografia coletiva, palestras, artigos, escrita de livros) terá um conjunto de estratégia que irá depender do momento e dos atores envolvidos. Oficinas e workshops para capacitar alguns integrantes do processo de Mapeamento do Comum nas cidades envolvidas (que no primeiro semestre de 2014 foi São Paulo) aconteceu de forma condensada em uma semana de imersão. Todo o processo envolve produção de artigos e textos a serem publicados em revistas nacionais e internacionais.<br />
<br/><br />
'''Equipe'''<br />
'''Coordenação:''' Natacha Silva Araújo Rena<br />
<br />
'''Co-coordenação:''' Junia Ferrari, Pablo de Soto, Ana Isabel de Sá, Paula Bruzzi.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Compartilhamento_e_distribui%C3%A7%C3%A3o_do_Comum&diff=3048Compartilhamento e distribuição do Comum2019-05-02T18:15:58Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div><big>'''Compartilhamento e Distribuição do Comum'''</big><br />
<br/><br />
<big>'''Apresentação'''</big><br />
<br/><br />
O compartilhamento de espaços urbanos (praças, ruas, parques, rios, nascentes, etc.), objetos (coisas, ferramentas e infraestrutura) e práticas cotidianas, entendido aqui como recursos urbanos, tem se mostrado uma alternativa necessária para instrumentalizar o planejamento urbano contemporâneo. Como consequência, imaginamos que o compartilhamento destes recursos poderia indiretamente promover uma redução do consumo, trazendo resultados positivos num equilíbrio entre demanda e consumo, conquistando sistematicamente um equilíbrio social e econômico. Grandes empresas de tecnologias de conexão como a CISCO, Siemens, IBM, etc. juntamente com a governança pública tem desenvolvido e implementado soluções eficientes e notáveis aplicadas à arquitetura e ao urbanismo. Já podemos enumerar uma série de experiências práticas e soluções já implementadas e em funcionamento em algumas cidades que tem sugerido uma nova prática de planejamento e gestão urbanos. Esta nova prática sugere uma tendência a se pensar a cidade como uma espécie de arquitetura da arquitetura, uma solução a nível de metadesign que agencia indivíduos e coisas: edifícios, infraestrutura pública, sistemas de transporte, informação, conhecimento, cultura, saberes populares, consumo, etc. conectando-os aos indivíduos numa relação sistêmica e dinâmica própria do ambiente urbano vivo. Este agenciamento é a base de uma infraestrutura leve que faz a distribuição dos recursos. Sem infraestrutura e política de distribuição de recursos, não há otimização ou até mesmo uso do que é ou pode ser compartilhado. Ao identificar esta tendência de atuação prática de grandes empresas que convergem seu conhecimento e se dispõe à apresentar “soluções para as cidades” , pretendemos nesta pesquisa nos inserir criticamente e ativamente nesta prática.<br />
<br/><br />
Do ponto de vista polítco, percebe-se que as iniciativas empresariais, indentificadas, mesmo quando vinculadas ao poder público, visam à reprodução de bens privados e a otimização de recursos em prol do aumento de lucros. Ainda que com motivações ecosustentáveis em pano de fundo, a privatização de bens comuns tal como apontado por Hardt e Negri (2009) é intensificada pelas tecnologias de conexão e revestidas de euforia tecnológica apresentadas como única saída sustentável para o futuro do planeta. Percebe-se claramente que a privatização de bens comuns é potencializada neste processo francamente reconhecido como inovador pela sociedade e assimilado sem uma postura crítica e política cidadã. Portanto, esta pesquisa assume, entende criticamente e se instrumentaliza ativamente do potencial das tecnologias de conexão para discutir numa abordagem prática e cotidiana, técnicas, metodologias e políticas de empoderamento de práticas comunitárias, coletivas e cidadãs que livremente criam o bem comum contrapondo os recorrentes processos de privatização do comum.<br />
<br/><br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
Soluções de compartilhamento e distribuição de recursos condicionadas por tecnologias de conexão. Processos formativos que possam politizá-las inserindo em práticas cotidianas em situações de demandas reais.<br />
Objetivos Específicos<br />
O compartilhamento e a distribuição é feita tendo como base a democratização e a sensibilização da informação. Em processo constante de retroalimentação/feedback, a informação é coletada, distribuída e após um processo de politização coletiva retorna para o sistema alimentando novos processos em idéias e ações coletivas. É objetivo desta ação focar em três áreas de planejamento metropolitano estratégicos:<br />
<br />
1. agricultura urbana;<br />
<br />
2. moradia/habitação de interesse social;<br />
<br />
3. lazer.<br />
<br />
Deste modo busca-se:<br />
<br />
• observar e analisar criticamente com que grau de engajamento do cidadão, consegue-se compartilhar recursos urbanos considerando limitações políticas, técnicas, econômicas e culturais;<br />
<br />
• identificar e mapear os bens comuns essenciais à vida do sistema urbano no que tange a agricultura urbana, a moradia e o lazer;<br />
<br />
• territorializar/espacializar idéias e ações coletivas na RMBH fomentando processos de discussão e laboração de políticas urbanas;<br />
<br />
• promover processos educativos junto às comunidades e movimentos sociais de capacitação para uso e domínio das tecnologias de conexão garantindo a autonomia dos indivíduos no desenvolvimento e gestão das ferramentas digitais.<br />
<br />
'''Metodologia'''<br />
Partindo de experiências já consolidadas do grupo de pesquisa Indisciplinar em mapeamentos digitais colaborativos feitos em diversos momentos e contextos, utilizaremos como material as plataformas de mapeamento colaborativo instrumentalizados pelo CrowdMap, plataforma de código livre, desenvolvido pelo USHAHIDI e o Mapa de Vista desenvolvido pelo HackLab. Os mapeamentos colaborativos serão utilizados para criar uma interface intuitiva e sensível de uma base de dados sobre o que é comum e pode ser compartilhado e distribuído na RMBH. É muito importante entender a metodologia de sensibilização de dados como uma maneira de inserir o indivíduo na informação. Quando isso ocorre, provoca-se imediatamente uma reação e consequente diálogo. Deste modo, é necessário também que junto dos mapeamentos sejam elaboradas bases que sensibilizem a informação. Estas bases podem ser por exemplo; vídeos, animações, infográficos, ensaios fotográficos, diagramas e mapas interativos. O mapeamento com a informação sensibilizada poderá se expandir para fins de comercialização alcançando processos de economia solidária e promoção de uma logística de distribuição da produção excedente criando uma conexão direta entre demanda e oferta quando envolver trabalho, a exemplo; as práticas de agricultura urbana e a prestação de serviço. Na aplicação prática das tecnologias de conexão desenvolvidas, vamos promover pequenos cursos de capacitação das comunidade e movimentos sociais para que possam utilizar da melhor forma possível os recursos de mapeamento colaborativo e de conexão digital por meio de aplicações web e aplicações móveis em telefones celulares. Deste modo, pretende-se que as comunidades sejam autônomas tanto no processo de uso quanto na gestão das ferramentas. Em um segundo momento, como desdobramento deste projeto, deslumbra-se a distribuição de equipamentos e recursos de comunicação digital nas comunidades e movimentos sociais tendo como foco a juventude que poderá se capacitar em programação e design de ferramentas.<br />
<br />
Em resumo, esta pesquisa tem como material base:<br />
<br />
• mapas colaborativos em plataforma web;<br />
<br />
• mapas colaborativos integrados a plataforma web por meio de aplicações móveis para Android e iOS;<br />
<br />
• vídeos e animações; • infográficos e diagramas;<br />
<br />
• ensaios fotográficos.<br />
<br />
Este material será utilizado nos seguintes processos:<br />
<br />
• conexão de indivíduos, grupos, comunidades e movimentos sociais entorna das práticas de agricultura urbana da RMBH em oficinas de capacitação em conexão digital;<br />
<br />
• sensibilizar o grupo de produtores quanto a dimensão do movimento metropolitano e possibilidades de geração de renda por meio de processos de economia solidária;<br />
<br />
• intensificar e potencializar as trocas de experiências, mudas, sementes e técnicas;<br />
<br />
• conectar o produtor com o consumidor de modo autônomo e solidário.<br />
<br />
'''Equipe'''<br />
'''Coordenação:''' Marcelo Maia<br />
<br />
'''Co-coordenação:''' Junia Ferrari /Natacha Rena / Ana Isabel de Sá<br />
<br />
'''Pesquisa:''' Lucca Mezzacappa / Mariana Bubantz</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_Emergentes&diff=3047Cartografias Emergentes2019-05-02T18:08:48Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div><big>Cartografias Emergentes</big><br />
<br/><br />
<big>'''Apresentação'''</big><br />
<br/><br />
Este projeto de extensão vinculado ao '''Programa Ind.Lab – Laboratório Nômade do Comum''' é parte também das ações do Grupo de Pesquisa '''Indisciplinar''' e busca investigar atuando em rede com diversos movimentos sociais que disputam territórios com o Estado-capital. Utiliza-se o método cartográfico que envolve uma série de dispositivos tecnopolíticos ampliando a investigação urbana em diversas direções incorporando investigadores de diversas áreas para atuar em processos que envolvem fortemente o direito e a comunicação. Para além da atuação de mobilização social-política-técnica-jurídica envolvendo o urbanismo neoliberal, diversos modos de fazer extensão e pesquisa com intenção de produzir tecnologia social vêm sendo fundamentais para a atuação da universidade em defesa dos bens comuns. As frentes de ação do grupo de pesquisa e no programa de extensão, aos quais este projeto se vincula, são desenvolvidas através de: pesquisas teóricas e conceituais; participação em reuniões e atos junto aos movimentos sociais, culturais e ambientais; participação em atividades políticas como audiências públicas e reuniões de conselhos municipais e estaduais; organização tecnopolítica dos movimentos parceiros realizando colaborativamente e em rede fanpages, blogs, cartilhas, flyers, documentários, infográficos, revistas, livros jornais; produção e participação em eventos artísticos, políticos e culturais como o [https://2019.veraoarte.com.br/ VAC], [https://www.eletronika.com.br/#!cidade/c1wjc Festival Eletronika ], dentre outros; representações em Ministério Público; representação em Conselho Municipal; produção de cartografias e mapas colaborativos; formação de rede entre grupos de pesquisa e também entre movimentos sociais; aulas públicas; seminários, workshops e outros eventos acadêmicos abertos; pesquisas de graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado); artigos científicos em revistas indexadas e também edita uma revista Indexada denominada Indisciplinar. Atualmente o grupo desenvolve parcerias com diversos grupos e instituições de pesquisa, dentre eles: o '''LabCidade da USP''', o '''Ettern – UFRJ''', o '''Labic – UFES''', o '''MediaLab UFRJ''', o '''CSIC – Consejo Superior de Investigación Cientifica de Madrid''' e o '''FabLab Sevila – Universidad de Sevilla'''.<br />
<br />
Neste projeto, iremos ainda desenvolver parceria com o IPPUR – UFRJ. Já foram, e muitos ainda são, as disputas territoriais envolvidas nas cartografias deste projeto envolvendo lutas territoriais em Belo Horizonte como: Fica Ficus, Parque Jardim América, Resiste Izidora, Corredor Cultural/ Zona Cultural, Operação Urbana Nova BH/ ACLO, Vila Dias, dentre outras. Muitas destas frentes de ação são definidas pelo envolvimento de alunos e professores na rede destas lutas multitudinárias e se desdobram (agora em 2016) em novos projetos vinculados ao Programa IndLab como os dois projetos: BH S/A e Natureza Urbana. Ao mesmo tempo, serão incorporados no projeto Cartografias Emergentes (que é uma espécie de incubadora dos projetos do programa Ind.Lab): Cartografia do Feminismo Negro Periférico e também Cartografia do Rio Doce entre Minas e Espírito Santo. Também continuam vinculadas ao Projeto cartografias Emergentes o trabalho envolvendo a Zona Cultural, já que participamos do Conselho Consultivo da Zona Cultural como conselheiros e atuamos junto aos movimentos sociais trabalhando uma ponte entre as ruas e o Estado, elaborando ações de caráter tecnopolítico ao incorporar ao processo um conhecimento técnico urbanístico.<br />
<br />
<big>'''Objetivos Gerais'''</big><br />
<br />
Pensar e atuar na cidade a partir do método cartográfico é o objetivo. Pressupõem-se agir ao investigar, construir mundos. Os principais territórios cartografados neste projeto são os espaços urbanos em vulnerabilidade social e segregação espacial desenvolvendo processos de trabalho que cruzam teoria e prática, assim como constituem processos de investigação ativa e participativa constituindo redes de resistências junto aos movimentos sociais nos campos das disputa pelo território urbano.<br />
<br />
<big>'''Objetivos Específicos'''</big><br />
<br />
A metodologia participativa engendrada pelo método cartográfico gera um aprendizado que potencializa a percepção espacial associada à experiência militante. Quando se tem presente no mapa um conjunto de fatores, os envolvidos na produção estão aprendendo e multiplicando novas formas de pensar para fazer pensando o/com o espaço.<br />
<br />
<big>'''Metodologia'''</big><br />
<br />
O Projeto de Extensão Cartografias Emergentes foi elaborado à partir de uma série de demandas ao Grupo de Pesquisa Indisciplinar para que seus pesquisadores apoiassem o desenvolvimento de estratégias de comunicação que dessem visibilidade às lutas por direitos urbanos. Em geral são demandas que tratam de produção de informação sobre legislação urbana, relações espaciais envolvendo o público e o privado, o direito à habitação, o direito à cidade, ao uso do espaço público e à função social da propriedade. Acredita-se ser possível utilizar o método cartográfico através da produção de cartografias emergentes enquanto ação de investigação engajada, ou seja, enquanto copesquisa militante que não separa teoria da prática e agencia atravessamentos de múltiplas ordens possuindo uma tendência política na qual a produção de conhecimento e o ativismo se sobrepõem. Observa-se que a origem da proposta de utilização da cartografia enquanto método de copesquisa, passa pelo conceito de cartografia em Deleuze e Guattari (1995) que é um dos princípios do conceito de rizoma, em oposição à decalcomania. Nos processos cartográficos predominam insurgências em planos de imanência, potências em fluxo que se encontram, conectando mundos e modos de vida. Entende-se aqui a cartografia não somente como método da geografia clássica territorial, mas como tática micropolítica cotidiana composta pela ação política; um fazer insurgente, dinâmico, sempre processual e criativo. Acredita-se, portanto, que o método cartográfico possa contribuir para a configuração de processos constituintes, nos quais possamos vislumbrar maneiras de mapear, de registrar e de criar novas realidades, de forma colaborativa. Unindo o método da copesquisa com o método cartográfico, acredita-se na realização de uma copesquisa cartográfica fazendo aflorar as diferenças, os antagonismos, as singularidades, os híbridos, as complexidades e o que escapa ao modo capitalista de subjetivação e de produção espacial. É possível imaginar também a cartografia para além de ser um método de investigação que envolve uma experiência cotidiana, dissolvendo as relações entre micro e macropolítica e existindo como um dispositivo que compõe as metodologias e as estratégias como maquinação e agenciamento de ações de copesquisa cartográfica. Artigos, textos, manifestos e declarações, conceitos e teorias surgem ao longo do trabalho e não possuem um tempo exato dentro da copesquisa. O método de ação do projeto em conjunto com os movimentos parte sempre da participação do nosso grupo nas dinâmicas políticas, sociais e espaciais vigentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte e de como as forças se articulam. Ao longo dos últimos 4 anos muitas ações extensionistas foram realizadas junto a movimentos ambientais e sociais em Belo Horizonte e envolviam apoio tecnopolítico como a construção de fanpages, mapas georreferenciados. O foco de toda metodologia é a produção de plataformas tecnopolíticas que conectem as redes e as ruas.<br />
<br />
<big>'''Equipe'''</big><br />
'''Coordenação:''' Natacha Silva Araújo Rena<br />
<br />
'''Co-coordenação:''' Marcela Silviano Brandão / Natália Alves da Silva / Bernardo Neves? Paula Guimarães / Júlia Ávila Franzoni</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_Emergentes&diff=3046Cartografias Emergentes2019-05-02T18:06:11Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div><big>Cartografias Emergentes</big><br />
<big>'''Apresentação'''</big><br />
Este projeto de extensão vinculado ao '''Programa Ind.Lab – Laboratório Nômade do Comum''' é parte também das ações do Grupo de Pesquisa '''Indisciplinar''' e busca investigar atuando em rede com diversos movimentos sociais que disputam territórios com o Estado-capital. Utiliza-se o método cartográfico que envolve uma série de dispositivos tecnopolíticos ampliando a investigação urbana em diversas direções incorporando investigadores de diversas áreas para atuar em processos que envolvem fortemente o direito e a comunicação. Para além da atuação de mobilização social-política-técnica-jurídica envolvendo o urbanismo neoliberal, diversos modos de fazer extensão e pesquisa com intenção de produzir tecnologia social vêm sendo fundamentais para a atuação da universidade em defesa dos bens comuns. As frentes de ação do grupo de pesquisa e no programa de extensão, aos quais este projeto se vincula, são desenvolvidas através de: pesquisas teóricas e conceituais; participação em reuniões e atos junto aos movimentos sociais, culturais e ambientais; participação em atividades políticas como audiências públicas e reuniões de conselhos municipais e estaduais; organização tecnopolítica dos movimentos parceiros realizando colaborativamente e em rede fanpages, blogs, cartilhas, flyers, documentários, infográficos, revistas, livros jornais; produção e participação em eventos artísticos, políticos e culturais como o [https://2019.veraoarte.com.br/ VAC], [https://www.eletronika.com.br/#!cidade/c1wjc Festival Eletronika ], dentre outros; representações em Ministério Público; representação em Conselho Municipal; produção de cartografias e mapas colaborativos; formação de rede entre grupos de pesquisa e também entre movimentos sociais; aulas públicas; seminários, workshops e outros eventos acadêmicos abertos; pesquisas de graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado); artigos científicos em revistas indexadas e também edita uma revista Indexada denominada Indisciplinar. Atualmente o grupo desenvolve parcerias com diversos grupos e instituições de pesquisa, dentre eles: o '''LabCidade da USP''', o '''Ettern – UFRJ''', o '''Labic – UFES''', o '''MediaLab UFRJ''', o '''CSIC – Consejo Superior de Investigación Cientifica de Madrid''' e o '''FabLab Sevila – Universidad de Sevilla'''.<br />
<br />
Neste projeto, iremos ainda desenvolver parceria com o IPPUR – UFRJ. Já foram, e muitos ainda são, as disputas territoriais envolvidas nas cartografias deste projeto envolvendo lutas territoriais em Belo Horizonte como: Fica Ficus, Parque Jardim América, Resiste Izidora, Corredor Cultural/ Zona Cultural, Operação Urbana Nova BH/ ACLO, Vila Dias, dentre outras. Muitas destas frentes de ação são definidas pelo envolvimento de alunos e professores na rede destas lutas multitudinárias e se desdobram (agora em 2016) em novos projetos vinculados ao Programa IndLab como os dois projetos: BH S/A e Natureza Urbana. Ao mesmo tempo, serão incorporados no projeto Cartografias Emergentes (que é uma espécie de incubadora dos projetos do programa Ind.Lab): Cartografia do Feminismo Negro Periférico e também Cartografia do Rio Doce entre Minas e Espírito Santo. Também continuam vinculadas ao Projeto cartografias Emergentes o trabalho envolvendo a Zona Cultural, já que participamos do Conselho Consultivo da Zona Cultural como conselheiros e atuamos junto aos movimentos sociais trabalhando uma ponte entre as ruas e o Estado, elaborando ações de caráter tecnopolítico ao incorporar ao processo um conhecimento técnico urbanístico.<br />
<br />
<big>'''Objetivos Gerais'''</big><br />
<br />
Pensar e atuar na cidade a partir do método cartográfico é o objetivo. Pressupõem-se agir ao investigar, construir mundos. Os principais territórios cartografados neste projeto são os espaços urbanos em vulnerabilidade social e segregação espacial desenvolvendo processos de trabalho que cruzam teoria e prática, assim como constituem processos de investigação ativa e participativa constituindo redes de resistências junto aos movimentos sociais nos campos das disputa pelo território urbano.<br />
<br />
<big>'''Objetivos Específicos'''</big><br />
<br />
A metodologia participativa engendrada pelo método cartográfico gera um aprendizado que potencializa a percepção espacial associada à experiência militante. Quando se tem presente no mapa um conjunto de fatores, os envolvidos na produção estão aprendendo e multiplicando novas formas de pensar para fazer pensando o/com o espaço.<br />
<br />
<big>'''Metodologia'''</big><br />
<br />
O Projeto de Extensão Cartografias Emergentes foi elaborado à partir de uma série de demandas ao Grupo de Pesquisa Indisciplinar para que seus pesquisadores apoiassem o desenvolvimento de estratégias de comunicação que dessem visibilidade às lutas por direitos urbanos. Em geral são demandas que tratam de produção de informação sobre legislação urbana, relações espaciais envolvendo o público e o privado, o direito à habitação, o direito à cidade, ao uso do espaço público e à função social da propriedade. Acredita-se ser possível utilizar o método cartográfico através da produção de cartografias emergentes enquanto ação de investigação engajada, ou seja, enquanto copesquisa militante que não separa teoria da prática e agencia atravessamentos de múltiplas ordens possuindo uma tendência política na qual a produção de conhecimento e o ativismo se sobrepõem. Observa-se que a origem da proposta de utilização da cartografia enquanto método de copesquisa, passa pelo conceito de cartografia em Deleuze e Guattari (1995) que é um dos princípios do conceito de rizoma, em oposição à decalcomania. Nos processos cartográficos predominam insurgências em planos de imanência, potências em fluxo que se encontram, conectando mundos e modos de vida. Entende-se aqui a cartografia não somente como método da geografia clássica territorial, mas como tática micropolítica cotidiana composta pela ação política; um fazer insurgente, dinâmico, sempre processual e criativo. Acredita-se, portanto, que o método cartográfico possa contribuir para a configuração de processos constituintes, nos quais possamos vislumbrar maneiras de mapear, de registrar e de criar novas realidades, de forma colaborativa. Unindo o método da copesquisa com o método cartográfico, acredita-se na realização de uma copesquisa cartográfica fazendo aflorar as diferenças, os antagonismos, as singularidades, os híbridos, as complexidades e o que escapa ao modo capitalista de subjetivação e de produção espacial. É possível imaginar também a cartografia para além de ser um método de investigação que envolve uma experiência cotidiana, dissolvendo as relações entre micro e macropolítica e existindo como um dispositivo que compõe as metodologias e as estratégias como maquinação e agenciamento de ações de copesquisa cartográfica. Artigos, textos, manifestos e declarações, conceitos e teorias surgem ao longo do trabalho e não possuem um tempo exato dentro da copesquisa. O método de ação do projeto em conjunto com os movimentos parte sempre da participação do nosso grupo nas dinâmicas políticas, sociais e espaciais vigentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte e de como as forças se articulam. Ao longo dos últimos 4 anos muitas ações extensionistas foram realizadas junto a movimentos ambientais e sociais em Belo Horizonte e envolviam apoio tecnopolítico como a construção de fanpages, mapas georreferenciados. O foco de toda metodologia é a produção de plataformas tecnopolíticas que conectem as redes e as ruas.<br />
<br />
<big>'''Equipe'''</big><br />
'''Coordenação:''' Natacha Silva Araújo Rena<br />
<br />
'''Co-coordenação:''' Marcela Silviano Brandão / Natália Alves da Silva / Bernardo Neves? Paula Guimarães / Júlia Ávila Franzoni</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_emergentes_da_cultura_em_BH&diff=3045Cartografias emergentes da cultura em BH2019-05-02T17:56:11Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Cartografias emergentes da cultura.png|miniaturadaimagem|cartografias emergentes da cultura ]]<br />
O projeto [https://culturabh.crowdmap.com/ Cartografias Emergentes: a distribuição territorial da produção cultural em Belo Horizonte], desenvolvido pelo grupo INDISCIPLINAR (Escola de Arquitetura e Design da UFMG) e financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa), MinC (Ministério da Cultura), e SEC (Secretaria de Economia Criativa) inclui, além de um processo intenso de pesquisas envolvendo cultura em suas diversas possibilidades, trabalhos desenvolvidos junto aos alunos da disciplina UNI 009 Cartografias Emergentes II, na Escola de Arquitetura, durante o segundo semestre de 2014. É uma pesquisa com sede na Escola de Arquitetura e Design da UFMG que tem como objetivo cartografar equipamentos e eventos culturais no território de Belo Horizonte, criando um mapeamento abrangente que contemple um leque amplo de iniciativas e que inclua, para além dos equipamentos oficiais, práticas auto-organizadas, efêmeras ou de escala local. Tomando a cartografia como processo de criação coletiva que incorpora os atores cartografados em sua produção, propõe-se não apenas ter um panorama diversificado da cena cultural Belo Horizontina, mas também dar visibilidade a manifestações culturais que busquem conquistar oportunidades mais justas de captação de recursos e de apoio voltados ao incentivo à cultura.<br />
<br />
Todos podem consultar nosso mapa colaborativo online e contribuir com mais informações no link http://culturabh.crowdmap.com/, que também pode ser acessado pelo aplicativo ushahidi para Iphone ou Android. Relatos também podem ser enviados por email para o endereço cartografiasemergentes@gmail.com ou pelo twitter, usando as hashtags [https://www.facebook.com/hashtag/mapaculturabh #mapaculturabh] e [https://www.facebook.com/hashtag/cartografiasemergentes #cartografiasemergentes]. Na plataforma, você também pode se inscrever para receber alertas por email sobre as atividades que acontecem em algum lugar específico, ou ligadas a alguma categoria. Basta clicar em receber alertas, configurar as informações que deseja receber e fornecer o seu email.<br />
<br />
Matérias associadas: https://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/mapa-colaborativo-da-cultura-1.975806<br />
<br />
'''Coordenação''': Professora Natacha Rena (EAD UFMG)<br />
<br />
'''Pesquisadores''': Ana Isabel de Sá, David Narvaez, Fernanda Quintão, Paula Bruzzi Berquó.<br />
<br />
<br />
<br />
Alunos da disciplina UNI 009 (2º semestre 2014): David Narvaez Meireles, Danira Morais, Felipe Verçosa, João Paulo de Freitas Campos, Laira Ávila, Luiza Fonseca Magalhães, Mariana Barros, Pablo Rivera Maturana, Renato Brandão, Sarah de Matos, Thiago Rezende, Tiago Simoes Vieira Lopes.<br />
<br />
'''Colaboradores''': Professor Leonardo Castriota (EAD UFMG) – projeto ARCHES; Espaço Comum Luiz Estrela; Clarice Libânio – Favela é isso aí.<br />
<br />
<br />
<br />
'''Alunos da disciplina UNI 009 (1º semestre 2015)''': Amanda Nunes, Brenda Gonçalves, Caio Nepomuceno, Clarissa Alexandrino, Cristiano Araújo, Daniela FAria, Denismar do Nascimento, Lineker Nunjes, Mariana Barros, Marília Pimenta, Nuno Neves, Octavio Pena, Taís Clark, Vinicius Franklin, Wallysson Loyola.<br />
<br />
'''Colaboradores''': Bruno Demétrio, Larissa Scarpelli, Silvia Andrade, Vivian Tofanelli, Clara Miranda.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Cartografias_emergentes_da_cultura.png&diff=3044Arquivo:Cartografias emergentes da cultura.png2019-05-02T17:54:11Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_emergentes_da_cultura_em_BH&diff=3043Cartografias emergentes da cultura em BH2019-05-02T17:53:40Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>O projeto [https://culturabh.crowdmap.com/ Cartografias Emergentes: a distribuição territorial da produção cultural em Belo Horizonte], desenvolvido pelo grupo INDISCIPLINAR (Escola de Arquitetura e Design da UFMG) e financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa), MinC (Ministério da Cultura), e SEC (Secretaria de Economia Criativa) inclui, além de um processo intenso de pesquisas envolvendo cultura em suas diversas possibilidades, trabalhos desenvolvidos junto aos alunos da disciplina UNI 009 Cartografias Emergentes II, na Escola de Arquitetura, durante o segundo semestre de 2014. É uma pesquisa com sede na Escola de Arquitetura e Design da UFMG que tem como objetivo cartografar equipamentos e eventos culturais no território de Belo Horizonte, criando um mapeamento abrangente que contemple um leque amplo de iniciativas e que inclua, para além dos equipamentos oficiais, práticas auto-organizadas, efêmeras ou de escala local. Tomando a cartografia como processo de criação coletiva que incorpora os atores cartografados em sua produção, propõe-se não apenas ter um panorama diversificado da cena cultural Belo Horizontina, mas também dar visibilidade a manifestações culturais que busquem conquistar oportunidades mais justas de captação de recursos e de apoio voltados ao incentivo à cultura.<br />
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Todos podem consultar nosso mapa colaborativo online e contribuir com mais informações no link http://culturabh.crowdmap.com/, que também pode ser acessado pelo aplicativo ushahidi para Iphone ou Android. Relatos também podem ser enviados por email para o endereço cartografiasemergentes@gmail.com ou pelo twitter, usando as hashtags [https://www.facebook.com/hashtag/mapaculturabh #mapaculturabh] e [https://www.facebook.com/hashtag/cartografiasemergentes #cartografiasemergentes]. Na plataforma, você também pode se inscrever para receber alertas por email sobre as atividades que acontecem em algum lugar específico, ou ligadas a alguma categoria. Basta clicar em receber alertas, configurar as informações que deseja receber e fornecer o seu email.<br />
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Matérias associadas: https://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/mapa-colaborativo-da-cultura-1.975806<br />
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'''Coordenação''': Professora Natacha Rena (EAD UFMG)<br />
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'''Pesquisadores''': Ana Isabel de Sá, David Narvaez, Fernanda Quintão, Paula Bruzzi Berquó.<br />
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Alunos da disciplina UNI 009 (2º semestre 2014): David Narvaez Meireles, Danira Morais, Felipe Verçosa, João Paulo de Freitas Campos, Laira Ávila, Luiza Fonseca Magalhães, Mariana Barros, Pablo Rivera Maturana, Renato Brandão, Sarah de Matos, Thiago Rezende, Tiago Simoes Vieira Lopes.<br />
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'''Colaboradores''': Professor Leonardo Castriota (EAD UFMG) – projeto ARCHES; Espaço Comum Luiz Estrela; Clarice Libânio – Favela é isso aí.<br />
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<br />
'''Alunos da disciplina UNI 009 (1º semestre 2015)''': Amanda Nunes, Brenda Gonçalves, Caio Nepomuceno, Clarissa Alexandrino, Cristiano Araújo, Daniela FAria, Denismar do Nascimento, Lineker Nunjes, Mariana Barros, Marília Pimenta, Nuno Neves, Octavio Pena, Taís Clark, Vinicius Franklin, Wallysson Loyola.<br />
<br />
'''Colaboradores''': Bruno Demétrio, Larissa Scarpelli, Silvia Andrade, Vivian Tofanelli, Clara Miranda.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3042BH S/A2019-05-02T17:43:01Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div><big>'''BH S/A'''</big><br />
<br/><br />
'''Apresentação'''<br />
<br/><br />
“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
<br/><br />
Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
<br/><br />
Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
<br/><br />
Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
<br/><br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
<br/><br />
O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
<br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
<br/><br />
1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
<br/><br />
2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
<br/><br />
3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
<br/><br />
4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
<br/><br />
'''Metodologia'''<br />
<br/><br />
Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Equipe'''<br />
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<br/><br />
'''Coordenação:''' Daniel Medeiros<br />
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'''Co-coordenação:''' Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3041BH S/A2019-05-02T17:42:31Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div><big>'''BH S/A'''</big><br />
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Apresentação'''<br />
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“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
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Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
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Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
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Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
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'''Objetivos Gerais'''<br />
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O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
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'''Objetivos Específicos'''<br />
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1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
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2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
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3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
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4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
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'''Metodologia'''<br />
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Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
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'''Equipe'''<br />
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'''Coordenação:''' Daniel Medeiros<br />
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'''Co-coordenação:''' Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3040BH S/A2019-05-02T17:42:12Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>'''BH S/A'''<big><big>Texto grande</big></big><br />
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Apresentação'''<br />
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“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
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Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
<br/><br />
Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
<br/><br />
Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
<br/><br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
<br/><br />
O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
<br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
<br/><br />
1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
<br/><br />
2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
<br/><br />
3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
<br/><br />
4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
<br/><br />
'''Metodologia'''<br />
<br/><br />
Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Equipe'''<br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Coordenação:''' Daniel Medeiros<br />
<br/><br />
<br/><br />
'''Co-coordenação:''' Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Artesanias_do_Comum&diff=3039Artesanias do Comum2019-05-02T17:16:49Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>'''<big>Artesanias do Comum</big>'''<br />
<br/><br />
'''<big>Apresentação</big>'''<br />
<br/><br />
<br/><br />
Artesanias do Comum é um projeto extensionista, vinculado ao Programa IND.LAB- Laboratório Nômade do Comum, pertencente ao grupo Indisciplinar, grupo de pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG, que tem suas ações focadas na produção contemporânea do espaço urbano. Seus integrantes são professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação oriundos de diversos campos do conhecimento de várias instituições acadêmicas no Brasil e no exterior. Em suma, múltiplas frentes de trabalho transversais umas às outras estão envolvidas neste projeto em disciplinas na graduação e na pós-graduação.Vale ressaltar que as atividades do grupo compreendem de maneira indissociável teoria e prática, ensino-pesquisa e extensão.<br />
O projeto Artesanias do Comum parte do entendimento que apesar das forças hegemônicas de produção, baseadas exclusivamente na lógica da indústria e da ciência, cujo foco principal é o mercado, há uma invenção potente no cotidiano, engendrada taticamente pelos moradores, para resolver questões pertinentes à produção social do espaço, seja na escala do corpo, da moradia e/ou da cidade. Inspirados em Boaventura de Souza Santos, denominamos essas ações de Artesanias e apostamos na importância do seu mapeamento e na identificação de seus pressupostos de produção. Essas artesanias se aproximam das invenções do cotidiano teorizadas pelo Michel de Certeau e do saber-fazer do artífice explicitado por Sennett. Outro conceito que nos é caro é o conceito do comum, entendido aqui como sendo o “excedente que não pode ser expropriado pelo capital nem capturado na arregimentação do corpo político global” (HARDT; NEGRI), que se manifesta por meio de revoltas globais, mas também por “práticas, linguagens, condutas, hábitos, formas de vida e desejos”. Por fim, temos como balizas teóricas os pressupostos da economia solidária e da tecnologia social, e, por isso, os textos do Roberto Dagnino e Paul Singer serão algumas de nossas referências. Imbuídos desses conceitos, nosso objetivo nesse projeto é o de potencializar práticas urbanas e arquitetônicas nas quais as artesanias e a produção do comum estejam presentes, a partir de uma cartografia ampla de seus procedimentos e pressupostos, tendo como horizonte o projeto e/ou a construção de dispositivos arquitetônicos e urbanos que possam fortalecer uma rede de produção e troca baseada na solidariedade e no compartilhamento de saberes científicos e cotidianos, atravessados simultaneamente por questões e decisões políticas e poéticas.<br />
<br/><br />
No ano de 2016, o Artesanias do Comum firmou parceria com o [https://www.facebook.com/mlbminas/?fref=ts MLB] (Movimento de luta nos bairros, vilas e favelas), em ações diretas em ocupações urbanas autoconstruídas coordenadas pelo movimento, como por exemplo a criação do projeto ‘Parque das ocupações”, localizado no bairro Barreiro, em Belo Horizonte. Esse projeto está sendo desenvolvido em parceria com uma frente de ação do grupo Indisciplinar, o Natureza Urbana, e sua continuidade no ano de 2017 é de grande importância, tendo em vista o envolvimento das comunidades locais com a proposta do parque. Nesse ano também o grupo de extensão Artesanias do Comum firmou parceria com a Casa Tina Martins, importante casa de referência para a mulher em situação de violência. A parceria firmada visa a criação de dispositivos para melhor apropriação do espaço da casa, como também a capacitação das mulheres abrigadas por meio de oficinas de construção, de marcenaria, de tecelagem, dentre outras. Acredita-se que essas oficinas permitirão às essas mulheres a construção de suas casas, como também o aprendizado de uma ofício, e, consequentemente, a geração de renda, fundamental para sua autonomia financeira.<br />
<br />
'''Objetivos Gerais'''<br />
<br />
O objetivo deste projeto é potencializar invenções já em ação no território, produzidas a partir das emergências do cotidiano, seja na escala do corpo, da moradia ou da cidade. Esse processo será desencadeado por meio de uma cartografia e de uma copesquisa direta com os atores dessa produção, dando ênfase àqueles que estão associadas aos movimentos sociais que lidam com temas urbanos e políticos da atualidade (ocupações urbanas, vendedores ambulantes, artistas de rua, agricultura urbana, etc).<br />
<br />
'''Objetivos Específicos'''<br />
<br />
– Cartografar a produção do espaço engendrada pelos moradores no seu cotidiano, seja na escala do corpo, da moradia ou da cidade.<br />
<br />
– Cartografar os conflitos socioambientais e as emergências que desencadeiam essa produção.<br />
<br />
– Cartografar os coletivos de arte, arquitetura e design que atuam na esfera do urbanismo tático tanto no Brasil, quanto na Iberoamérica ([https://urbanismobiopolitico.crowdmap.com/ Plataforma Urbanismo Biopolítico]).<br />
<br />
– Cartografar as relações econômicas em jogo, buscando identificar: as moedas correntes (financeiras ou não), as formas de propriedade (individuais, coletivas, compartilhadas, etc), as relações de troca (permuta, venda , aluguel, empréstimo, doação, etc) e os contratos sociais em jogo.<br />
<br />
– Cartografar os atores humanos e não humanos dessa produção: pessoas envolvidas e suas habilidades; materiais e ferramentas em ação; lojas e depósitos de materiais; pontos de descarte e coleta de materiais; etc.<br />
<br />
– Produzir um inventário das cartografias desenvolvidas não só no intuito de dar visibilidade à essa produção, como também transformar o entendimento que comumente se tem sobre essa produção como algo negativo, sem valor, irracional.<br />
<br />
– Produzir objetos e dispositivos urbanos e arquitetônicos (mobiliário, equipamentos urbanos, vestimentas, moradias, etc) a partir do encontro dos saberes cotidianos e acadêmicos que possam auxiliar na autogestão dos espaços de produção do comum (ocupações urbanas, ocupações culturais, vilas, favelas).<br />
<br />
– Organizar material gráfico (livros, revistas e cartilhas).<br />
<br />
'''Metodologia'''<br />
<br />
As metodologias desenvolvidas nesse projeto incluem:<br />
<br />
– Interlocução direta (reuniões, rodas de conversa, etc.) com os moradores de territórios de conflito socioambiental, nos quais, apesar da pobreza material e da vulnerabilidade social presentes ali, é possível identificar engenhosas soluções para as emergências e urgências postas no cotidiano.<br />
<br />
– Cartografias e copesquisa para o mapeamento dos atores humanos e não-humanos envolvidos na produção dos inventos do cotidiano e das relações sociais e econômicas em ação no território.<br />
<br />
– Cartografia dos coletivos de arte, arquitetura e design que atuam na esfera do urbanismo tático tanto no Brasil, quanto na Iberoamérica utilizando a plataforma georreferenciada (crowdmap) denominada Urbanismo Biopolítico (aqui estão envolvidos uma pesquisa de Pós-doutorado desenvolvido na Espanha e um TCC realizado na Colômbia).<br />
<br />
– Oficinas/workshops de capacitação e trocas de saberes tendo como pressupostos: processo de decisão e projeto horizontal compartilhado, tecnologia social e economia solidária. Em suma, pressupostos para a produção do comum.<br />
<br />
– Processo intinerante e nômade para a realização das oficinas no intuito de facilitar a participação dos moradores dos territórios parceiros e de afirmar o reconhecimento de lugares de produção de saberes para além daqueles usualmente credenciados pela ciência e pela academia.<br />
<br />
– Produção de cartilhas e manuais em redes sociais e eventos, em linguagens acessíveis, visando uma divulgação ampla do material produzido (copyleft) e a autonomia de produção dos futuros interessados na informação compartilhada.<br />
<br />
– Todo o processo visa o empoderamento e autonomia dos grupos sociais envolvidos, como também a transformação dos próprios pesquisadores (alunos e professores) quando em contato com a prática da extensão.<br />
<br />
'''Equipe'''<br />
<br />
Coordenação: Marcela Silviano Brandão / Natacha Rena / Luciana de Souza Bragança<br />
<br />
Pesquisadores: Daniela Faria / Gabriela Tavares / Marília Pimenta</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Programa_ind.lab&diff=3038Programa ind.lab2019-05-02T17:04:01Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Ind lab.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
IND.LAB – LABORATÓRIO NÔMADE DO COMUM<br />
<br/><br />
O Programa IND.LAB – Laboratório Nômade do Comum é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG denominado Indisciplinar (http://blog.indisciplinar.com) e pretende desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social através de ações diretas com a sociedade distribuídas em dois eixos metodológicos que se cruzam:<br />
1) O Eixo de alta tecnologia pretende desenvolver ações que utilizam a tecnologia digital e as redes na internet com intensidade. Mapas georreferenciados, cartografias críticas colaborativas em rede, aplicativos para celular e outras maneiras de atuar dentro do que compreende como Cidade Instantânea ou Inteligente. Os dispositivos para realização dos projetos com ênfase neste eixo também se encaixam no que denominamos urbanismo performativo. Os projetos de Extensão Projeto de extensão associados a este Programa aqui proposto que já foram aprovados e estão sendo executados são: Multitude: Cartografia da Cultura Multitudinária e Cartografias Emergentes. Em ambos estão envolvidas também disciplinas de graduação e pós-graduação com vários experimentos sendo desenvolvidos com relação ao uso de plataformas digitais colaborativas para construção de mapas georreferenciados com dados que levantam a cultura, os commons urbanos, enfim, problemas, potencialidades e ações multitudinárias nas metrópoles. As disciplinas são: UNI009_Cartografias Emergentes, que é aberta para toda a universidade, a disciplina ARQ 033 – Projeto Integrado do Design que utilizou de metodologias criadas a partir da extensão para mapear o Bairro de Santa Tereza e levantar seus problemas e potencialidades para que os alunos possam dar soluções coletivas para o bairro.<br />
2) O Eixo de baixa tecnologia possui projetos que trabalham principalmente artesanias acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços. O projeto Artesanias do Comum pretende montar 3 laboratórios de confecção artesanal no Espaço Comum Luiz Estrela, que é uma ocupação cultural que conseguiu concessão de uso durante 20 anos. Pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.<br />
<br/><br />
Objetivos gerais<br />
<br/><br />
Os objetivos dos projetos envolvidos neste programa são produzir tecnologia social reaplicável seja através do uso de alta ou baixa tecnologia. Pretende-se construir um programa a partir de projetos que já estão sendo conduzidos e todos em relação direta com temas urbanos, políticos e sociais atuais. Os projetos pretendem produzir dispositivos de alta e baixa tecnologia como formas de potencializar as ações das comunidades em estado de vulnerabilidade social nas lutas contra hegemônicas.<br />
Objetivos específicos<br />
1. Produção de conhecimento desierarquizado e de instrumentos e dispositivos para ações de resistência ao capitalismo neoliberal que se estende sobre todo o espaço urbano expropriando o comum;<br />
2. Confecção de mapas que envolvem objetivos políticos estratégicos: a) dar visibilidade aos conflitos socioambientais; b) ser instrumento de pressão e denúncia; d) ter um caráter educativo gerando conhecimento e tecnologias sociais através da organização e mobilização; f) contribuir no planejamento das ações que envolvem os movimentos sociais, indicando caminhos estratégicos e parcerias;<br />
3. Confecção de artesanias e de arquitetura tática que possa: g) auxiliar na autogestão dos espaços de produção do comum como os ocupas, as vilas e favelas os espaços culturais, as hortas urbanas, produzindo mobiliário, artesanato, arquitetura de auto -construção; etc;<br />
4. Produção de eventos que envolvam a universidade (ensino, pesquisa e extensão) de maneira indissociada. 5. Produção de livros, revistas e material gráfico contendo artigos e manuais de faça-você-mesmo.<br />
<br/><br />
Metodologia<br />
<br/><br />
As metodologias desenvolvidas em cada projeto deste programa terão suas estratégias voltadas para as necessidades do projeto naquele momento. Mas de maneira geral todo o processo de produção do conhecimento e de construção das ações deverão conter as noções básicas da tecnologia social.<br />
No caso dos projetos envolvendo as cartografias (Cartografias Emergentes e Multitude), que para nós é uma metodologia de pesquisa e ação, pretende-se: documentar, clarear e sintetizar informações, revelar relações, expandir o significado dos dados. Fazer um mapa implica sintetizar e confinar situações complexas e em constante movimento em uma espécie de diagrama. Apresentar a complexidade política e econômica do cotidiano em um plano bidimensional não só remete a questões sociais, mas também à representação geográfica que possuam o espaço físico e territorial como lugar onde a vida se dá. Portanto as ações serão registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade terá como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Alem disto pretende-se através da realização de eventos criar parcerias e conexões com pessoas que possuem a mesma linha de trabalho.<br />
No caso dos projetos envolvendo as artesanias, pretende-se criar oficinas de capacitação em artesanato e design aproveitando a nossa vasta experiência em coordenação de projetos como o ASAS – Artesanato Solidário no Aglomerado da Serra (http://projetoasas.org/blog/category/aglomeradas/) e o DESEJACA – Desenvolvimento Sustentável e Empreendedorismo Social no Jardim Canada (http://programadesejaca.wordpress.com). A idéia é produzir artesanias e construir técnicas que possam ser reaplicadas através de manuais e cartilhas que serão disponibilizados para que todos e qualquer um possa criar os produtos através da informação.<br />
Toda a produção deste programa deve ter uma noção clara de Copyleft e ativar processos de empoderamento social e autonomia de grupos sociais. As oficinas e laboratórios serão nômades e deverão ter infra-estrutura nômade para atuar em diversas comunidades.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Programa_ind.lab&diff=3037Programa ind.lab2019-05-02T17:01:57Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>[[Arquivo:Ind lab|miniaturadaimagem]]<br />
IND.LAB – LABORATÓRIO NÔMADE DO COMUM<br />
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O Programa IND.LAB – Laboratório Nômade do Comum é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG denominado Indisciplinar (http://blog.indisciplinar.com) e pretende desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social através de ações diretas com a sociedade distribuídas em dois eixos metodológicos que se cruzam:<br />
1) O Eixo de alta tecnologia pretende desenvolver ações que utilizam a tecnologia digital e as redes na internet com intensidade. Mapas georreferenciados, cartografias críticas colaborativas em rede, aplicativos para celular e outras maneiras de atuar dentro do que compreende como Cidade Instantânea ou Inteligente. Os dispositivos para realização dos projetos com ênfase neste eixo também se encaixam no que denominamos urbanismo performativo. Os projetos de Extensão Projeto de extensão associados a este Programa aqui proposto que já foram aprovados e estão sendo executados são: Multitude: Cartografia da Cultura Multitudinária e Cartografias Emergentes. Em ambos estão envolvidas também disciplinas de graduação e pós-graduação com vários experimentos sendo desenvolvidos com relação ao uso de plataformas digitais colaborativas para construção de mapas georreferenciados com dados que levantam a cultura, os commons urbanos, enfim, problemas, potencialidades e ações multitudinárias nas metrópoles. As disciplinas são: UNI009_Cartografias Emergentes, que é aberta para toda a universidade, a disciplina ARQ 033 – Projeto Integrado do Design que utilizou de metodologias criadas a partir da extensão para mapear o Bairro de Santa Tereza e levantar seus problemas e potencialidades para que os alunos possam dar soluções coletivas para o bairro.<br />
2) O Eixo de baixa tecnologia possui projetos que trabalham principalmente artesanias acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços. O projeto Artesanias do Comum pretende montar 3 laboratórios de confecção artesanal no Espaço Comum Luiz Estrela, que é uma ocupação cultural que conseguiu concessão de uso durante 20 anos. Pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.<br />
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Objetivos gerais<br />
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Os objetivos dos projetos envolvidos neste programa são produzir tecnologia social reaplicável seja através do uso de alta ou baixa tecnologia. Pretende-se construir um programa a partir de projetos que já estão sendo conduzidos e todos em relação direta com temas urbanos, políticos e sociais atuais. Os projetos pretendem produzir dispositivos de alta e baixa tecnologia como formas de potencializar as ações das comunidades em estado de vulnerabilidade social nas lutas contra hegemônicas.<br />
Objetivos específicos<br />
1. Produção de conhecimento desierarquizado e de instrumentos e dispositivos para ações de resistência ao capitalismo neoliberal que se estende sobre todo o espaço urbano expropriando o comum;<br />
2. Confecção de mapas que envolvem objetivos políticos estratégicos: a) dar visibilidade aos conflitos socioambientais; b) ser instrumento de pressão e denúncia; d) ter um caráter educativo gerando conhecimento e tecnologias sociais através da organização e mobilização; f) contribuir no planejamento das ações que envolvem os movimentos sociais, indicando caminhos estratégicos e parcerias;<br />
3. Confecção de artesanias e de arquitetura tática que possa: g) auxiliar na autogestão dos espaços de produção do comum como os ocupas, as vilas e favelas os espaços culturais, as hortas urbanas, produzindo mobiliário, artesanato, arquitetura de auto -construção; etc;<br />
4. Produção de eventos que envolvam a universidade (ensino, pesquisa e extensão) de maneira indissociada. 5. Produção de livros, revistas e material gráfico contendo artigos e manuais de faça-você-mesmo.<br />
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Metodologia<br />
<br/><br />
As metodologias desenvolvidas em cada projeto deste programa terão suas estratégias voltadas para as necessidades do projeto naquele momento. Mas de maneira geral todo o processo de produção do conhecimento e de construção das ações deverão conter as noções básicas da tecnologia social.<br />
No caso dos projetos envolvendo as cartografias (Cartografias Emergentes e Multitude), que para nós é uma metodologia de pesquisa e ação, pretende-se: documentar, clarear e sintetizar informações, revelar relações, expandir o significado dos dados. Fazer um mapa implica sintetizar e confinar situações complexas e em constante movimento em uma espécie de diagrama. Apresentar a complexidade política e econômica do cotidiano em um plano bidimensional não só remete a questões sociais, mas também à representação geográfica que possuam o espaço físico e territorial como lugar onde a vida se dá. Portanto as ações serão registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade terá como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Alem disto pretende-se através da realização de eventos criar parcerias e conexões com pessoas que possuem a mesma linha de trabalho.<br />
No caso dos projetos envolvendo as artesanias, pretende-se criar oficinas de capacitação em artesanato e design aproveitando a nossa vasta experiência em coordenação de projetos como o ASAS – Artesanato Solidário no Aglomerado da Serra (http://projetoasas.org/blog/category/aglomeradas/) e o DESEJACA – Desenvolvimento Sustentável e Empreendedorismo Social no Jardim Canada (http://programadesejaca.wordpress.com). A idéia é produzir artesanias e construir técnicas que possam ser reaplicadas através de manuais e cartilhas que serão disponibilizados para que todos e qualquer um possa criar os produtos através da informação.<br />
Toda a produção deste programa deve ter uma noção clara de Copyleft e ativar processos de empoderamento social e autonomia de grupos sociais. As oficinas e laboratórios serão nômades e deverão ter infra-estrutura nômade para atuar em diversas comunidades.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Programa_ind.lab&diff=3036Programa ind.lab2019-05-02T15:04:04Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>IND.LAB – LABORATÓRIO NÔMADE DO COMUM<br />
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O Programa IND.LAB – Laboratório Nômade do Comum é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa do CNPQ sediado na Escola de Arquitetura da UFMG denominado Indisciplinar (http://blog.indisciplinar.com) e pretende desenvolver projetos de extensão associados à pesquisa gerando tecnologia social através de ações diretas com a sociedade distribuídas em dois eixos metodológicos que se cruzam:<br />
1) O Eixo de alta tecnologia pretende desenvolver ações que utilizam a tecnologia digital e as redes na internet com intensidade. Mapas georreferenciados, cartografias críticas colaborativas em rede, aplicativos para celular e outras maneiras de atuar dentro do que compreende como Cidade Instantânea ou Inteligente. Os dispositivos para realização dos projetos com ênfase neste eixo também se encaixam no que denominamos urbanismo performativo. Os projetos de Extensão Projeto de extensão associados a este Programa aqui proposto que já foram aprovados e estão sendo executados são: Multitude: Cartografia da Cultura Multitudinária e Cartografias Emergentes. Em ambos estão envolvidas também disciplinas de graduação e pós-graduação com vários experimentos sendo desenvolvidos com relação ao uso de plataformas digitais colaborativas para construção de mapas georreferenciados com dados que levantam a cultura, os commons urbanos, enfim, problemas, potencialidades e ações multitudinárias nas metrópoles. As disciplinas são: UNI009_Cartografias Emergentes, que é aberta para toda a universidade, a disciplina ARQ 033 – Projeto Integrado do Design que utilizou de metodologias criadas a partir da extensão para mapear o Bairro de Santa Tereza e levantar seus problemas e potencialidades para que os alunos possam dar soluções coletivas para o bairro.<br />
2) O Eixo de baixa tecnologia possui projetos que trabalham principalmente artesanias acreditando que a autogestão dos espaços e de diversas ações colaborativas podem ser desenvolvidas dentro de uma lógica tática de confecção dos próprios utilitários, mobiliário, e arquitetura. A ênfase nas artesanias também pressupões o uso de materiais recicláveis e reutilizados e a produção coletiva dos espaços. O projeto Artesanias do Comum pretende montar 3 laboratórios de confecção artesanal no Espaço Comum Luiz Estrela, que é uma ocupação cultural que conseguiu concessão de uso durante 20 anos. Pretende-se construir mobiliário e coleções de produtos artesanais para serem comercializados dentro dos preceitos da economia solidária.<br />
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Objetivos gerais<br />
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Os objetivos dos projetos envolvidos neste programa são produzir tecnologia social reaplicável seja através do uso de alta ou baixa tecnologia. Pretende-se construir um programa a partir de projetos que já estão sendo conduzidos e todos em relação direta com temas urbanos, políticos e sociais atuais. Os projetos pretendem produzir dispositivos de alta e baixa tecnologia como formas de potencializar as ações das comunidades em estado de vulnerabilidade social nas lutas contra hegemônicas.<br />
Objetivos específicos<br />
1. Produção de conhecimento desierarquizado e de instrumentos e dispositivos para ações de resistência ao capitalismo neoliberal que se estende sobre todo o espaço urbano expropriando o comum;<br />
2. Confecção de mapas que envolvem objetivos políticos estratégicos: a) dar visibilidade aos conflitos socioambientais; b) ser instrumento de pressão e denúncia; d) ter um caráter educativo gerando conhecimento e tecnologias sociais através da organização e mobilização; f) contribuir no planejamento das ações que envolvem os movimentos sociais, indicando caminhos estratégicos e parcerias;<br />
3. Confecção de artesanias e de arquitetura tática que possa: g) auxiliar na autogestão dos espaços de produção do comum como os ocupas, as vilas e favelas os espaços culturais, as hortas urbanas, produzindo mobiliário, artesanato, arquitetura de auto -construção; etc;<br />
4. Produção de eventos que envolvam a universidade (ensino, pesquisa e extensão) de maneira indissociada. 5. Produção de livros, revistas e material gráfico contendo artigos e manuais de faça-você-mesmo.<br />
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Metodologia<br />
<br/><br />
As metodologias desenvolvidas em cada projeto deste programa terão suas estratégias voltadas para as necessidades do projeto naquele momento. Mas de maneira geral todo o processo de produção do conhecimento e de construção das ações deverão conter as noções básicas da tecnologia social.<br />
No caso dos projetos envolvendo as cartografias (Cartografias Emergentes e Multitude), que para nós é uma metodologia de pesquisa e ação, pretende-se: documentar, clarear e sintetizar informações, revelar relações, expandir o significado dos dados. Fazer um mapa implica sintetizar e confinar situações complexas e em constante movimento em uma espécie de diagrama. Apresentar a complexidade política e econômica do cotidiano em um plano bidimensional não só remete a questões sociais, mas também à representação geográfica que possuam o espaço físico e territorial como lugar onde a vida se dá. Portanto as ações serão registradas on-line, através de plataformas de mapeamento georreferenciado e blog. Toda a atividade terá como produto peças gráficas, como diagramas e cartografias desenvolvidas a partir de dados coletados e em colaboração com as comunidades locais envolvidas. Alem disto pretende-se através da realização de eventos criar parcerias e conexões com pessoas que possuem a mesma linha de trabalho.<br />
No caso dos projetos envolvendo as artesanias, pretende-se criar oficinas de capacitação em artesanato e design aproveitando a nossa vasta experiência em coordenação de projetos como o ASAS – Artesanato Solidário no Aglomerado da Serra (http://projetoasas.org/blog/category/aglomeradas/) e o DESEJACA – Desenvolvimento Sustentável e Empreendedorismo Social no Jardim Canada (http://programadesejaca.wordpress.com). A idéia é produzir artesanias e construir técnicas que possam ser reaplicadas através de manuais e cartilhas que serão disponibilizados para que todos e qualquer um possa criar os produtos através da informação.<br />
Toda a produção deste programa deve ter uma noção clara de Copyleft e ativar processos de empoderamento social e autonomia de grupos sociais. As oficinas e laboratórios serão nômades e deverão ter infra-estrutura nômade para atuar em diversas comunidades.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3035BH S/A2019-05-01T20:05:54Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>BH S/A<br />
<br/><br />
Apresentação<br />
<br/><br />
“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
<br/><br />
Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
<br/><br />
Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
<br/><br />
Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
<br/><br />
<br/><br />
<br/><br />
Objetivos Gerais<br />
<br/><br />
O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
<br />
Obejtivos Específicos<br />
<br/><br />
1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
<br/><br />
2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
<br/><br />
3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
<br/><br />
4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
<br/><br />
Metodologia<br />
<br/><br />
Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
<br/><br />
<br/><br />
Equipe<br />
<br/><br />
<br/><br />
Coordenação: Daniel Medeiros<br />
<br/><br />
<br/><br />
Co-coordenação: Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3034BH S/A2019-05-01T20:05:06Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>BH S/A<br />
Apresentação<br />
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“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
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Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
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Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
<br/><br />
Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
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Objetivos Gerais<br />
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O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
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Obejtivos Específicos<br />
<br/><br />
1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
<br/><br />
2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
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3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
<br/><br />
4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
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Metodologia<br />
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Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
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Equipe<br />
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Coordenação: Daniel Medeiros<br />
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Co-coordenação: Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=BH_S/A&diff=3033BH S/A2019-05-01T20:03:07Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>BH S/A<br />
Apresentação<br />
“O projeto de extensão BH S/A propõe a conexão entre frentes de atuação do Grupo Indisciplinar, sem perder o viés de extensão e os pressupostos da pesquisa-ação que orientam a elaboração de cartografias do processo de neoliberalização e produção biopolítica atrelados à produção contemporânea do espaço urbano. O projeto BH S/A inclui o conjunto de projetos que desde 2011 vem sendo objeto de pesquisa-ação do Grupo Indisciplinar, entre outros: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/ Leste Oeste (OUC ACLO, antiga OUC Nova BH); a Operação Urbana do Izidoro; a criação e operação da empresa PBH Ativos S/A; e o acompanhamento da revisão do Plano Diretor.<br />
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Resulta dessa prática um extenso material que poderia ser organizado a partir de cinco dimensões: (a) a espacial-territorial, composta por cartografias colaborativas e ferramentas de georreferenciamento e interação; (b) a temporal, por meio do levantamento, análise e representação da evolução dos fenômenos investigados;(c) a conceitual-informacional, utilizando produção colaborativa, processual e em rede do conhecimento como forma de desenvolvimento dos marcos teóricos que norteiam a pesquisa e armazenamento de bases de dados; (d) a comunicacional ou de criação de redes, a partir do uso tático das redes sociais e canais de comunicação de ampla utilização na internet; e (e) a de incidência política e formação, por meio de ações de rua como aulas públicas, formação popular e oficinas que trabalharem junto à população afetada, movimentos sociais parceiros e outras organizações e garantam a participação dos afetados nos projetos e, ainda, incidência junto aos órgãos de fiscalização e controle.<br />
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Além de cumprir seu objetivo inicial – imbricar teoria e prática nas frentes de ação definidas – a cartografia dos projetos vem revelando sombreamentos e conexões entre conceitos, práticas, agentes, instituições e estratégias territoriais cujo aprofundamento e retroalimentação, através de temas transversais, passaram a constituir uma demanda necessária para continuidade, contextualização e eficácia dos trabalhos. Entre os temas transversais pode-se citar a hegemonia dos Projetos de Parceria Público-Privada, as inflexões no perfil de agentes investidores, o agravamento da assimetria de poder no campo da produção do espaço, as alterações na arquitetura institucional e na legislação urbana alinhada a interesses de agentes privados e ao empreendedorismo urbano, o abandono ou distorção de pautas da reforma urbana e função social da propriedade.<br />
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Além do aprofundamento conceitual, o projeto BH S/A prevê que toda a produção de conhecimento seja voltada para subsidiar as ações em andamento, através, sobretudo, da produção e amplo acesso às informações, pautada na tradução da logotécnica especialista e contextualização de processos pontuais em relação a escalas ampliadas de produção do espaço urbano. A questão central do projeto será, portanto, cartografar, em diferentes escalas, a dimensão social, econômica e territorial das frentes de neoliberalização do espaço urbano municipal estudadas e, concomitantemente, garantir acesso e aplicabilidade dos dados produzidos, sobretudo em relação às ações coletivas de resistência e produção do comum.”<br />
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Objetivos Gerais<br />
O projeto BH S/A sistematiza, conecta e contextualiza diferentes frentes de pesquisa-ação em andamento em relação aos processo de neoliberalização do espaço urbano, garantindo amplo acesso e maior aplicabilidade e eficácia das informações junto aos movimentos sociais, comunidades atingidas e instituições parceiras.<br />
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Obejtivos Específicos<br />
1. Atualizar e aprofundar o arcabouço conceitual relacionado aos processos de neoliberalização do espaço urbano a partir da (a) contextualização do conjunto de frentes locais de pesquisa-ação em relação à escala global e nacional e (b) da utilização das informações locais para calibrar e retroalimentar a compreensão da produção contemporânea do espaço.<br />
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2. Cartografar a interface entre os projetos e destes com demais estratégias de empresariamento urbano em curso na cidade, incluindo o monitoramento dos instrumentos de urbanísticos de modo a garantir seu compromisso social em relação à da função social da propriedade, habitação social, mecanismos populares de gestão, garantia de direitos de grupos vulneráveis e comunidades de baixa renda.<br />
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3. Consolidar o diálogo com a rede de pesquisadores vinculados ao Indisciplinar em escala nacional (parceiros Labcidade, FAU USP e IPPUR UFRJ) e internacional (pesquisadores vinculados na Universidad Central del Ecuador e Escuela Tecnica Superior de Arctectura de La Universidad Politecnica de Madrid).<br />
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4. Garantir amplo acesso e aplicabilidade às informações através, sobretudo, da disponibilização dos dados na atual plataforma tecnopolítica de investigação do Indisciplinar, incluindo o uso de ferramentas wiki, produção de mapas georreferenciados e colaborativos e diversificação dos modos de divulgação (blog e fanpage, por exemplo)<br />
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Metodologia<br />
Alinhado com a opção teórico-metodológica do Grupo Indisciplinar, o projeto de extensão BH S/A propõe a utilização do método cartográfico enquanto ação de investigação engajada e orientada por pressuposto de pesquisa no qual a produção do conhecimento e o ativismo se sobrepõe, possibilitando um fazer insurgente, dinâmico e colaborativo. Verificou-se em projetos concluídos e em andamento que este método possibilita e incorpora o afloramento das diferenças, antagonismos, singularidades e híbridos inerentes aos processos de produção do espaço urbano contemporâneo. De modo complementar, é possível imaginar o método cartográfico para além do registro, pesquisa e ação sobre a experiência cotidiana e pressupor sua condição de dispositivo voltado para a diluição dos limites entre micro e macropolítica, atuando como possibilidade tática de integração entre produção de escalas que orientam a resolução geográfica das relações sociais na conformação do espaço urbano. A aproximação em relação ao objeto de estudo tem início na etapa de sistematização e consolidação das informações obtidas nas diferentes frentes de pesquisa-ação, das quais resultarão relatórios sempre acompanhados da consolidação e aprofundamento dos instrumentos de colaboração e plataformas desenvolvidas. De modo paralelo, o projeto propõe construir pontes conceituais entre este conteúdo e as linhas de pesquisa nacionais e internacionais que discutem a transposição dos processos de neoliberalização para a produção do espaço urbano, incluindo seus rebatimentos na política urbana, legislação e arquitetura institucional do poder público. O estudo desse tema será igualmente acompanhado da produção de material em linguagem acessível e, quando necessário, formatado em material didático de subsídio a aulas públicas e ações de capacitação e mobilização do público-alvo. Assim que as duas etapas iniciais estiverem encaminhadas, o método do trabalho passa a se concentrar na identificação das conexões e sombreamentos entre projetos, com especial atenção para os temas transversais da pesquisa e para a construção de matriz de relação entre as frentes de pesquisa-ação e o conteúdo conceitual.<br />
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Equipe<br />
Coordenação: Daniel Medeiros<br />
<br />
Co-coordenação: Júlia Ávila Franzoni / Thiago Canettieri</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2473Memória do Indisciplinar2019-04-08T22:00:55Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
*[[Cartografias do Comum]] Jul 5, 2014 | cartografias, mapeamentos<br />
*[[Vaga para bolsista PIBIC/CNPq]] Jul 14, 2014 | notícias, pesquisa<br />
*[[Teaser do Mapeando o Comum em SP]] Jul 18, 2014<br />
*[[Seminário MultipliCidades]] Jul 23, 2014<br />
<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
*[[Asas artesanato solidário]] Oct 9, 2014<br />
*[[Processos colaborativos e tecnologia social]] Oct 25, 2014 <br />
*documentário “ainda ribeirão arrudas” Oct 29, 2014<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2472Memória do Indisciplinar2019-04-08T22:00:10Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
*[[Cartografias do Comum]] Jul 5, 2014 | cartografias, mapeamentos<br />
*[[Vaga para bolsista PIBIC/CNPq]] Jul 14, 2014 | notícias, pesquisa<br />
*[[Teaser do Mapeando o Comum em SP]]<br />
*[[Seminário MultipliCidades]] Jul 23, 2014<br />
<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
*[[Asas artesanato solidário]] Oct 9, 2014<br />
*[[Processos colaborativos e tecnologia social]] Oct 25, 2014 <br />
*documentário “ainda ribeirão arrudas” Oct 29, 2014<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Semin%C3%A1rio_MultipliCidades&diff=2471Seminário MultipliCidades2019-04-08T21:58:50Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Seminário multiplicidades.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
CONVIDAMOS para o: “Seminário MultipliCidades:<br />
Cartografando a produção do comum no espaço contemporâneo”<br />
(parte do evento [https://www.facebook.com/Cartografias-do-Comum-241739899361022/ Cartografias do Comum] )Abertura: dia 28, segunda<br />
<br />
18 às 21:30hr, no Auditório da Escola de Arquitetura da UFMG<br />
(mediador geral: [https://www.facebook.com/espinoza.hernan Hernan Espinoza] – UFMG)<br />
Abertura: Fernanda Borges_NPGAU<br />
Apresentação do evento Cartografias do Comum: Rene Lommez – UFMG<br />
Apresentação Indisciplinar: Natacha Rena David Narvaez Meireles Luiza Fonseca Magalhães Rodrigo Bastos Sarah Kubitschek – UFMG<br />
+<br />
Palestras Convidados Internacionais:<br />
Pablo De Soto – UFRJ/Espanha<br />
Miguel Robles Duran – México/NY<br />
__________________<br />
<br />
Mesas_de 14 às 18hr, no Auditório da Escola de Arquitetura da UFMG<br />
<br />
Mesa1: dia 29, terça<br />
Multidão, produção do comum e tecnologia<br />
(mediador: Marcelo Maia – UFMG)<br />
Palestrante convidado: Fábio Gouveia – UFES<br />
Pesquisadores indisciplinar: Alemar Rena – UFMG, Joviano Mayer – UFMG,Marcelo Maia – UFMG e Ana Isabel De Sa – UFMG<br />
<br />
Mesa2: dia 30, quarta<br />
Diagramas, cartografias e insurgências<br />
(mediadora: Marcela Brandão – UFMG)<br />
Palestrante convidada: Tatiana Roque – UFRJ<br />
pesquisadores indisciplinar: Natacha Rena – UFMG, Marcela Silviano Brandão Lopes – UFMG, Paula Bruzzi Berquó – UFMG e Priscila Musa – UFMG<br />
<br />
Mesa3: dia 31, quinta<br />
Espaço, biopolítica e biopotência<br />
(mediador: João Tonucci – UFMG)<br />
Palestrante convidada: Clara Luiza Miranda – UFES<br />
pesquisadores indisciplinar: João Tonucci – UFMG, Simone Parrela Tostes – UFMG, Thiago Canettieri – UFMG, Luciana Bizzotto – UFMG e Janaina Marx– UFMG</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Semin%C3%A1rio_multiplicidades.jpg&diff=2470Arquivo:Seminário multiplicidades.jpg2019-04-08T21:53:17Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Semin%C3%A1rio_MultipliCidades&diff=2469Seminário MultipliCidades2019-04-08T21:52:42Z<p>NaturezaPolitica: Criar página em branco</p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2468Memória do Indisciplinar2019-04-08T21:50:49Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
*[[Cartografias do Comum]] Jul 5, 2014 | cartografias, mapeamentos<br />
*[[Vaga para bolsista PIBIC/CNPq]] Jul 14, 2014 | notícias, pesquisa<br />
*[[Teaser do Mapeando o Comum em SP]]<br />
<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
*[[Asas artesanato solidário]] Oct 9, 2014<br />
*[[Processos colaborativos e tecnologia social]] Oct 25, 2014 <br />
*documentário “ainda ribeirão arrudas” Oct 29, 2014<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Teaser_do_Mapeando_o_Comum_em_SP&diff=2467Teaser do Mapeando o Comum em SP2019-04-08T21:49:31Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Multitude mapeando.png|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
Aqui um [https://www.youtube.com/watch?v=oH_ZWnZlMXI&noredirect=1 teaser] explicativo do [http://mappingthecommons.net/pt/sao-paulo/ Mapeando o Comum que fizemos em São Paulo] dentro do evento [https://multitude.sescsp.org.br/ Multitude Pompéia] e que faremos a segunda versão em BH na última semana do mês de julho.<br />
<br />
A primeira versão por aqui aconteceu em fevereiro de 2014 no evento [https://www.facebook.com/cartografiasbiopotentes Cartografias Biopotentes] realizado pelo Indisciplinar dentro do [http://www.guiabh.com.br/?aspxerrorpath=/evento/verao-arte-contemporanea-vac Verão Arte Contemporânea.] Este novo momento do workshop [http://mappingthecommons.net/pt/belo-horizonte/ Mapeando o Comum em BH] irá acontecer expandindo para toda região metropolitana e envolver movimentos sociais multitudinários dentro da programação do evento [https://www.facebook.com/Cartografias-do-Comum-241739899361022/ Cartografia do Comum] no [http://www.espacodoconhecimento.org.br/ Espaço do Conhecimento da UFMG]. <br />
<br />
Este workshop em SP foi dirigido por: Pablo de Soto, Natacha Rena, Felipe Brait e Bernardo Gutierrez.<br />
<br />
E para acompanhar as atividades do evento que estamos realizando Cartografias do Comum acompanhe a fanpage do evento: https://www.facebook.com/pages/Cartografias-do-Comum/241739899361022?fref=ts<br />
<br />
Link pro teaser sobre o evento Mapeando o Comum em SP:<br />
<br />
https://www.youtube.com/watch?v=oH_ZWnZlMXI&noredirect=1<br />
<br />
E uma entrevista com Natacha Rena sobre todo o processo:<br />
<br />
https://www.youtube.com/watch?v=zECTJpqus1c</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Teaser_do_Mapeando_o_Comum_em_SP&diff=2466Teaser do Mapeando o Comum em SP2019-04-08T21:47:45Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Multitude mapeamento.png|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
Aqui um [https://www.youtube.com/watch?v=oH_ZWnZlMXI&noredirect=1 teaser] explicativo do [http://mappingthecommons.net/pt/sao-paulo/ Mapeando o Comum que fizemos em São Paulo] dentro do evento [https://multitude.sescsp.org.br/ Multitude Pompéia] e que faremos a segunda versão em BH na última semana do mês de julho.<br />
<br />
A primeira versão por aqui aconteceu em fevereiro de 2014 no evento [https://www.facebook.com/cartografiasbiopotentes Cartografias Biopotentes] realizado pelo Indisciplinar dentro do [http://www.guiabh.com.br/?aspxerrorpath=/evento/verao-arte-contemporanea-vac Verão Arte Contemporânea.] Este novo momento do workshop [http://mappingthecommons.net/pt/belo-horizonte/ Mapeando o Comum em BH] irá acontecer expandindo para toda região metropolitana e envolver movimentos sociais multitudinários dentro da programação do evento [https://www.facebook.com/Cartografias-do-Comum-241739899361022/ Cartografia do Comum] no [http://www.espacodoconhecimento.org.br/ Espaço do Conhecimento da UFMG]. <br />
<br />
Este workshop em SP foi dirigido por: Pablo de Soto, Natacha Rena, Felipe Brait e Bernardo Gutierrez.<br />
<br />
E para acompanhar as atividades do evento que estamos realizando Cartografias do Comum acompanhe a fanpage do evento: https://www.facebook.com/pages/Cartografias-do-Comum/241739899361022?fref=ts<br />
<br />
Link pro teaser sobre o evento Mapeando o Comum em SP:<br />
<br />
https://www.youtube.com/watch?v=oH_ZWnZlMXI&noredirect=1<br />
<br />
E uma entrevista com Natacha Rena sobre todo o processo:<br />
<br />
https://www.youtube.com/watch?v=zECTJpqus1c</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Teaser_do_Mapeando_o_Comum_em_SP&diff=2465Teaser do Mapeando o Comum em SP2019-04-08T21:39:05Z<p>NaturezaPolitica: Criar página em branco</p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Multitude_mapeando.png&diff=2464Arquivo:Multitude mapeando.png2019-04-08T21:38:37Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2463Memória do Indisciplinar2019-04-08T21:37:30Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
*[[Cartografias do Comum]] Jul 5, 2014 | cartografias, mapeamentos<br />
*[[Vaga para bolsista PIBIC/CNPq]] Jul 14, 2014 | notícias, pesquisa<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
*[[Asas artesanato solidário]] Oct 9, 2014<br />
*[[Processos colaborativos e tecnologia social]] Oct 25, 2014 <br />
*documentário “ainda ribeirão arrudas” Oct 29, 2014<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Vaga_para_bolsista_PIBIC/CNPq&diff=2462Vaga para bolsista PIBIC/CNPq2019-04-08T21:36:42Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Ind lab.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
Estamos selecionando aluno(a) de graduação para compor equipe do Indisciplinar com bolsa PROBIC/CNPq. O prazo é até o dia 17 de julho. Candidatos(as) a bolsa deverão enviar carta de interesse e apresentação juntamente com cópia do histórico e portfólio para o email: indisciplinar@indisciplinar.com.<br />
<br />
A bolsa, cuja implementação está vinculada à concessão de quota institucional para a UFMG<br />
pelas agências patrocinadoras, terá vigência de 12 (doze) meses, com início em 1º de agosto<br />
de 2014 e término em 31 de julho de 2015.<br />
<br />
A bolsa tem caráter temporário, é inacumulável com estágios remunerados, bolsas de outros<br />
programas e empregos de qualquer natureza, é isenta de imposto de renda e não gera vínculo<br />
empregatício.<br />
<br />
O aluno indicado para bolsista deverá estar regularmente matriculado em curso de graduação na<br />
UFMG e ter perfil e desempenho acadêmico compatíveis com as atividades previstas no projeto.<br />
<br />
O aluno bolsista estará sujeito ao cumprimento das atividades constantes do Plano de Trabalho<br />
de Iniciação Científica, a ser proposto pelo pesquisador no ato da inscrição, em jornada de 20<br />
(vinte) horas semanais de atividades.<br />
<br />
O aluno deverá atuar juntamente com o grupo nas atividades de pesquisa e extensão, e, especificamente, trabalhar na linha de pesquisa Cidade Instantânea e Urbanismo Performativo. Dentro desta linha, estamos interessados em discutir, propor e experimentar formas de colaboração e participação mediado por tecnologias móveis tais como mapeamentos colaborativos e aplicativos móveis/web.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Ind_lab.jpg&diff=2461Arquivo:Ind lab.jpg2019-04-08T21:34:59Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Vaga_para_bolsista_PIBIC/CNPq&diff=2460Vaga para bolsista PIBIC/CNPq2019-04-08T21:34:38Z<p>NaturezaPolitica: Criar página em branco</p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2457Memória do Indisciplinar2019-04-08T21:33:40Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
*[[Cartografias do Comum]] Jul 5, 2014 | cartografias, mapeamentos<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
*[[Asas artesanato solidário]] Oct 9, 2014<br />
*[[Processos colaborativos e tecnologia social]] Oct 25, 2014 <br />
*documentário “ainda ribeirão arrudas” Oct 29, 2014<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_do_Comum&diff=2456Cartografias do Comum2019-04-08T21:31:55Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Cartografiasdocomum12.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
O evento [https://www.facebook.com/Cartografias-do-Comum-241739899361022/ Cartografias do Comum] é resultado da articulação entre o [http://www.espacodoconhecimento.org.br/ Espaço de Conhecimento da UFMG] e o grupo de pesquisa Indisciplinar da Escola de Arquitetura da UFMG. A mostra agrega uma série de atividades, como debates, oficinas, filmes, seminários e a exposição e foi totalmente realizado com a participação horizontal de grupos, coletivos e movimentos sociais de Belo Horizonte que pesquisam e atuam na construção do comum.<br />
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A potência transformadora das ações desenvolvidas por grupos culturais e sociais em Belo Horizonte pode ser sentida na prática, por meio de trabalhos e intervenções que ocupam os mais variados espaços da cidade. As pautas são diversas e nem sempre confluentes, incluindo temas como mobilidade urbana, expressões artísticas das ruas, gênero e culinária. Dentro dessa multiplicidade de visões, os coletivos compartilham de uma nova lógica de produção cultural e de participação política, orientada pelo princípio da horizontalidade, ou seja: sem hierarquias. Os aspectos que constituem essa forma de pensamento e os novos caminhos traçados por suas ações serão retratados na mostra “O Comum e As Cidades”, que nasceu a partir de discussões abertas com os coletivos.<br />
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Confira a programação completa aqui:<br />
http://www.espacodoconhecimento.org.br/?p=8813<br />
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'''Cartografias do Comum'''<br />
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Processos de auto-organização, horizontalidade e democracia real: na atualidade, há uma emergência, em escala global, de inúmeros processos de reordenamento da vida política e social. O que eles possuem em comum é o fato de buscarem a construção de novas plataformas de organização da vida em conjunto, que sejam capazes de fortalecer a democracia e instaurar a liberdade.<br />
Escapando à lógica da ação governamental e dos mecanismos de mercado, esses processos são organizados pela multidão que move potentes práticas colaborativas, orientadas para a construção do comum.<br />
E como a multidão produz o comum? Na multidão, as pessoas não se tornam iguais – elas mantêm suas diferenças, que são expressas de forma livre e igualitária, na prática da vida em conjunto.<br />
A multidão não se confunde com o povo, que é próprio do Estado-nação. A noção de povo reduz toda a diversidade a uma identidade única. A multidão reúne múltiplas singularidades.<br />
Multidão também não é massa, que é própria do mercado. As massas são homogêneas, uniformes. A multidão é colorida, composta pela diversidade de culturas, etnias, gêneros, formas de trabalho, modos de viver e de desejar.<br />
Assim, é no exercício e no atrito de suas diferenças internas que a multidão descobre aquilo que a permite se comunicar, trabalhar, agir e sonhar em comum. São nesses encontros de corpos singulares e felizes, propiciados pela multidão, que surgem alternativas para a construção da liberdade e diretrizes mais igualitárias para a ordenação da vida. Assim, o comum não pode ser dado e definido por antecipação. Ele é o produto dos novos circuitos de colaboração e cooperação, acionados pelo trabalho e pelo afeto da multidão. Ele é fruto do exercício radicalmente democrático das singularidades e resulta de formas de pensar e agir que superam conceitos excludentes, como público/privado, indivíduo/coletivo, cultura/natureza, corpo/alma. O comum não é um objeto, mas um projeto da multidão. Para entender como é construído esse projeto da multidão, esta exposição busca mapear os lugares em que os processos multitudinários instauraram o comum. O propósito é dar a conhecer e cirar múltiplas formas de constituição do comum, no desejo pela criação de uma sociedade igualitária, aberta e inclusiva.<br />
<br/> <br />
'''Cartografar é produzir conhecimento e novos modos de vida'''<br />
<br/> <br />
Campos de futebol, ocupações e festas em inúmeros lugares: a construção do comum não é apenas utopia. Ela é real e imanente. Nesses espaços do comum surgem novos posicionamentos e práticas, que superam a oposição público/privado e subvertem relações de exclusão e segregação sociais. Para perceber a existência e a importância desses locais, é necessário olhar criticamente para o espaço e experimentar sua transformação. Cartografar os espaços do comum tem sido cada vez mais importante! Mais que uma forma de representar ou descrever lugares, a cartografia é um método de produção do conhecimento e de criação de novos modos de vida que auxilia a constituição da realidade. A cartografia aqui proposta pretende impulsionar a produção do comum, localizando transformações, acompanhando processos e criando percepções sobre as possíveis conexões entre o comum urbano e os novos modos de vida que ocorrem em um território.<br />
<br/> <br />
'''Exposição aberta e em construção'''<br />
<br/><br />
Esta exposição pretende ser um lugar da produção do comum. Todo o conhecimento aqui produzido e exposto resulta de uma curadoria coletiva, da qual participaram os profissionais do museu e diversos grupos de pesquisa, indivíduos, coletivos artísticos e movimentos sociais. Além de pensar sobre a construção do comum pela multidão, também é objetivo da mostra questionar o papel das instituições acadêmicas e culturais neste processo. Por isso, tão importante quanto a exposição foi sua construção, que se baseou na troca horizontal (sem hierarquias) de saberes entre o museu, a universidade e os atores que participam de processos multitudinários na cidade.<br />
Para alcançar esse propósito, foram experimentados novos modos de organização do trabalho. Utilizando a lógica das assembleias populares horizontais, foram realizadas reuniões que garantiram um processo participativo com decisões coletivas. O material expositivo foi construído em workshops abertos à participação de qualquer interessado. Ideias, propostas e soluções também vieram de grupos de discussão criados em redes sociais e do trabalho de campo, ocorrido em várias partes da cidade.<br />
Para garantir a emergência de novas vozes, esta exposição não é um trabalho concluído. Ela pode se transformar com a sua contribuição.”<br />
<br/><br />
'''Construção do espaço comum'''<br />
<br/><br />
O processo colaborativo teve o Espaço do Conhecimento e o Grupo de pesquisa Indisciplinar como “fios condutores” ou “agenciadores de uma curadoria coletiva”. “Realizamos tudo em reuniões livres para quem quisesse participar”, enfatiza Natacha Rena, professora da Escola de Arquitetura da UFMG e líder do grupo Indisciplinar. Natacha chama a atenção para o caráter democrático da construção, na qual a participação se dá de forma direta, sem intermediários. “Não é a democracia para todos, mas a democracia feita por todos. O comum do qual falamos é a democracia real, não a representativa com a qual estamos acostumados”, acrescenta.<br />
<br/><br />
Uma das principais atividades da programação é a exposição Cartografias do Comum, que funciona como uma espécie de mapeamento dos grupos e questões defendidas e levantadas por eles. Natacha Rena faz questão de frisar o caráter imediato e presente das ações empreendidas. “Não são utopias, já está acontecendo. Não se trata de um lugar a ser alcançado. Estamos cartografando, registrando iniciativas realizadas. A exposição retrata o conjunto de singularidades e tudo o que resulta delas neste momento”, pontua.<br />
<br/><br />
O diretor científico-cultural do Espaço do Conhecimento UFMG, René Lommez Gomes, acrescenta que o formato de desenvolvimento da mostra aponta para novas direções, nas quais parte do público deixa de ser somente um alvo da ação museológica, tornando-se um proponente e executor ativo, trabalhando em conjunto com todos os setores da instituição. “O papel do museu é muito mais o de servir de instrumento para que as pessoas se apoderem da linguagem museológica do que o de decidir o que e como fazer. Funcionamos como um nó de articulação. A ideia responde a uma necessidade de irmos além do simples ‘fazer para o público’ e incorporarmos o ‘fazer com o público’, num processo de diálogo aberto”, explica. “Muitas das pautas colocadas em questão na mostra não têm expressão forte na agenda cultural ’oficial’ da cidade, mas se mantêm ativas na ação dos grupos independentes. Com a realização de um evento com essas características surge a oportunidade, a brecha para que determinadas pautas ganhem mais visibilidade no interior das instituições. Este momento potencializa uma discussão direta com uma multidão de pessoas que vivem a cidade, e torna a instituição mais porosa e permeável a novas ideias e proposições”, conclui.”<br />
<br/><br />
Mais sobre o evento:<br />
Dentro dessa multiplicidade de visões, os coletivos compartilham de uma nova lógica de produção cultural e de participação política, orientada pelo princípio da horizontalidade, ou seja: sem hierarquias. Essas são as bases da exposição Cartografias do Comum, resultado da articulação de coletivos culturais atuantes na cidade de BH.<br />
<br/><br />
As ações curatoriais e expográficas foram realizadas horizontalmente e aberto via editais e chamadas públicas, experimentando novos modelos curatoriais, alternativos ao modelo convencional atuando a partir de novos processos constituintes do comum. Pretende-se uma troca de modos de fazer desierarquizada entre universidade e sociedade acreditando que é urgente repensar as instituições a partir dos movimentos multitudinários globais que ganharam forma com maior intensidade no Brasil a partir das jornadas de junho de 2013. Portanto, é objetivo principal debater-construir ações que constituam novos processos em direção à democracia real, que aglutinem horizontalidade e decisão colaborativa aos processos participativos, inclusive dentro das universidades e dos espaços culturais. Para atingir estes objetivos adotamos formatos de reuniões assembleárias. Estas diretrizes serão conceituais e políticas, já apontando direções éticas que permeiam todo o processo, desde a concepção até a realização. Diversas ações e exposições estão previstas cruzando temas e grupos de trabalho.<br />
<br/><br />
Como parte interativa na abertura do espaço expositivo, criou-se um Atlas das Insurgências Multitudinárias no qual os visitantes poderão interagir auxiliando no processo de cartografia do comum em Belo Horizonte.<br />
[[Arquivo:Cartografias1.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
“1. Construir um Atlas das Insurgências da multidão é cartografar as resistências no espaço e no tempo! Acredita-se que as novas resistências são da ordem da multidão, da positividade e não da negatividade. Elas não se configuram em uma unidade, como é o povo do Estado-nação, nem em massa ou consumidor do mercado. A multidão é um projeto de produção do comum, e portanto, produz novos modos de vida que resistem ao capitalismo contemporâneo neoliberal. Ela não age na lógica do Estado socialista, nem do capital neoliberal, ela é da ordem do comum, e portanto, da auto-gestão e da autonomia. A multidão não é apenas espontaneidade, ela é potência de auto-organização. Sua estrutura é rizomática e se constitui em rede exercendo um trabalho vivo afetivo, recusando toda forma de ordenação vertical. A multidão traça linhas nômades e agencia uma máquina de guerra contra o Aparelho de Estado-capital. A multidão é performática, ao invés de vaguarda. Ela recusa o microfone, o carro de som e adota a estética como arma. A multidão é queer, ou qualquer sexualidade minoritária. Ela se constitui em tempos e espaços sobrepostos em ritmos de intensidade diversos, são resistências conectadas globalmente nas redes e nas ruas. A multidão é vadia, carnal, carnaval, trans, ameríndia, black, blocada em híbridos não capturáveis. Multidão é legião nomádica, tudo o que o poder não pode surportar.<br />
<br/><br />
2. Observa-se que as manifestações multitudinárias, fora da lógica do Estado ou do mercado, compõem um conjunto crescente de produção do comum em Belo Horizonte (e no mundo) desde o início do Século XXI. Para enxergarmos melhor (no espaço e no tempo) estas ações urbanas, que vêm construindo um conjunto de resistências à expropriação do comum em nossa cidade, decidimos construir um atlas.<br />
<br/><br />
3. Cartografar é resistir! Escolheu-se o método cartográfico para produzir este atlas, porque acreditamos que os métodos tradicionais de representação do território são insuficientes para compreender a fricção entre a produção do espaço e os modos de reprodução social. Como forma alternativa de se observar e experimentar eventos que produzem o comum urbano, realizamos um atlas que se processa, através do método cartográfico, não somente como uma estratificação de níveis de realidade, mas também como um modo coletivo de pensar e construir o espaço. Portanto, utilizamos diversos pontos de vista realizando um contraponto ao paradigma dominante, que se fundem aqui nesta linha do tempo linkando espaço e tempo, subjetividades e território, observação e experiência, ação e registro, apostas e realidade. Cartografar é produzir um mapa, um rizoma, uma multiplicidade de platôs que possam ser transformados, reduzidos e acrescidos a qualquer instante. Um mapa, atlas, cartografado, tem mútliplas entrada e está sempre aberto a múltiplas transformações.<br />
<br/><br />
4. O grid é a regra que conduz o traçado racional e dimensional do mundo cartesiano. Ele também faz parte das métricas que constituiem os mapas convencionais que envolvem abstratamente a cidade apagando sua vida cotidiana. Escolhemos papeis milimetrados e diversas formas de medição provindas da costura, dos moldes, das métricas racionais para compor um patchwork de base no qual os acontecimentos cotidianos funcionassem como linhas de fuga que escapam ao controle do território, dispensando alvarás, mundos criados pelas máquinas de guerra que destituem constamente o Aparelho de Estado. Assim, as colagens manuais, recortes de panfletos, flyers, revistas, adesivos, cartilhas, fanzines, adesivos e toda uma produção diversa dos movimentos de resistência fazem parte do palimpsesto espaço-temporal deste atlas. O espaço liso do rizoma cresce em múltiplas direções, é subversivo e atravessa fluidamente o esquartejamento estriado do poder. Cria-se aqui neste atlas, um modelo topológico dos nomadismos multitudinários.”<br />
<br/><br />
<br/><br />
Eventos associados ao Cartografias do Comum:<br />
<br/><br />
<br/><br />
Projecto Multiplo<br />
https://www.facebook.com/events/660200700725224/?fref=ts&locale=pt_BR<br />
<br/><br />
Artesanias Expográficas:<br />
https://www.facebook.com/events/1423757174577143/?fref=ts&locale=pt_BR<br />
<br/><br />
Pixo<br />
https://www.facebook.com/events/1471427683096118/<br />
<br/><br />
Coletivo<br />
https://www.facebook.com/events/268861706638945/<br />
<br/><br />
Laboratório de Plásticas Comuns<br />
https://www.facebook.com/events/258429214359977/<br />
<br/><br />
Participam deste evento (com outros grupos que irão agregando-sei ao longo do tempo):<br />
<br/><br />
Espaço do Conhecimento UFMG<br />
<br/><br />
Grupo de Pesquisa Indisciplinar _ UFMG<br />
<br/><br />
Grupo de Pesquisa Praxis Ufmg _ UFMG<br />
<br/><br />
Grupo de Pesquisa Programa Pólos de Cidadania _ UFMG<br />
<br/><br />
Grupo de Pesquisa Cultura de Rua – Cidade e Alteridade _ UFMG<br />
<br/><br />
LEU – Laboratório de Expedições Urbanas<br />
<br/><br />
NUH _ UFMG<br />
<br/><br />
Movimento social Tarifa Zero BH<br />
<br/><br />
IncomoD.A./Em Comodo – Escola de Belas Artes da UFMG<br />
<br/><br />
Comidaria comum<br />
<br/><br />
Cozinha Comum _ UFMG<br />
<br/><br />
Projeto artesanias do comum _ UFMG<br />
<br/><br />
Espaço Comum Luiz Estrela<br />
<br/><br />
Coletivo Micrópolis<br />
<br/><br />
Coletivo MAPA:/<br />
<br/><br />
Coletivo Interface Tátil oficina de arquitetura<br />
<br/><br />
Projeto Campos de Várzea e as suas estruturas do comum<br />
<br/><br />
IND.LAB _ Laboratorio Nomade do Comum _ UFMG<br />
<br/><br />
Projeto Diálogos _ UFMG<br />
<br/><br />
Mostra Brutos<br />
<br/><br />
Grafite Reverso<br />
<br/><br />
Projecto Multiplo<br />
<br/><br />
Projeto Mapeando o Comum em Belo Horizonte<br />
<br/><br />
Projeto Cartografias Emergentes<br />
<br/><br />
Poro – intervenções urbanas e ações efêmeras<br />
<br/><br />
Participações individuais:<br />
Rui Mourão<br />
Patrícia Cioffi<br />
Fernanda Fernanda Quintão<br />
Karyna Dultra<br />
Marina Santos<br />
Pedro Saldanha<br />
<br/><br />
Mais Informações:<br />
<br/><br />
Mostra “O Comum e as Cidades”<br />
<br/><br />
Período: 3 de julho a 3 de agosto<br />
<br/><br />
Abertura da Mostra: 3 de julho, às 19h<br />
<br/><br />
Local: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700<br />
<br/><br />
<br />
CAFÉ CONTROVERSO <br />
<br />
Os Cafés do Espaço do Conhecimento UFMG acontecem aos sábados, às 11h, na Cafeteria do museu. São eventos gratuitos e abertos ao público. O Café Controverso busca promover um debate público entre dois convidados, explorando diferentes perspectivas do tema em questão.<br />
<br />
Informações<br />
<br />
Sábados, às 11h<br />
<br />
Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG<br />
<br />
Entrada Gratuita<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
OFICINAS <br />
<br />
Oficina “Laboratório de Produção Plástica Colaborativa”<br />
<br />
Data: Entre 02 de julho a 02 de agosto<br />
<br />
Ministrantes: Grupo Incomoda (Pedro Henrique Saldanha, Sara Alves Braga, Cindy Doria, Thais Gallo, Júlia Larama, Jeannie Helleny, Maíra Gouveia, Lilian Brandão, Maíra Rodrigues, Ana Clara Ligeiro, Renan Bocóti<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
Oficina “Make up Drag Queen”<br />
<br />
Data: 19 de julho<br />
<br />
Ministrantes: Manuza Leão e Kelly Caramello<br />
<br />
Mais informações <br />
<br />
<br />
<br />
MOSTRA DE VÍDEOS<br />
<br />
05 de julho<br />
<br />
Temática: Mobilidade urbana<br />
<br />
14h<br />
<br />
Velho Recife Novo<br />
<br />
Duração: 15 min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
Barres<br />
<br />
Duração: 14 min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
10 de julho<br />
<br />
Temática: Vilas, favelas e ocupações<br />
<br />
17h<br />
<br />
Dandara<br />
<br />
Duração: 65min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
Uma avenida no meu quintal<br />
<br />
Duração: 50min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
As sessões serão comentadas por Joviano Mayer, Nubio Hott e Lucas Parreira<br />
<br />
Mais informações <br />
<br />
<br />
<br />
17 de junho<br />
<br />
Temática: Cultura de Rua<br />
<br />
18h<br />
<br />
100 Comédia Brasil<br />
<br />
Duração: 60 min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
A sessão será comentada por Mariana Fernandes Gontijo<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
19 de julho<br />
<br />
Temática: Patrimônio e ocupação<br />
<br />
14h<br />
<br />
Um pouco mais comum<br />
<br />
Duração: 10 min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
A sessão será comentada por René Lommez Gomes<br />
<br />
Já me transformei em imagem<br />
<br />
Duração: 30 min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
Registros Culinários <br />
<br />
Duração: 20 min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
As sessões serão comentadas por René Lommez<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
24 de julho<br />
<br />
Temática: Gênero<br />
<br />
17h<br />
<br />
Meu filme que nunca vi<br />
<br />
Duração: 45min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
A sessão será comentada por Clara Coelho Novais, Gustavo Rezende de Magalhães, Camila Carneiro Bahia Braga, Gabriela Costa Souza, Bárbara Macedo e Transsex Lara BH<br />
<br />
26 de julho<br />
<br />
Temática: Gênero<br />
<br />
A partir das 14h<br />
<br />
Memorial de travestis e transexuais de BH<br />
<br />
Duração: 19 min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
Transhomemtrans<br />
<br />
Direção: Tatiana Carvalho Costa<br />
<br />
Duração: 19min<br />
<br />
Classificação: livre<br />
<br />
As sessões serão comentadas por Tatiana Carvalho Costa<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
31 de julho<br />
<br />
Temática: Pixo<br />
<br />
A partir das 18h<br />
<br />
Luz, Câmera, PICHAÇÃO<br />
<br />
Duração 109min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
A sessão será comentada por Ludmilla Zago<br />
<br />
Mais informações<br />
<br />
<br />
<br />
02 de agosto<br />
<br />
Temática: O Comum em três partes: ocupando a mídia, a cidade e as formas de trabalho?<br />
<br />
A partir das 14h<br />
<br />
Flaskô, a Fábrica<br />
<br />
Duração: 15min<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
Everything is a remix <br />
<br />
Duração: 45 minutos<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
As sessões serão comentadas por Natacha Rena<br />
<br />
Mais informações <br />
<br />
<br />
<br />
DEBATES<br />
<br />
24 de julho<br />
<br />
Mega eventos: copa do mundo, gênero e sexualidade – Higienização Urbana<br />
<br />
Convidadas: Dra. Regina Helena Alves da Silva e Indianara Alves Siqueira<br />
<br />
Horário: 19h<br />
<br />
Duração: 2h<br />
<br />
Classificação: 16 anos<br />
<br />
<br />
<br />
26 de julho<br />
<br />
Nome social e segurança pública<br />
<br />
Convidados: Anyky Limas e Pedro Paulo<br />
<br />
Horário: 15h30<br />
<br />
Duração 1h30min<br />
<br />
Classificação: Livre<br />
<br />
<br />
<br />
FACHADA DIGITAL <br />
<br />
Todas as noites, imagens que unem arte, ciência e experimentação são exibidas na fachada digital do espaço do Conhecimento, numa interface entre o museu e a Praça da Liberdade. A estrutura funciona todas as noites entre as 18h e as 22h e também receberá conteúdos especiais durante a programação do Comum e as Cidades.<br />
<br />
<br />
<br />
03 a 10 de julho <br />
<br />
Futebol de 3 lados<br />
<br />
Grupo MAPA :/ – Manutenção em procedimentos e apropriações<br />
<br />
Cenas de uma partida de futebol de três lados.<br />
<br />
11 a 22 de julho<br />
<br />
Futebol de Várzea<br />
<br />
Grupo 8 mm (Bruno Greco, Francisco Grynberg e Patrick Maia e Campos) e Luísa Greco<br />
<br />
Cenas de partidas em campos de várzea e seus respectivos entornos.<br />
<br />
23 de julho a 03 de agosto<br />
<br />
Os muros<br />
<br />
Cultura de Rua – Grupo de pesquisa Cidade e Alteridade (Faculdade de Direito da UFMG )<br />
<br />
Fotografias que problematizam a experiência compartilhada nos espaços urbanos, através do registro de intervenções como graffiti, pixação, stickers e outras inserções.<br />
<br />
<br />
<br />
SEMINÁRIO <br />
<br />
Seminário Práxis – Práticas Sociais no Espaço Urbano<br />
<br />
Temática: O potencial do precário em favelas e ocupações<br />
<br />
Data: 24 de julho<br />
<br />
Horário: 14h às 16h45<br />
<br />
Local: 2° andar do museu<br />
<br />
Classificação livre<br />
<br />
Convidados: Denise Morado Nascimento , Marcela Silviano Brandão Lopes, Eduardo Moutinho Ramalho Bittencourt, Junia Ferrari, Cecília Reis Alves dos Santos</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Cartografias1.jpg&diff=2448Arquivo:Cartografias1.jpg2019-04-08T21:13:14Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Cartografiasdocomum12.jpg&diff=2447Arquivo:Cartografiasdocomum12.jpg2019-04-08T21:12:48Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Cartografiasdocomum.jpg&diff=2446Arquivo:Cartografiasdocomum.jpg2019-04-08T21:11:24Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Cartografias_do_Comum&diff=2445Cartografias do Comum2019-04-08T21:10:28Z<p>NaturezaPolitica: Criar página em branco</p>
<hr />
<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2443Memória do Indisciplinar2019-04-08T21:05:24Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
<br />
>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
<br />
=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
<br />
=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
*[[A Copa contra o direito à cidade]] Jun 30, 2014 | pesquisa, publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
<br />
==Agosto==<br />
<br />
* [[Vídeo sobre a ocupação eliana silva]] <br/><br />
* [[– re – Apropriando a centralidade na metrópole]] <br/><br />
* [[(des)encontros: bogotá, bh,]]<br />
<br />
==Setembro==<br />
* [[Posters/cartilhas indisciplinares]] Sep 21, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, cartografias emergentes, disciplina, extensão, mapeamentos, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Outubto==<br />
<br />
==Novembro==<br />
*[[Espaço comum como resistência positiva]] Nov 2, 2014 <br />
*[[Arte e espaço: uma situação política]] Nov 2, 2014<br />
*[[Iconoclasistas em novabh]] Nov 20, 2014</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=A_Copa_contra_o_direito_%C3%A0_cidade&diff=2442A Copa contra o direito à cidade2019-04-08T21:02:02Z<p>NaturezaPolitica: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Acopacontraodireitoacidade.png|miniaturadaimagem]]<br />
<br />
Texto escrito por Lucas Faulhaber. Arquiteto e urbanista.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
O Rio vem sendo [http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/03/preco-dos-imoveis-no-rio-entra-em-fase-de-estabilizacao-diz-secovi.html o campeão em elevação de preços de imóveis no país nesta última década]. O rápido processo de valorização imobiliária na cidade foi sustentado, sobretudo, pelas obras voltadas para o processo de reestruturação urbana em curso e pelas expectativas que envolvem um extenso calendário de eventos. As pesquisas e levantamentos mostram que o processo da produção capitalista do espaço no Rio de Janeiro ocorre em detrimento dos direitos dos cidadãos e como isso se acentua principalmente na gestão municipal de Eduardo Paes (2009-2014). Os que perdem suas casas para a valorização do território não usufruem destes supostos benefícios. Pelo contrário, são marginalizados diante da reorganização da ocupação e apropriação do espaço urbano. <br />
<br/> <br />
<br/> <br />
A fim de resgatar a estratégia de outras épocas, agora o governo precisava argumentar que [http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/419002/noticia.htm?sequence=1 as novas remoções da Prefeitura deveriam ser distintas das remoções do passado], pois seriam realizadas com participação dos moradores e respeito aos seus direitos. O termo “remoções democráticas” é cunhado em junho de 2010, por Adilson Pires do PT, à época, líder do governo na câmara dos vereadores e atual vice-prefeito, para denominar o que seria essa prática municipal.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
[https://extra.globo.com/noticias/rio/paes-diz-que-remocao-de-favelas-nao-pode-ser-tabu-265452.html A quebra do “tabu”,] com o auxílio indispensável da imprensa foi o que possibilitou um dos períodos mais violentos da história das remoções no Rio de Janeiro. [http://contario.net/remocoes-etica-ou-cosmetica/ Em fevereiro de 2014, a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), declarou que mais de 20 mil famílias](cerca de 70 mil pessoas) sofreram deslocamentos compulsórios desde 2009, ou seja, mais de dez casas por dia de governo. Isso sem contar aqueles imóveis em áreas formais atingidos pelas obras de intervenção urbana que foram alvo de desapropriação.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
[https://comitepopulario.files.wordpress.com/2014/06/dossiecomiterio2014_web.pdf Como denunciado por diversos movimentos sociais, ]já foram removidas ou ameaçadas de remoção as favelas e ocupações de Vila Autódromo, Indiana, Horto, Metrô Mangueira, Providência, Vila Recreio II, Vila Harmonia, Quilombo das Guerreiras, Zumbi dos Palmares, dentre muitas outras comunidades.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
A exposição da pobreza e sua associação à violência urbana fazem com que as favelas e seus habitantes representem um fragmento da cidade que deve ser combatido. Uma agressão ao meio ambiente e ao cenário carioca e ao mesmo tempo um empecilho para valorização e progresso desta sociedade. <br />
[http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/127/o-efeito-upp-a-pacificacao-de-favelas-no-rio-282612-1.aspx As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) são colocadas neste enredo como propulsoras destas transformações voltadas para o mercado.]Através da ação repressora e disciplinadora de seus habitantes, o Estado, com grande apoio da opinião pública, comunica ao mercado que aquela área também está aberta para sua atuação.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
A partir de 2009, em busca da reorganização do espaço urbano do Rio de Janeiro, a prefeitura aponta novamente a remoção das camadas sociais mais pobres como preceito para a valorização do território. As radicais transformações urbanas do Rio de Janeiro encontravam um grande apoio popular na medida em que estas apareciam como fundamentais para preparar a cidade para os megaeventos. Os grandes projetos e eventos servem como uma espécie de marketing urbano para promover o orgulho por parte da população em pertencer a uma cidade que atingiu o caráter global, capaz de atrair investidores e os olhares de todo o mundo.No entanto, sabemos que no processo de apropriação do espaço urbano pelo capital ao longo da historia do Rio de Janeiro, a expulsão das camadas socioeconomicamente mais vulneráveis dos territórios de maior valor de mercado foi um fenômeno recorrente. Foi assim historicamente com a caça aos cortiços da região central, com os incêndios das favelas da Praia do Pinto e Catacumba, dentre outras na zona sul da cidade.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
As grandes intervenções urbanas, além de aparecer como uma vantagem competitiva frente ao mercado global de cidades, também são enaltecidas [https://www.youtube.com/watch?v=pvDPbRsxCiI&feature=kp como benefícios ou legados desse processo]. Os corredores viários, a construção de parques, as intervenções na área portuária, a instalação e requalificação de equipamentos esportivos e, sobretudo, a eliminação de ocupação de áreas de risco são os argumentos mais utilizados pelo Estado para promover estas remoções.<br />
[[Arquivo:Penultimaimagem.png|miniaturadaimagem]]<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
No entanto, ao representar estas remoções espacializadas percebe-se uma grande concentração nas áreas mais valorizadas ou com este potencial devido ao aporte de recursos investidos para este fim. Nesse sentido, o direcionamento das ações do Estado sobre determinada região vem especialmente ao encontro dos interesses da construção civil. As favelas e ocupações, cuja permanência por todos os anos mostrou que houve resistência à lógica imobiliária formal, agora sofrem novamente uma fortíssima intervenção. Coincidentemente ou não, os assentamentos que apresentam o maior risco geotécnico e que também recebem obras de infraestrutura, são exatamente aqueles que estão nas zonas de influência da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.<br />
[[Arquivo:Https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0810200906.htm|miniaturadaimagem|zonas de influência da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016]] Logo, denota-se que é muito mais arriscado, devidos aos intesses imobiliários, para o pobre morar em uma favela das zonas mais valorizadas do que no restante da cidade.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Em Outubro de 2011, com a acentuação das remoções, o poder municipal institui diretrizes para a relocação de moradores. Segundo o decreto, uma vez apontadas para reassentamento, as famílias deveriam ter a oportunidade de escolha entre as seguintes alternativas:<br />
<br/> <br />
*A indenização das benfeitorias;<br />
*A compra de uma nova moradia assistida pela prefeitura;<br />
*Pagamento de aluguel social (R$ 400,00) até o reassentamento para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Os dados da SMH apontam que dentre aqueles que tiveram seus imóveis removidos até abril de 2012, a maioria (64%) recebeu imediatamente o aluguel social de forma provisória para posterior reassentamento em um empreendimento do MCMV. A espera pela nova moradia tende a ser bastante superior ao tempo de auxilio aluguel, que está limitado em apenas três meses, prolongando ainda mais a situação de vulnerabilidade da família que deveria encontrar imóveis a um custo máximo de 400 reais, e se o tempo superasse, deveria arcar de sua própria conta com esse ônus.<br />
<br/> <br />
Aqueles que optaram pela indenização (20%) receberam, em média , apenas 28 mil reais, valor que não possibilita que o cidadão possa reconstruir sua casa em condições melhores em relação às quais se encontravam anteriormente, o que acaba por caracterizar a ineficácia dessa política em relação à proteção destas pessoas. que com parte destes recursos costumam reconstruir suas casas em áreas que também estão em situação de risco legal e geológico.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
O programa MCMV, uma promessa de inclusão social por meio de moradia adequada, se tornou, especialmente no Rio de Janeiro, instrumento de segregação espacial. A grande maioria (67%) das unidades do programa para baixa renda (até três salários mínimos por família) estão localizadas na Zona Oeste. A maioria dos condomínios sequer possuem equipamentos e serviços nas suas imediações, sem contar com a oferta de emprego.<br />
[[Arquivo:Ultimaimagem.png|miniaturadaimagem]]<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Coincidência ou não, esta área da cidade tem grande parte do seu território tomado por grupos milicianos que se utilizam do poder de intimidação para cobrar taxas de serviços básicos da população, como luz, gás, transporte e, sobretudo, “segurança”. Presentes nos loteamentos irregulares e favelas,[https://extra.globo.com/noticias/rio/secretario-diz-que-dificil-expulsar-milicia-1589197.html este domínio se reproduz cada vez mais frequentemente nos novos condomínios do MCMV na região.]<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Mas não é só mediante a ação repressora do Estado que a periferização ganha força no Rio de Janeiro. Uma vez que os investimentos se voltaram a áreas centrais da cidade que antes estavam à margem dos interesses políticos e imobiliários, como determinadas favelas e a zona portuária, a população que ali reside sofre uma enorme pressão do próprio mercado para a sua saída. A “remoção branca” é uma realidade de diversas favelas da Zona Sul que estão se transformando em objeto de desejo de estrangeiros e da classe média.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
A população que no primeiro momento concedia um grande apoio para as transformações que estavam sendo impostas na cidade, enxergando a valorização do espaço urbano como um belo avanço frente a imagem consagrada de crise, se questiona fortemente quanto a quem interessa este processo. Enquanto o Rio de Janeiro vem sendo preparado com intervenções urbanísticas de grande porte para receber os megaeventos, os cidadãos estão percebendo que ao invés de beneficiários, estão sendo atacados por esse projeto. Os altos custos voltados para construção de equipamentos esportivos, ao mesmo tempo em que os serviços básicos estão sucateados, fazem ecoar nas ruas os gritos “queremos saúde e educação padrão FIFA”.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
As grandes manifestações de junho de 2013 foram um despertar de que aquele projeto de cidade excludente não era nada consensual. Não estamos falando da insatisfação somente daquelas famílias que foram brutalmente expulsas para dar espaço ao mercado imobiliário, mas também daqueles que se veem [http://rebaixada.org/cgi-sys/suspendedpage.cgi sem condições de arcar com um custo de vida no Rio de Janeiro cada vez mais inviável.] As camadas mais pobres, dentro ou fora das favelas, e até a classe média estão sofrendo com a gentrificação, [https://oglobo.globo.com/rio/cidade-em-transe-10548832 embora a mídia insista em colocar como um fenômeno inerente ao progresso de qualquer cidade global.]<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Costuma-se afirmar que a cidade cresce de forma desordenada. No entanto, o que podemos perceber é que há uma forte articulação para a produção do espaço urbano do Rio de Janeiro. Apontando e espacializando a atuação do Estado em associação com os interesses do mercado, podemos desvelar quais são os instrumentos utilizados para o planejamento desta cidade neoliberal.<br />
<br/> <br />
<br/> <br />
Colocar os megaeventos como protagonistas nesse processo, se tornou reposta fácil. A Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos são apenas mais elementos que vem a reforçar esse projeto de cidade. Os eventos são mais algumas justificativas que tentam legitimar qualquer ação de emergência por parte do Estado, e esta também é uma questão central que deve ser debatida. Mas colocar a FIFA ou o COI como os únicos grandes vilões é omitir o [https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/quem-financiou-a-campanha-de-eduardo-paes-no-rio/ omitir o papel central dos promotores imobiliários locais e nacionais nesse processo.]</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=A_Copa_contra_o_direito_%C3%A0_cidade&diff=2438A Copa contra o direito à cidade2019-04-08T20:59:50Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>[[Arquivo:Acopacontraodireitoacidade.png|miniaturadaimagem]]<br />
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Texto escrito por Lucas Faulhaber. Arquiteto e urbanista.<br />
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O Rio vem sendo [http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/03/preco-dos-imoveis-no-rio-entra-em-fase-de-estabilizacao-diz-secovi.html o campeão em elevação de preços de imóveis no país nesta última década]. O rápido processo de valorização imobiliária na cidade foi sustentado, sobretudo, pelas obras voltadas para o processo de reestruturação urbana em curso e pelas expectativas que envolvem um extenso calendário de eventos. As pesquisas e levantamentos mostram que o processo da produção capitalista do espaço no Rio de Janeiro ocorre em detrimento dos direitos dos cidadãos e como isso se acentua principalmente na gestão municipal de Eduardo Paes (2009-2014). Os que perdem suas casas para a valorização do território não usufruem destes supostos benefícios. Pelo contrário, são marginalizados diante da reorganização da ocupação e apropriação do espaço urbano. <br />
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A fim de resgatar a estratégia de outras épocas, agora o governo precisava argumentar que [http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/419002/noticia.htm?sequence=1 as novas remoções da Prefeitura deveriam ser distintas das remoções do passado], pois seriam realizadas com participação dos moradores e respeito aos seus direitos. O termo “remoções democráticas” é cunhado em junho de 2010, por Adilson Pires do PT, à época, líder do governo na câmara dos vereadores e atual vice-prefeito, para denominar o que seria essa prática municipal.<br />
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[https://extra.globo.com/noticias/rio/paes-diz-que-remocao-de-favelas-nao-pode-ser-tabu-265452.html A quebra do “tabu”,] com o auxílio indispensável da imprensa foi o que possibilitou um dos períodos mais violentos da história das remoções no Rio de Janeiro. [http://contario.net/remocoes-etica-ou-cosmetica/ Em fevereiro de 2014, a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), declarou que mais de 20 mil famílias](cerca de 70 mil pessoas) sofreram deslocamentos compulsórios desde 2009, ou seja, mais de dez casas por dia de governo. Isso sem contar aqueles imóveis em áreas formais atingidos pelas obras de intervenção urbana que foram alvo de desapropriação.<br />
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[https://comitepopulario.files.wordpress.com/2014/06/dossiecomiterio2014_web.pdf Como denunciado por diversos movimentos sociais, ]já foram removidas ou ameaçadas de remoção as favelas e ocupações de Vila Autódromo, Indiana, Horto, Metrô Mangueira, Providência, Vila Recreio II, Vila Harmonia, Quilombo das Guerreiras, Zumbi dos Palmares, dentre muitas outras comunidades.<br />
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A exposição da pobreza e sua associação à violência urbana fazem com que as favelas e seus habitantes representem um fragmento da cidade que deve ser combatido. Uma agressão ao meio ambiente e ao cenário carioca e ao mesmo tempo um empecilho para valorização e progresso desta sociedade. <br />
[http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/127/o-efeito-upp-a-pacificacao-de-favelas-no-rio-282612-1.aspx As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) são colocadas neste enredo como propulsoras destas transformações voltadas para o mercado.]Através da ação repressora e disciplinadora de seus habitantes, o Estado, com grande apoio da opinião pública, comunica ao mercado que aquela área também está aberta para sua atuação.<br />
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<br/> <br />
A partir de 2009, em busca da reorganização do espaço urbano do Rio de Janeiro, a prefeitura aponta novamente a remoção das camadas sociais mais pobres como preceito para a valorização do território. As radicais transformações urbanas do Rio de Janeiro encontravam um grande apoio popular na medida em que estas apareciam como fundamentais para preparar a cidade para os megaeventos. Os grandes projetos e eventos servem como uma espécie de marketing urbano para promover o orgulho por parte da população em pertencer a uma cidade que atingiu o caráter global, capaz de atrair investidores e os olhares de todo o mundo.No entanto, sabemos que no processo de apropriação do espaço urbano pelo capital ao longo da historia do Rio de Janeiro, a expulsão das camadas socioeconomicamente mais vulneráveis dos territórios de maior valor de mercado foi um fenômeno recorrente. Foi assim historicamente com a caça aos cortiços da região central, com os incêndios das favelas da Praia do Pinto e Catacumba, dentre outras na zona sul da cidade.<br />
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As grandes intervenções urbanas, além de aparecer como uma vantagem competitiva frente ao mercado global de cidades, também são enaltecidas [https://www.youtube.com/watch?v=pvDPbRsxCiI&feature=kp como benefícios ou legados desse processo]. Os corredores viários, a construção de parques, as intervenções na área portuária, a instalação e requalificação de equipamentos esportivos e, sobretudo, a eliminação de ocupação de áreas de risco são os argumentos mais utilizados pelo Estado para promover estas remoções.<br />
[[Arquivo:Penultimaimagem.png|miniaturadaimagem]]<br />
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No entanto, ao representar estas remoções espacializadas percebe-se uma grande concentração nas áreas mais valorizadas ou com este potencial devido ao aporte de recursos investidos para este fim. Nesse sentido, o direcionamento das ações do Estado sobre determinada região vem especialmente ao encontro dos interesses da construção civil. As favelas e ocupações, cuja permanência por todos os anos mostrou que houve resistência à lógica imobiliária formal, agora sofrem novamente uma fortíssima intervenção. Coincidentemente ou não, os assentamentos que apresentam o maior risco geotécnico e que também recebem obras de infraestrutura, são exatamente aqueles que estão nas <br />
[[Arquivo:Https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0810200906.htm|miniaturadaimagem|zonas de influência da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016]]<br />
. Logo, denota-se que é muito mais arriscado, devidos aos intesses imobiliários, para o pobre morar em uma favela das zonas mais valorizadas do que no restante da cidade.<br />
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Em Outubro de 2011, com a acentuação das remoções, o poder municipal institui diretrizes para a relocação de moradores. Segundo o decreto, uma vez apontadas para reassentamento, as famílias deveriam ter a oportunidade de escolha entre as seguintes alternativas:<br />
<br/> <br />
*A indenização das benfeitorias;<br />
*A compra de uma nova moradia assistida pela prefeitura;<br />
*Pagamento de aluguel social (R$ 400,00) até o reassentamento para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).<br />
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Os dados da SMH apontam que dentre aqueles que tiveram seus imóveis removidos até abril de 2012, a maioria (64%) recebeu imediatamente o aluguel social de forma provisória para posterior reassentamento em um empreendimento do MCMV. A espera pela nova moradia tende a ser bastante superior ao tempo de auxilio aluguel, que está limitado em apenas três meses, prolongando ainda mais a situação de vulnerabilidade da família que deveria encontrar imóveis a um custo máximo de 400 reais, e se o tempo superasse, deveria arcar de sua própria conta com esse ônus.<br />
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Aqueles que optaram pela indenização (20%) receberam, em média , apenas 28 mil reais, valor que não possibilita que o cidadão possa reconstruir sua casa em condições melhores em relação às quais se encontravam anteriormente, o que acaba por caracterizar a ineficácia dessa política em relação à proteção destas pessoas. que com parte destes recursos costumam reconstruir suas casas em áreas que também estão em situação de risco legal e geológico.<br />
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O programa MCMV, uma promessa de inclusão social por meio de moradia adequada, se tornou, especialmente no Rio de Janeiro, instrumento de segregação espacial. A grande maioria (67%) das unidades do programa para baixa renda (até três salários mínimos por família) estão localizadas na Zona Oeste. A maioria dos condomínios sequer possuem equipamentos e serviços nas suas imediações, sem contar com a oferta de emprego.<br />
[[Arquivo:Ultimaimagem.png|miniaturadaimagem]]<br />
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Coincidência ou não, esta área da cidade tem grande parte do seu território tomado por grupos milicianos que se utilizam do poder de intimidação para cobrar taxas de serviços básicos da população, como luz, gás, transporte e, sobretudo, “segurança”. Presentes nos loteamentos irregulares e favelas,[https://extra.globo.com/noticias/rio/secretario-diz-que-dificil-expulsar-milicia-1589197.html este domínio se reproduz cada vez mais frequentemente nos novos condomínios do MCMV na região.]<br />
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Mas não é só mediante a ação repressora do Estado que a periferização ganha força no Rio de Janeiro. Uma vez que os investimentos se voltaram a áreas centrais da cidade que antes estavam à margem dos interesses políticos e imobiliários, como determinadas favelas e a zona portuária, a população que ali reside sofre uma enorme pressão do próprio mercado para a sua saída. A “remoção branca” é uma realidade de diversas favelas da Zona Sul que estão se transformando em objeto de desejo de estrangeiros e da classe média.<br />
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A população que no primeiro momento concedia um grande apoio para as transformações que estavam sendo impostas na cidade, enxergando a valorização do espaço urbano como um belo avanço frente a imagem consagrada de crise, se questiona fortemente quanto a quem interessa este processo. Enquanto o Rio de Janeiro vem sendo preparado com intervenções urbanísticas de grande porte para receber os megaeventos, os cidadãos estão percebendo que ao invés de beneficiários, estão sendo atacados por esse projeto. Os altos custos voltados para construção de equipamentos esportivos, ao mesmo tempo em que os serviços básicos estão sucateados, fazem ecoar nas ruas os gritos “queremos saúde e educação padrão FIFA”.<br />
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As grandes manifestações de junho de 2013 foram um despertar de que aquele projeto de cidade excludente não era nada consensual. Não estamos falando da insatisfação somente daquelas famílias que foram brutalmente expulsas para dar espaço ao mercado imobiliário, mas também daqueles que se veem [http://rebaixada.org/cgi-sys/suspendedpage.cgi sem condições de arcar com um custo de vida no Rio de Janeiro cada vez mais inviável.] As camadas mais pobres, dentro ou fora das favelas, e até a classe média estão sofrendo com a gentrificação, [https://oglobo.globo.com/rio/cidade-em-transe-10548832 embora a mídia insista em colocar como um fenômeno inerente ao progresso de qualquer cidade global.]<br />
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Costuma-se afirmar que a cidade cresce de forma desordenada. No entanto, o que podemos perceber é que há uma forte articulação para a produção do espaço urbano do Rio de Janeiro. Apontando e espacializando a atuação do Estado em associação com os interesses do mercado, podemos desvelar quais são os instrumentos utilizados para o planejamento desta cidade neoliberal.<br />
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Colocar os megaeventos como protagonistas nesse processo, se tornou reposta fácil. A Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos são apenas mais elementos que vem a reforçar esse projeto de cidade. Os eventos são mais algumas justificativas que tentam legitimar qualquer ação de emergência por parte do Estado, e esta também é uma questão central que deve ser debatida. Mas colocar a FIFA ou o COI como os únicos grandes vilões é omitir o [https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/quem-financiou-a-campanha-de-eduardo-paes-no-rio/ omitir o papel central dos promotores imobiliários locais e nacionais nesse processo.]</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Penultimaimagem.png&diff=2432Arquivo:Penultimaimagem.png2019-04-08T20:54:07Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=A_Copa_contra_o_direito_%C3%A0_cidade&diff=2422A Copa contra o direito à cidade2019-04-08T20:43:11Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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Texto escrito por Lucas Faulhaber. Arquiteto e urbanista.<br />
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O Rio vem sendo [http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/03/preco-dos-imoveis-no-rio-entra-em-fase-de-estabilizacao-diz-secovi.html o campeão em elevação de preços de imóveis no país nesta última década]. O rápido processo de valorização imobiliária na cidade foi sustentado, sobretudo, pelas obras voltadas para o processo de reestruturação urbana em curso e pelas expectativas que envolvem um extenso calendário de eventos. As pesquisas e levantamentos mostram que o processo da produção capitalista do espaço no Rio de Janeiro ocorre em detrimento dos direitos dos cidadãos e como isso se acentua principalmente na gestão municipal de Eduardo Paes (2009-2014). Os que perdem suas casas para a valorização do território não usufruem destes supostos benefícios. Pelo contrário, são marginalizados diante da reorganização da ocupação e apropriação do espaço urbano. <br />
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A fim de resgatar a estratégia de outras épocas, agora o governo precisava argumentar que [http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/419002/noticia.htm?sequence=1 as novas remoções da Prefeitura deveriam ser distintas das remoções do passado], pois seriam realizadas com participação dos moradores e respeito aos seus direitos. O termo “remoções democráticas” é cunhado em junho de 2010, por Adilson Pires do PT, à época, líder do governo na câmara dos vereadores e atual vice-prefeito, para denominar o que seria essa prática municipal.<br />
[https://extra.globo.com/noticias/rio/paes-diz-que-remocao-de-favelas-nao-pode-ser-tabu-265452.html A quebra do “tabu”,] com o auxílio indispensável da imprensa foi o que possibilitou um dos períodos mais violentos da história das remoções no Rio de Janeiro. [http://contario.net/remocoes-etica-ou-cosmetica/ Em fevereiro de 2014, a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), declarou que mais de 20 mil famílias](cerca de 70 mil pessoas) sofreram deslocamentos compulsórios desde 2009, ou seja, mais de dez casas por dia de governo. Isso sem contar aqueles imóveis em áreas formais atingidos pelas obras de intervenção urbana que foram alvo de desapropriação.<br />
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[https://comitepopulario.files.wordpress.com/2014/06/dossiecomiterio2014_web.pdf Como denunciado por diversos movimentos sociais, ]já foram removidas ou ameaçadas de remoção as favelas e ocupações de Vila Autódromo, Indiana, Horto, Metrô Mangueira, Providência, Vila Recreio II, Vila Harmonia, Quilombo das Guerreiras, Zumbi dos Palmares, dentre muitas outras comunidades.<br />
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A exposição da pobreza e sua associação à violência urbana fazem com que as favelas e seus habitantes representem um fragmento da cidade que deve ser combatido. Uma agressão ao meio ambiente e ao cenário carioca e ao mesmo tempo um empecilho para valorização e progresso desta sociedade. <br />
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[http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/127/o-efeito-upp-a-pacificacao-de-favelas-no-rio-282612-1.aspx As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) são colocadas neste enredo como propulsoras destas transformações voltadas para o mercado.]Através da ação repressora e disciplinadora de seus habitantes, o Estado, com grande apoio da opinião pública, comunica ao mercado que aquela área também está aberta para sua atuação.<br />
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A partir de 2009, em busca da reorganização do espaço urbano do Rio de Janeiro, a prefeitura aponta novamente a remoção das camadas sociais mais pobres como preceito para a valorização do território. As radicais transformações urbanas do Rio de Janeiro encontravam um grande apoio popular na medida em que estas apareciam como fundamentais para preparar a cidade para os megaeventos. Os grandes projetos e eventos servem como uma espécie de marketing urbano para promover o orgulho por parte da população em pertencer a uma cidade que atingiu o caráter global, capaz de atrair investidores e os olhares de todo o mundo.No entanto, sabemos que no processo de apropriação do espaço urbano pelo capital ao longo da historia do Rio de Janeiro, a expulsão das camadas socioeconomicamente mais vulneráveis dos territórios de maior valor de mercado foi um fenômeno recorrente. Foi assim historicamente com a caça aos cortiços da região central, com os incêndios das favelas da Praia do Pinto e Catacumba, dentre outras na zona sul da cidade.<br />
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As grandes intervenções urbanas, além de aparecer como uma vantagem competitiva frente ao mercado global de cidades, também são enaltecidas [https://www.youtube.com/watch?v=pvDPbRsxCiI&feature=kp como benefícios ou legados desse processo]. Os corredores viários, a construção de parques, as intervenções na área portuária, a instalação e requalificação de equipamentos esportivos e, sobretudo, a eliminação de ocupação de áreas de risco são os argumentos mais utilizados pelo Estado para promover estas remoções.<br />
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No entanto, ao representar estas remoções espacializadas percebe-se uma grande concentração nas áreas mais valorizadas ou com este potencial devido ao aporte de recursos investidos para este fim. Nesse sentido, o direcionamento das ações do Estado sobre determinada região vem especialmente ao encontro dos interesses da construção civil. As favelas e ocupações, cuja permanência por todos os anos mostrou que houve resistência à lógica imobiliária formal, agora sofrem novamente uma fortíssima intervenção. Coincidentemente ou não, os assentamentos que apresentam o maior risco geotécnico e que também recebem obras de infraestrutura, são exatamente aqueles que estão nas zonas de influência da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016. Logo, denota-se que é muito mais arriscado, devidos aos intesses imobiliários, para o pobre morar em uma favela das zonas mais valorizadas do que no restante da cidade.<br />
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Em Outubro de 2011, com a acentuação das remoções, o poder municipal institui diretrizes para a relocação de moradores. Segundo o decreto, uma vez apontadas para reassentamento, as famílias deveriam ter a oportunidade de escolha entre as seguintes alternativas:<br />
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*A indenização das benfeitorias;<br />
*A compra de uma nova moradia assistida pela prefeitura;<br />
*Pagamento de aluguel social (R$ 400,00) até o reassentamento para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).<br />
Os dados da SMH apontam que dentre aqueles que tiveram seus imóveis removidos até abril de 2012, a maioria (64%) recebeu imediatamente o aluguel social de forma provisória para posterior reassentamento em um empreendimento do MCMV. A espera pela nova moradia tende a ser bastante superior ao tempo de auxilio aluguel, que está limitado em apenas três meses, prolongando ainda mais a situação de vulnerabilidade da família que deveria encontrar imóveis a um custo máximo de 400 reais, e se o tempo superasse, deveria arcar de sua própria conta com esse ônus.<br />
<br/> <br />
Aqueles que optaram pela indenização (20%) receberam, em média , apenas 28 mil reais, valor que não possibilita que o cidadão possa reconstruir sua casa em condições melhores em relação às quais se encontravam anteriormente, o que acaba por caracterizar a ineficácia dessa política em relação à proteção destas pessoas. que com parte destes recursos costumam reconstruir suas casas em áreas que também estão em situação de risco legal e geológico.<br />
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<br/> <br />
O programa MCMV, uma promessa de inclusão social por meio de moradia adequada, se tornou, especialmente no Rio de Janeiro, instrumento de segregação espacial. A grande maioria (67%) das unidades do programa para baixa renda (até três salários mínimos por família) estão localizadas na Zona Oeste. A maioria dos condomínios sequer possuem equipamentos e serviços nas suas imediações, sem contar com a oferta de emprego.<br />
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Coincidência ou não, esta área da cidade tem grande parte do seu território tomado por grupos milicianos que se utilizam do poder de intimidação para cobrar taxas de serviços básicos da população, como luz, gás, transporte e, sobretudo, “segurança”. Presentes nos loteamentos irregulares e favelas,[https://extra.globo.com/noticias/rio/secretario-diz-que-dificil-expulsar-milicia-1589197.html este domínio se reproduz cada vez mais frequentemente nos novos condomínios do MCMV na região.]<br />
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Mas não é só mediante a ação repressora do Estado que a periferização ganha força no Rio de Janeiro. Uma vez que os investimentos se voltaram a áreas centrais da cidade que antes estavam à margem dos interesses políticos e imobiliários, como determinadas favelas e a zona portuária, a população que ali reside sofre uma enorme pressão do próprio mercado para a sua saída. A “remoção branca” é uma realidade de diversas favelas da Zona Sul que estão se transformando em objeto de desejo de estrangeiros e da classe média.<br />
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A população que no primeiro momento concedia um grande apoio para as transformações que estavam sendo impostas na cidade, enxergando a valorização do espaço urbano como um belo avanço frente a imagem consagrada de crise, se questiona fortemente quanto a quem interessa este processo. Enquanto o Rio de Janeiro vem sendo preparado com intervenções urbanísticas de grande porte para receber os megaeventos, os cidadãos estão percebendo que ao invés de beneficiários, estão sendo atacados por esse projeto. Os altos custos voltados para construção de equipamentos esportivos, ao mesmo tempo em que os serviços básicos estão sucateados, fazem ecoar nas ruas os gritos “queremos saúde e educação padrão FIFA”.<br />
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As grandes manifestações de junho de 2013 foram um despertar de que aquele projeto de cidade excludente não era nada consensual. Não estamos falando da insatisfação somente daquelas famílias que foram brutalmente expulsas para dar espaço ao mercado imobiliário, mas também daqueles que se veem [http://rebaixada.org/cgi-sys/suspendedpage.cgi sem condições de arcar com um custo de vida no Rio de Janeiro cada vez mais inviável.] As camadas mais pobres, dentro ou fora das favelas, e até a classe média estão sofrendo com a gentrificação, [https://oglobo.globo.com/rio/cidade-em-transe-10548832 embora a mídia insista em colocar como um fenômeno inerente ao progresso de qualquer cidade global.]<br />
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Costuma-se afirmar que a cidade cresce de forma desordenada. No entanto, o que podemos perceber é que há uma forte articulação para a produção do espaço urbano do Rio de Janeiro. Apontando e espacializando a atuação do Estado em associação com os interesses do mercado, podemos desvelar quais são os instrumentos utilizados para o planejamento desta cidade neoliberal.<br />
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Colocar os megaeventos como protagonistas nesse processo, se tornou reposta fácil. A Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos são apenas mais elementos que vem a reforçar esse projeto de cidade. Os eventos são mais algumas justificativas que tentam legitimar qualquer ação de emergência por parte do Estado, e esta também é uma questão central que deve ser debatida. Mas colocar a FIFA ou o COI como os únicos grandes vilões é omitir o [https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/quem-financiou-a-campanha-de-eduardo-paes-no-rio/ omitir o papel central dos promotores imobiliários locais e nacionais nesse processo.]</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Arquivo:Acopacontraodireitoacidade.png&diff=2397Arquivo:Acopacontraodireitoacidade.png2019-04-08T20:19:09Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=A_Copa_contra_o_direito_%C3%A0_cidade&diff=2396A Copa contra o direito à cidade2019-04-08T20:18:21Z<p>NaturezaPolitica: Criar página em branco</p>
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<div></div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=A_organiza%C3%A7%C3%A3o_da_multiplicidade&diff=2393A organização da multiplicidade2019-04-08T20:16:47Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>[[Arquivo:Aorganizacaodamultiplicidade.jpg|miniaturadaimagem]]<br />
*Por Bruno Cava, blogueiro do Quadrado de Loucos e copesquisador da Universidade Nômade<br />
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Quem curte Deleuze, Guattari e Foucault na perspectiva das lutas, recomendo o artigo “Para ler Foucault e Deleuze politicamente”, por Rodrigo Orango Nune. O pesquisador da PUC-Rio tem se debruçado sobre o problema da organização em várias intervenções, como, por ex., em seu livro deste ano, “Organização dos sem-organização" (disponível em: http://www.metamute.org/sites/www.metamute.org/files/pml/Organisation-of-the-Organisationless.pdf). Na produção dele, pontilhada de miudezas cativantes e lances de ironia, isto não significa falar *sobre* a organização, de cima, como algum tribunal filosófico de juízo sobre formas de organizar; mas, sim, falar da organização organizando — ou, o que dá no mesmo, organizar a luta lutando, em ressonância e mútua interferência entre falar de organização das lutas, organizar e lutar. Isso como primeira defesa ao pera-lá dos anti-intelectualistas de sentinela.<br />
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Estava outro dia conversando com o Alexandre Mendes como as jornadas de junho e todo esse ciclo que aterrissou na política brasileira em 2013 fizeram com que a acusação de “pós-moderno” praticamente desaparecesse. Antes de 2013, falar em autores como Foucault, Deleuze, Butler, Guattari, Negri em meios militantes ou partidários significava, quase ato contínuo, em ter de bancar as falas diante da catilinária de desqualificações de que seria “pós-modernismo” fraco. Basicamente, vocês, pós-modernos, traíram a luta de classe propugnando pela proliferação de frontes, dissolução de sujeitos, relativização dos valores humanistas e, máxima exprobação, ideias fora do lugar e do tempo que contribuem para a globalização predatória, o neoliberalismo, e o avanço da direita sobre uma esquerda fragmentada e dispersa. Tudo isso, desde o levante de 2013, e principalmente entre os mais jovens, parece ter se tornado uma problematização ultrapassada.<br />
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O Rodrigo elabora no sentido de problematizar os problematizadores, provocar os provocadores, polemizar com os polemistas, a fim de recolocar os problemas em coordenadas que, aposta-se, possam ter algum efeito prático na política radical, — um efeito que vá além de desconstruir e criticar o existente, — para ajudar a construir e repovoar os movimentos dissidentes à ordem capitalista. Duas tarefas conjugadas, já que destituir problemas falsos só faz sentido instituindo outros melhores, em que poderemos engajar ação e pensamento.<br />
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O autor mostra como, pressuposto na problematização de Deleuze, Guattari e Foucault, está um cenário de falência generalizada do socialismo real, contraposto por um esforço alegre em reconstruir-se diante do evento do Maio de 1968, que não se limita ao mês de maio de 68. Engloba um ciclo inteiro que se rizomatiza pela década seguinte e vai abranger lutas globais marcadas pela emergência dos movimentos negros, feminismos, LGBT, lutas anticoloniais, Primavera de Praga, Movimento de 77 na Itália, tropicalismo, cinema de guerrilha, pop art, Bob Dylan, sucessivas ocupações autonomistas de fábricas, teatros e universidades em vários continentes. Sem pensar na negação de formas específicas de organização — os partidos comunistas europeus, o sindicato da grande fábrica, a esquerda careta que sonha com o fordismo no terceiro mundo, certo nacional-desenvolvimentismo na ponta estatizante do anticolonialismo — sem esse plano de consistência, os conceitos deleuzianos ou foucaultianos simplesmente perdem a capacidade de gerar efeitos e se tornam, aí sim, artefatos cosméticos facilmente recuperados pelo mercado de radicalidades acadêmicas (um artigo brilhante sobre Jacques Derrida seria como um Rolex da academia).<br />
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A sacada do Rodrigo está em dizer que, quando alguém critica Deleuze, Guattari e Foucault, muitas vezes está criticando, pela via transversa, exatamente esse ciclo de lutas do evento Maio de 1968. Em nome do quê? Em nome das formas tradicionais, quais sejam: eurocomunismo, socialismo real, sindicatos etc. O abandono delas teria preparado a cama para a contrarrevolução neoliberal (ou pós-fordista) dos anos 1980, devastando a composição orgânica de classe que, talvez, algum dia deu vida às estruturas representativas dos partidos operários, sindicatos convencionais e movimentos sociais do tipo setorial. A classe trabalhadora virou suco. Isso aparece, por exemplo, numa leitura das lutas dos autonomistas italianos dos anos 1970 como fatores contribuintes para a derrocada do Partido Comunista daquele país, pavimentando a via para o horizonte grotesco da política com Berlusconi. Mas aparece, particularmente, também no Brasil, quando intelectuais ligados à “esquerda” governista, não cansam de acusar tais autores (adicionando G. Agamben) de ser inimigos do “que restou” da esquerda, abrindo a guarda, assim, aos contragolpes do grande capital (financeiro) e do avanço da direita. Seria preciso, desta forma, reinvestir nossa energia no método “lento e seguro” do partido no governo (do PT, do PCI, do PCF, dos democratas nos EUA etc), contra o método “rápido e sujo” dos novos movimentos.<br />
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Mas Rodrigo explica como ninguém “abandonou” a luta de classe em prol de políticas identitárias, da multiplicidade, da micropolítica difusa e molecular. Em primeiro lugar, porque quando Deleuze e Guattari falam em multiplicidade, eles não estão falando em desorganização. Multiplicidade é organizada, e sendo multiplicidade e organizada, consegue dirigir politicamente a potência no sentido da transformação do mundo — de qual? da utopia? — deste mundo. O capitalismo trabalha pela fragmentação e dispersão, por transformar a classe trabalhadora em suco; o movimento revolucionário irrompe dessa situação diaspórica vetores de reorganização e, diria Antonio Negri, recomposição de um comum. É organizar na multiplicidade mesma, orientado pelo critério da ação: a capacidade de gerar efeitos, não só de subverter o poder, mas de destituí-lo e reinstituí-lo noutros termos, noutros problemas. Isto não está “apenas” nos conceitos; mas no plano de consistência (Maio de 1968) em que estão pressupostos. Os movimentos eram organizados, mas com uma organização de novo tipo.<br />
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Em segundo lugar, não “abandonou” porque Maio de 1968 não foi recuperado na contrarrevolução neoliberal dos anos 1980 sem passar pelas mesmas formas representativas do estado e do mercado contra o que os movimentos sessentoitistas se insurgiam. A potência dos movimentos negro, LGBT, feministas, terceiromundistas, arte-ativistas, estudantis autônomos etc, isso teve de ser reconhecido. Certamente, o poder constituído preferiria não. Foi uma vitória. Mas a luta de classe não estaciona. No instante seguinte, o capitalismo global tratou de reacomodá-los num novo consenso, numa nova forma de governança em que pudessem ser pacificados. Daí o acionamento das velhas formas representativas para espalhar instâncias de mediação pelos novos territórios (novos modos de sentir, habitar) que Maio de 1968 constituiu. Apareceram mercados segmentados, interlocutores privilegiados cuja tarefa é anular a potência subversiva desses territórios, enquanto convertem suas riquezas biopolíticas em valor econômico, eleitoral, turístico, de diversidade, enfim, escolha a métrica.<br />
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Mas é mais do que isso. No capitalismo, os códigos tradicionais são dissolvidos e você não precisa acreditar nele. Nesse sentido, o capitalismo não é uma religião. Você pode circular o capital e realizar o valor, e até ficar rico, no mais absoluto cinismo em relação ao funcionamento do capital. Pouco importa, pro giro do dinheiro, se você é coxinha, mulher honesta, comerciante de boa fé, ou um grande canalha sem escrúpulos… Diante dessa evacuação de sentido do capitalismo, no que Deleuze e Guattari chamam de “axiomática”, o estado para continuar existindo — e, paradoxalmente, continuar sustentando a axiomática — precisa provocar uma enxurrada de cacos, pedaços de códigos e todo tipo de elemento de crença e fundamento transcendente, com seu correlato componente de cinismo. Não há nenhum progressismo na desterritorialização capitalista, na medida em que, ao dissolver códigos e desbloquear fluxos, ela liberta forças potentíssimas que podem, tranquilamente, convergir no fascismo, na guerra, na destruição ambiental. Isso já aparece nos romances cyberpunk dos anos 1980 e 1990, na paisagem futurista coabitada por alta tecnologia e arcaísmos fundamentalistas.<br />
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É o que Bruno Latour, menos anticapitalista, chamaria de “modernidade”: o momento histórico em que os “modernos” decidem se distinguir do resto do mundo, ao denunciá-lo sistematicamente de mundo daqueles que creem. A operação moderna por excelência consiste em dizer: eles creem (códigos tradicionais), nós sabemos (axiomática, sem fundo), até o ponto em que os modernos passam a denunciar a si mesmos depurando sem parar as crenças implícitas nos saberes racionais, até a vertigem do pós-modernismo, noutras palavras, a realização do modernismo, um hipermodernismo. Citado um pouco sem nuances, no texto do Rodrigo, o debate do aceleracionismo tem derivado, nos últimos 2 anos, precisamente, em como reterritorializar os fluxos libertos e as forças produtivas desbloqueadas, *noutros termos*, sem simplesmente negar a potência, o desejo. Porque é de desejo que se trata a luta no e contra o capitalismo. Acelerar é variação da velocidade, quer dizer, variação da variação: é um diferencial.<br />
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Portanto, para concluir, sim, com Foucault e Deleuze (e não contra eles), as identidades constituídas são vitórias a ser reconhecidas. Mas ainda é pouco. A questão não é opor identidade x diferença, mas problematizar o que fazer quando as identidades, desde pelo menos a década de 1980, vêm sendo reacomodadas em modos pacificados de existência, cancelando a potência subversiva e a capacidade de impactar a política de maneira dissidente. A questão é: pensar a partir do ponto de vista da identidade — fortalecer laços de pertencimento, reconhecimento e patrimônio conquistado — ou do ponto de vista da diferença — capacidade de hibridizar, reapropriar-se de estruturas de poder, pensar a partir do fora, do que ainda não se é, da ampliação do escopo de ação e transformação. Isto depende não de algum esquema metapolítico de teoria radical, uma espécie de dogmática, mas, como pontua o Rodrigo, de uma discussão no nível tático e estratégico, que saiba alternar modos de ação, envolvimento e libertação das amarras representativas, em função das circunstâncias concretas, das oportunidades e capacidades.<br />
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Junho de 2013 mudou qualquer coisa de essencial nas coordenadas da política. Talvez, a rigor, não tenha sido junho, mas todo um ciclo que tenha se tornando afinal incontornável, produzindo, assim como Maio de 1968 a seu modo, uma mudança irreversível dos problemas. Deleuze, Foucault e Guattari nunca estiveram tão a salvo de ser apropriados por “pós-modernismos” que, hoje, só existem na boca de seus detratores. Esses que não conseguem tirar o estado da cabeça, essa grande baleia branca que não cansam de perseguir por gerações a fio. Agora, nenhuma filosofia do tipo “cuidar do jardim” (micropolítica personalista), “família feliz” (afetos como sentimentalismo aburguesado) ou “festa do fim da história” (celebração acrítica dos fluxos, do múltiplo, da diversidade). A organização é o problema da multiplicidade.</div>NaturezaPoliticahttp://wiki.indisciplinar.com/index.php?title=Mem%C3%B3ria_do_Indisciplinar&diff=2392Memória do Indisciplinar2019-04-08T20:13:49Z<p>NaturezaPolitica: </p>
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<div>Desde 2012 o indisciplinar vem atuando ... (fazer um texto de apresetação)<br />
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>>> inserir aqui todo o conteúdo de blog.indisciplinar.com desde 2013<br />
pode se criar páginas adicionais para que essa não fique tão extensa. <br />
planeje como é melhor sumarizar o conteúdo antes de começar a transferir a informação para cá.<br />
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=2013=<br />
==Dezembro==<br />
* [[Sonho, pesadelo, delírio ou alucinação? Acorde, BH, caia na real!]]<br />
* [[MP investiga procedimentos ilícitos no processo de desenvolvimento da Operação Urbana Consorciada Nova BH]]<br />
* [[Descrição Indisciplinar]]<br />
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=2014=<br />
==Janeiro==<br />
==Fevereiro==<br />
*[[2014/01 Projeto Integrado Design]] Feb 17, 2014<br />
*[[2014/01 Cartografias Emergentes]] Feb 17, 2014<br />
*[[Movimento viaduto ocupado (a multidão ocupa a ágora pós-moderna belorizontina)]] Feb 10, 2014<br />
<br />
==Março==<br />
* [[Cidade Eletronika 2012: origem do Indisciplinar]] Mar 14, 2014 | 2012/2 UNI 009, cartografias, notícias<br />
* [[Michael Hardt no Brasil]] Mar 7, 2014 | notícias<br />
*[[“O Comum no comunismo”, Hardt]] Mar 7, 2014 | publicações<br />
* Prefácio do livro “Amanhã vai ser maior” Mar 6, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[O corredor cultural já existe!]] Mar 5, 2014 | 2013/1 UNI 009, cartografias, disciplina, ensino, extensão, notícias, pesquisa, publicações<br />
<br />
==Abril==<br />
* [[“A_multidão_foi_ao_deserto”,_Bruno_Cava|“A multidão foi ao deserto”, Bruno Cava]] Apr 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Maio==<br />
* [[Multitude: quando a arte se soma à multidão]] May 26, 2014 | agenda, extensão<br />
* [[Parque Augusta e as resistências verdes]] May 24, 2014 | notícias, publicações<br />
* [[Mapeando o Comum em Belo Horizonte]] May 12, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Mapeando o Comum em São Paulo]] May 11, 2014 | agenda, cartografias, notícias<br />
* [[Revista Lugar Comum]] May 11, 2014 | notícias, publicações<br />
<br />
==Junho==<br />
*[[Palestra do Negri no evento Multitude]] Jun 5, 2014 | agenda, notícias<br />
*[[Marco Civil e Tecnopolíticas]] Jun 20, 2014 | agenda<br />
*[[A organização da multiplicidade]] Jun 29, 2014 | publicações<br />
<br />
==Julho==<br />
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==Agosto==<br />
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==Setembro==</div>NaturezaPolitica